Eu sou o pai.

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Yoongi narrando:

Estava tentando manter a compostura, mas meus olhos não conseguiam desviar dela... e dele. Quem era aquele homem? Ele estava ao lado de Sn, como se fosse algo natural, íntimo até. A mão dele... a mão dele estava na barriga dela. Na barriga do meu filho.

Meu sangue ferveu. Aquela cena parecia um soco no estômago, um lembrete brutal do quanto eu havia perdido. Não, não podia ser. Ele não ia ser o pai do meu filho. Isso eu não ia permitir.

Enquanto eu observava de longe, ela conversava com Raquely e outra garota, mas a proximidade entre ela e aquele cara era demais para mim. Ele se inclinava para ela com aquele sorriso fácil, tocando sua barriga com uma familiaridade que não deveria existir. Era como se ele estivesse reivindicando algo que era meu.

Eu fiz isso pelo dinheiro, pelo maldito dinheiro, mas... nada podia apagar o fato de que aquele bebê era meu. Eu sou o pai, não ele. A ideia de outra pessoa assumindo esse papel me fez querer atravessar aquele salão, arrancá-lo de perto dela, dizer a ele que ele não tinha esse direito.

Yoongi (pensando):
– Quem diabos é esse? Ele acha que pode só... se aproximar assim? Ele não vai ser o pai do meu filho. Eu sou. Não importa o que aconteceu entre nós.

Eu sabia que não tinha o direito de simplesmente aparecer e reivindicar o que era meu. Sabia que o que fiz criou uma barreira quase intransponível entre nós. Mas ver outro homem ali, tão perto dela, me fez perceber algo: eu ainda sentia algo por Sn. Algo que, por mais que tentasse enterrar, ainda estava vivo, me queimando por dentro.

E mais do que isso, eu não ia abrir mão do meu filho.

Contratos de Destinos - Yoongi & SNOnde histórias criam vida. Descubra agora