Boss (Billie/You)Gp

33

Quando chego em casa, Billie estava sentada no sofá, ela parecia agitada.

-- S/n, precisamos conversar -- Ela diz e então me encara -- o que aconteceu? Por que esta chorando?

-- Q-Quem... Quem é Odessa?-- questiono e ela parece paralisar

-- Como assim?-- pergunta confusa

-- Quem é Odessa?...

-- Ela é uma ex colega... Faz anos que não falo com ela. Eu... Eu ja nem sei mais nada sobre ela. Por que esta perguntando isso?-- ela questiona e eu balanço a cabeça

-- Não mente Billie... Ela falou comigo hoje -- Digo seria e ela se levanta vindo ate mim

Billie parou na minha frente, com as mãos erguidas, como se estivesse tentando me acalmar.

-- Espera, ela falou com você? -- O tom dela era de surpresa genuína, mas também de cautela. -- O que ela disse?

-- Ela me contou que vocês tinham uma amizade... colorida. Que estavam... ficando enquanto nós já estávamos juntas. -- Minhas palavras saíram quase como um sussurro, mas carregadas de frustração e dor.

Eu vi o rosto de Billie empalidecer, e por um momento, ela pareceu não saber o que dizer. A expressão dela passou rapidamente da confusão para uma mistura de arrependimento e culpa.

-- S/n... Isso não é verdade. -- Ela suspirou, esfregando a testa como se estivesse tentando encontrar as palavras certas. -- Eu juro, não houve nada entre mim e Odessa depois que começamos a namorar. Ela está mentindo, tentando bagunçar as coisas entre nós.

Eu queria acreditar nela, queria que tudo isso fosse apenas uma confusão criada por alguém do passado. Mas com a gravidez e todas as emoções confusas me cercando, era difícil.

-- E por que ela faria isso agora, Billie? -- perguntei, a voz trêmula. -- Por que ela iria querer mexer com a gente desse jeito, se vocês nem falam mais?

Billie ficou em silêncio por um longo momento, o olhar fixo no chão.

-- Eu nunca te trairia, S/n. Eu... -- Ela hesitou, e a vulnerabilidade em sua voz me fez vacilar. -- Por favor, me escuta... Finneas esta tendo tomar a editora de mim, e para isso a gente precisaria se separar. Ele me ameaçou... Ele esta me ameaçando. Ele disse que vai falar para o meu pai sobre nosso acordo, e tudo o que ele fala papai acredita. Mas a gente conversou e... Eu implorei muito, então ele disse que eu tinha que fazer você se separar de mim...

Ela parecia desesperada, seus olhos marejados, as mãos tremulas, o olhar suplicante.

-- Eu nunca te trairia, eu te amo!-- Ela diz e soluça em seguida -- Eu acredito que ele tenha mandado Odessa atrás de você... Eu sei que é difícil de acreditar, mas por favor... Por favor, S/n, acredita em mim. Eu nunca faria isso com você...

As palavras de Billie me atingiram com força, e eu me senti ainda mais perdida do que antes. Eu olhei para ela, tentando processar tudo. Finneas estava manipulando as coisas para que nosso casamento acabasse? Billie, quebrada e vulnerável na minha frente, parecia estar falando a verdade. Mas como eu poderia ter certeza? Entre Odessa, a ameaça de Finneas e agora a gravidez... tudo estava um caos.

-- Billie, eu... -- Minha voz falhou, e eu senti meu coração apertar. -- Eu não sei mais o que pensar.

Ela deu um passo em minha direção, as mãos ainda trêmulas.

-- Por favor, S/n, não desiste de mim. Eu sei que as coisas estão confusas agora, mas... eu estou tentando consertar tudo. Eu não posso perder você. -- As lágrimas caíam livremente de seus olhos, e a dor que ela carregava era evidente.

Eu fechei os olhos por um momento, tentando respirar fundo. Minhas emoções estavam um turbilhão. Eu queria acreditar nela, queria que tudo isso fosse apenas uma fase complicada. Mas, ao mesmo tempo, sentia uma barreira entre nós, algo que vinha crescendo há tempos.

-- Billie, eu descobri que estou grávida. -- As palavras escaparam antes que eu pudesse me segurar.

Ela congelou, os olhos arregalados em choque. Parecia que o chão tinha desaparecido sob seus pés.

-- O quê? -- Sua voz era um sussurro, quase inaudível.

-- Eu soube hoje, no consultório... e eu não sei o que fazer. -- Minhas mãos foram automaticamente para meu estômago, um gesto instintivo que deixou ainda mais clara a realidade que eu estava enfrentando.

Billie ficou em silêncio, seus olhos fixos no meu rosto, mas sua expressão era um misto de surpresa e emoção. Ela respirou fundo, tentando assimilar o que eu havia dito.

-- Eu... -- Ela começou, mas as palavras pareciam faltar. -- É... É meu?... Você esta grávida de mim?... Como?... S/n...

-- Aparentemente você não é estéril...-- Digo e ela passa a mão pelos cabelos

Billie ficou em silêncio por um longo tempo, o olhar vazio enquanto tentava processar o que eu acabara de dizer. Ela passou as mãos pelos cabelos, seu corpo tenso, como se estivesse à beira de um colapso.

-- Eu... eu não sabia. -- Ela finalmente disse, a voz baixa e incrédula. -- Eles disseram que eu não podia ter filhos. Eu vivi a minha vida inteira com isso na cabeça... Como isso aconteceu?

Eu podia ver o turbilhão de emoções que a atravessava — surpresa, confusão, medo. A verdade era que eu também estava assustada. Tudo estava fora de controle.

-- Eu não sei, Billie... -- Respirei fundo, tentando manter a calma. -- Mas o fato é que eu estou grávida. E eu não sei o que isso significa para nós agora.

Ela olhou para mim, os olhos marejados, e por um momento parecia perdida. Billie, que sempre havia sido tão forte, tão segura, agora estava vulnerável de uma maneira que eu nunca tinha visto.

-- S/n... eu... eu quero estar aqui para você. -- Ela deu um passo em minha direção, quase hesitante. -- Eu não vou a lugar nenhum. Eu quero consertar tudo, cuidar de você e desse bebê. Por favor, só... só me deixe ajudar.

Seu tom era suplicante, e, pela primeira vez em dias, eu senti a sinceridade absoluta em suas palavras. Mesmo assim, o peso de tudo o que havíamos passado — as mentiras, as manipulações, as dúvidas — ainda estava entre nós.

-- Eu não sei se consigo confiar em você de novo, Billie. -- Confessei, minha voz embargada pela emoção. -- Tudo isso... Finneas, Odessa, você tentando me afastar... Como posso acreditar que agora você quer estar presente?

Ela se aproximou mais um pouco, agora segurando minhas mãos com delicadeza.

-- Eu sei que errei, mas eu nunca quis te machucar. Eu estava tentando proteger a gente, de uma forma torta... -- A voz dela falhou. -- Mas eu não vou mais cometer esses erros. Eu prometo, por nós... e pelo nosso bebê.

Fiquei ali, olhando para ela, querendo acreditar, mas ainda com o coração pesado de incerteza. Tudo entre nós parecia estar pendurado por um fio. E agora, com uma vida crescendo dentro de mim, o que viria a seguir parecia ainda mais incerto.