Capítulo 62

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 Um momento depois, ouvi uma embalagem sendo rasgada, e então o senti pressionar-se sobre mim, deslizando para dentro até que estivesse enterrada ao máximo. Gemi suavemente contra o travesseiro. Ela ficava perfeita dentro de mim – sempre ficou. A cada momento, sentia-o bem lá no fundo – no sentido mais óbvio e literal, mas também de um jeito diferente, que fazia meu coração crescer em meu peito. Ah, não. Isso era perigoso. 

Mas não da forma como eu esperava que fosse. Eu nunca imaginaria que uma simples corda poderia causar tanta destruição em minha mente. Por mais que eu houvesse gostado dos nossos encontros anteriores, isso era algo completamente diferente. Parecia tão mais íntimo, de um jeito que eu não esperava.

 Cada pequena sensação, da pegada agressiva em meus quadris ao toque suave da fronha em meu rosto, estava fazendo minha pele arrepiar-se toda. Meus ombros estavam começando a doer, mas era uma dor fraca e satisfatória. Era bom. Ela atingiu um ponto dentro de mim que me fez tremer e senti ondas de prazer tomando conta de todo o meu corpo. O auge, de alguma forma, foi ao mesmo tempo gradual e repentino – como ver um balão de água explodir em câmera lenta. 

Eu emitia sons suaves, abafados, enquanto meu corpo pulsava e tremia. No meio disso tudo o senti crescer dentro de mim, seu quadril finalmente parando os movimentos incessantes. Ela então se afastou de mim, voltando momentos depois para colocar-me de lado e rapidamente desamarrar a corda. Sentia-me completamente feliz e exausta, esgotada, como se eu pudesse começar a rir e a chorar sem conseguir parar durante horas. Ela me abraçou e enrolei-me em seu corpo, o calor de sua pele e o som das batidas do seu coração de alguma forma atingiam-me através da névoa de sentimentos e sensações para acalmar minha mente. Respirei. 

 Na manhã seguinte, desci até a cozinha com um sorriso no rosto. lauren retribuiu meu "bom dia" meio distraída – não tinha certeza do que eu esperava que ela dissesse, mas certamente não era a próxima coisa que saiu de sua boca. 

"A noite passada," ela falou. "Isso não... nós não podemos deixar isso acontecer de novo." "O que você quer dizer?" Eu sabia exatamente o que ela queria dizer, mas não queria acreditar. "A gente não pode embaralhar os limites,"

 ela lamentou-se. "Isso é um acordo de negócios. Não é muito... é uma má ideia deixar as coisas ficarem confusas desse jeito." "Eu pensei que você tinha concordado que isso não importava." Seus olhos pareciam tristes, mas determinados. Eu sabia que não conseguiria convencê-la, mas não iria perdoar-me se eu não tentasse. 

"mila. Desculpa. Eu sei que tem sido divertido. Não é nada pessoal. Você é muito linda. Eu me diverti quando a gente estava... junta. Mas isso não pode continuar. A gente tem que se controlar." Queria gritar. Queria brigar com ela, mordê-la e chutá-la, jogar coisas nela – queria fazer todas as coisas irracionais que me vinham à cabeça, mas em vez disso fiquei apenas ali, bem parada, olhando para ela. Concordando. Ela observou-me por um instante, esperando pelo pior. Mas eu não daria esse gostinho a ela. "Tudo bem,

" falei, com a voz mais neutra que consegui. Virei-me e desapareci no meu ateliê, onde comecei a rabiscar tão forte em um bloco de papel que rasguei cinco folhas antes de parar. 

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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