Contratos de Destinos - Yoongi & SN

Se dando bem.

Sn narrando:

Caminhando pelos corredores do mercado, percebi que, apesar de toda a tensão, havia algo quase... confortável em estar ao lado de Yoongi. Irônico, considerando tudo o que tínhamos passado nas últimas horas. Mas, talvez fosse a normalidade da situação, o fato de estarmos fazendo algo tão cotidiano juntos, que me permitiu relaxar um pouco.

Paramos na seção de frutas, e eu me inclinei para pegar algumas maçãs enquanto Yoongi analisava as mexericas. Ele sempre levava a sério as escolhas no mercado, como se fosse uma missão impossível encontrar a fruta perfeita. Era quase engraçado.

Sn: Yoongi, por que você está inspecionando essas mexericas como se fossem diamantes?. perguntei, tentando segurar o riso.

Ele levantou os olhos, fingindo seriedade.

Yn:Isso aqui é arte, Sn. Não é só pegar qualquer uma. Tem que sentir a textura, o peso, o cheiro.

Revirei os olhos, mas acabei rindo.

Sn:Claro, um verdadeiro perito em mexericas. E quem diria que essa era sua habilidade secreta.

Ele sorriu, e por um segundo, parecia o Yoongi que eu conheci antes de tudo isso. Sem o peso das discussões, das traições.

Yn:Eu tenho várias habilidades, você só não conhece todas ainda. Ele olha malicioso para mim.

Peguei uma maçã e a joguei para ele, que a pegou no ar com facilidade.

Sn:Se você for tão bom com as outras coisas quanto é em escolher frutas, acho que estamos em boas mãos. Entrei na brincadeira.

Yn:Você nem imagina. Ele respondeu com uma piscadela, devolvendo a maçã para o carrinho.

Continuamos andando pelo mercado, e de repente, enquanto passávamos pela seção de massas, Yoongi parou e pegou um pacote de espaguete.

Yn:Lembra daquela vez que fizemos jantar juntos? Aquela noite em que você quase incendiou a cozinha tentando fritar o alho?

Eu olhei para ele, incrédula.

Sn:Primeiro, não foi um incêndio. Foi um pequeno... descontrole. Segundo, quem coloca tanto óleo assim numa frigideira, Yoongi?

Ele riu, e eu não pude evitar rir também. O som de sua risada sempre teve um efeito estranho sobre mim, como se por um momento, tudo pudesse voltar a ser simples.

Yn:Tá, eu admito, eu exagerei um pouco. Mas, vamos combinar, sua tentativa de salvar o alho foi um desastre.

Sn: Eu não estava tentando salvar o alho, estava tentando salvar a cozinha! retruquei, rindo.

Sn:E, na minha defesa, deu tudo certo no final.

Yn:Certo... depois de quase termos que chamar os bombeiros. Ele respondeu, ainda sorrindo.

Yn:Mas sabe, o espaguete ficou ótimo.

Eu sorri de volta, lembrando daquela noite. Foi um daqueles raros momentos em que as coisas pareciam fáceis entre nós, quando o peso das nossas obrigações e da fachada que tínhamos que manter não estava presente. Uma época em que, por um segundo, eu quase acreditei que poderíamos ser algo além de um casal falso.

Sn:Bom, pelo menos sabemos que no jantar de hoje ninguém vai deixar o alho queimar. Eu disse, pegando um pacote de espaguete e jogando no carrinho.

Sn;Acho que podemos lidar com isso.

Yn;Vamos ver. Ele respondeu com um sorriso, pegando outro pacote de macarrão e me encarando com um olhar desafiador.

Yn:Mas, se o alho queimar, a culpa é toda sua dessa vez.

Eu cruzei os braços e o encarei de volta, com um sorriso brincando em meus lábios.

Sn:Veremos, Yoongi. Veremos.

Continuamos pelas prateleiras, e aos poucos, o ambiente leve e descontraído foi tomando conta. Eu tinha esquecido como era fácil, às vezes, estar ao lado dele quando as coisas fluíam. Claro, não era real, mas por algumas horas, podíamos fingir que era. E naquele mercado, com piadas bobas e provocações sobre culinária, eu quase me permiti acreditar nisso.