Sympathiser

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1943



Hermione mostrou ao Sr. Pacek sua agenda de estudos quando foi para casa nas férias de Natal.

Não era a agenda mais bonita que ela já tinha visto, pois ela a tinha comprado em uma papelaria trouxa por menos de dois xelins. As que as meninas de suas aulas tinham pareciam mais bonitas, estampadas com unicórnios saltitantes em papel-alumínio prateado ou encadernadas em pele de dragão ricamente tingida; essas eram resistentes ao calor e a poções, para qualquer garota que fizesse sua lição de casa na mesma mesa em que ela enfeitiçava seu cabelo ou escondia suas manchas. A dela não tinha vindo com nenhuma novidade, mas ela realmente não queria um gráfico de fases da lua que atualizasse automaticamente, não tanto quanto ela precisava de discrição e privacidade.

"O que você acha disso?" perguntou Hermione. "Não suponho que seja algo pelo qual alguém pagaria, não é?"

O Sr. Pacek abriu a capa e inspecionou as encadernações, passando sua varinha pelas costuras. "É certamente funcional... e discreto."

"Usei as informações que você me enviou sobre as alas de redirecionamento", ela disse. "Achei que a melhor coisa a fazer era não chamar a atenção de ninguém em primeiro lugar. Você acha que conseguiria quebrar o encantamento?"

"Não é uma questão de se eu conseguiria, mas quanto tempo levaria." O Sr. Pacek acariciou seu cavanhaque e bateu na lombada do planejador de estudos com sua varinha. "Eu poderia rasgar a capa e contra-atacar seu trabalho rúnico com o meu, ou eu poderia tentar a rota mais rápida e conjurar um Finite superpoderoso, que tem uma boa chance de destruir o objeto antes que qualquer informação possa ser recuperada. O que traz à relevância o conceito de efeitos auxiliares: mecanismos de autodestruição e indicadores de adulteração. Técnicas defensivas bastante inofensivas, mas proteção ofensiva e encantamento cruzam o reino das maldições sombrias — o que eu presumo que teria pouco interesse para você. E, claro, eles não são indetectáveis ​​pelas autoridades da sua escola."

"Não quero arriscar destruí-lo..." Hermione disse relutantemente. "Não é como se eu tivesse passado eras escrevendo as sequências de runas — sei que poderia criar outro planejador se fosse preciso, talvez um novo para o ano que vem — mas todas as minhas anotações de pesquisa estão lá. E não posso simplesmente... simplesmente destruí- las."

A consciência de Hermione estremeceu com a perspectiva de destruir um livro. Sim, era um planejador, não um manuscrito raro com caligrafia iluminada, e sim, ela tinha jogado fora sua cota de rascunhos de ensaios no passado. Mas destruir algo que se assemelhava a um livro em todos os sentidos, e continha informações valiosas como todos os livros... Bem, parecia quase uma blasfêmia para ela.

"Você leu muito sobre o assunto de ligação mágica?"

"Ligações? Não é isso que eles usam para fazer Armários Desaparecidos?" ela perguntou. Ela tinha lido sobre invenções mágicas alguns anos atrás, quando estava pesquisando programas de Maestria e quais eram os requisitos para concluir um. Esses Armários poderiam revolucionar a comunicação mágica se não fossem tão caros e demorados para construir. Mas um artesão habilidoso levava semanas para criar um único par, e bruxos desse calibre eram tão poucos e distantes entre si que o conceito trouxa de linha de montagem simplesmente não seria viável.

"Isso e várias outras invenções. Espelhos e janelas mágicas — minha especialidade pessoal — sistemas de iluminação encantados, sistemas de alarme. Na verdade, eu tinha um colega de classe em Durmstrang que carregava um relógio de bolso ligado a uma das torres de sinos de Cracóvia, no qual ele tinha que colocar um Feitiço Silenciador porque ele tocaria a hora, a cada hora", disse o Sr. Pacek, seus olhos vidrados em uma reminiscência afetuosa. "Ligações encantadas são muito práticas e muito versáteis. Eu tive a ideia de que você poderia criar um livro secundário, ligado ao seu original, de modo que o que quer que estivesse escrito em um aparecesse no outro — e se você tivesse que destruí-lo, a cópia permaneceria."

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