Birds of a Feather

Stargazer

1938

Tom aprendeu um novo conjunto de costumes culturais naquele outono. Ele viu coisas que reconheceu, mas elas foram mutadas e combinadas com a variação mágica que Hogwarts produziu.

A comida de Hogwarts era uma marca de diferença. A comida era farta e familiar, comida britânica: carnes, pães, picles e pudins. Mas vinha com taças de suco de abóbora muito doce em vez do leite em pó aguado ao qual ele estava acostumado. Os uniformes escolares deveriam ser usados ​​bem passados ​​e enfiados para ninguém se surpreender, mas estavam escondidos sob as dobras soltas e drapeadas de uma túnica de bruxo.

A escola ficava na Escócia, e a língua de instrução era o inglês, embora ninguém comentasse sobre a ampla gama de dialetos regionais que ele ouvia entre a população estudantil. No entanto, seu vocabulário e elocução ainda eram examinados, não tanto quanto por indicações de classe social, mas sim por qualquer sinal de simpatias partidárias. Os olhos de seus colegas de casa da Sonserina não procuravam o mesmo conjunto de pistas subliminares que um londrino consciente de classe faria — por exemplo, como alguém tomava seu chá e manuseava os apetrechos de serviço, das pinças de açúcar à escumadeira. O tipo de nó que alguém usava em suas gravatas, ou o grau de nitidez que alguém poderia arrancar de suas golas de camisa com espartilhos, goma e ferros quentes.

Mas ainda era elitismo, apenas um tipo diferente do que ele estava acostumado.

Para sua decepção, a Grã-Bretanha Bruxa não estava muito distante da Grã-Bretanha que ele ficou feliz em deixar para trás.

Cada sociedade tinha seus estratos, e a camada mais alta sempre seria o corps d'élite; nesse assunto, a Grã-Bretanha Bruxa era bem parecida. Havia um novo grupo de pessoas que se consideravam seus superiores sociais por direito de nascimento, pela significância acumulada como a poeira de séculos em um nome há muito estabelecido.

Eles não eram Windsor-Mountbatten ou Farnsleigh-St. Germain. Eles eram Black, Malfoy, Lestrange e Rosier, e juntos eles se chamavam de "Sagrados Vinte e Oito".

Foi um esforço monumental com o objetivo de autoengrandecimento, eles não conseguiam ver? O livro ("stud-book" era um nome adequado para o que era) tinha sido publicado pelo pai de Nott há apenas alguns anos, e se Nott, o Ancião, tivesse sido objetivo em suas definições de "Sagrado" e "Puro" ao fazer sua lista, então Tom daria um mergulho de cisne no Lago Negro no meio do inverno.

Quando ele foi arrumar suas coisas no porão forrado de pedra do dormitório compartilhado, ele foi apresentado a um novo mundo de vocabulário rude pelos garotos do seu ano brigando sobre quem ficaria com qual cama, porque ninguém queria a cama mais próxima do garoto com um nome trouxa e um status sanguíneo desconhecido. Estava claro pela linguagem grosseira jorrando de seus rostos indignados e rosnados que eles tinham confundido "bem-educado" com "consanguíneo".

Negócios como sempre, Tom supôs. Ele estava acostumado a — resignado a — estar cercado por pessoas que ele desprezava, para seu eterno arrependimento, e Hogwarts não era diferente de Wool's nesse aspecto.

Mas dentro do esplendor das pedras antigas e dos vales acidentados que compunham a escola e o terreno, havia um único ponto de familiaridade.

Hermione Granger.

Ela era uma bruxa. Ela podia fazer mágica. Ela era especial.

E ela escondeu isso dele.

...Tom, ele disse que é o vice-diretor de uma escola para pessoas como nós. Mágica! Eu nunca teria imaginado. Ainda não faz sentido para mim, mas de certa forma explica tudo. Todos os acidentes que eu pensava serem apenas coincidências, ou atribuídos à má sorte. Embora neste ano e no último, parecesse que experimentar o controle consciente levou a menos incidentes infelizes. Eu costumava tê-los uma vez a cada dois meses ou mais desde os meus sete anos. Eu não suponho que você tenha tido o mesmo quando criança...