Entre Cicatrizes e Silêncios-Gabigol

Capítulo 12: O Encontro dos Corações

Gabriel Barbosa pov's

O ar estava carregado de tensão quando me aproximei de Lis. O que havia começado como uma conversa difícil, cheia de inseguranças e medos, agora se transformava em algo mais. O calor de sua presença era inebriante, e cada momento que passávamos juntos me fazia perceber o quanto eu havia sentido sua falta. O mundo ao nosso redor havia desaparecido, e tudo que importava era nós dois, juntos naquele instante.

Quando nossos lábios se tocaram, foi como se uma onda de eletricidade percorresse meu corpo. O beijo começou suave, mas logo se intensificou, repleto de emoções reprimidas. Havia uma mistura de amor e saudade, uma necessidade urgente de nos reconectar de uma forma que ambos estávamos evitando por tanto tempo.

Lis estava tão perto de mim, seu cheiro doce e familiar inundando minhas narinas. Meus braços a envolveram, e a puxei para mais perto, perdendo-me na sensação dela contra meu corpo. A pressão de tudo que havia nos cercado — a mídia, as expectativas, os medos — parecia se dissipar a cada toque, a cada sussurro que trocávamos.

Enquanto nossas línguas se encontravam em um ritmo desesperado, meu coração disparava. Eu sabia que a vulnerabilidade era arriscada, mas naquele momento, eu queria esquecer tudo isso. O desejo que sentia por Lis era tão intenso que nada mais importava. Apenas nós dois e a conexão que sempre existira entre nós.

— Gabriel... — ela murmurou entre os beijos, e a forma como pronunciou meu nome enviou ondas de calor por todo o meu corpo.

Sem pensar duas vezes, a empurrei suavemente para trás até que suas costas encontraram o sofá. Um impulso primal me dominou, e a necessidade de explorar cada centímetro do corpo dela se tornou irresistível. Comecei a descer os beijos pelo seu pescoço, sentindo a pele macia sob meus lábios. Cada suspiro dela me incentivava a ir mais longe, a me perder ainda mais em sua essência.

Enquanto a intensidade aumentava, também havia uma fragilidade no ar. Eu sabia que estávamos em um terreno arriscado. O que aconteceria depois? O que isso significaria para nós? Mas, por um instante, todos esses pensamentos foram deixados de lado. Tudo que eu conseguia pensar era no calor de seu corpo e na forma como ela se entregava a mim.

— Gabriel... — ela disse novamente, com uma voz suave e cheia de expectativa.

Olhei em seus olhos, e havia algo ali que me fez hesitar por um momento. Ela parecia vulnerável, e ao mesmo tempo, tão cheia de desejo. Era como se estivéssemos dois imãs, atraídos um pelo outro, incapazes de resistir à força que nos unia.

Aproximei-me mais, nossos corpos agora completamente alinhados, e uma onda de desejo tomou conta de mim. A intensidade do momento me fez esquecer do mundo lá fora. Eu não queria que nada estragasse isso. O que quer que tivesse acontecido antes, agora estava atrás de nós.

Conforme me movia lentamente, explorando seu corpo com os dedos, senti o calor dela se intensificando. Ela arqueou as costas, permitindo-me acesso a mais dela, e eu percebi que, apesar de todas as barreiras que haviam nos separado, ali estávamos, encontrando consolo e amor nas mãos um do outro.

Um sussurro de felicidade me preencheu enquanto a observava. Lis, a mulher que eu havia magoado, que ainda assim me desejava, que estava disposta a me dar uma segunda chance. Eu não queria estragar aquilo. Eu queria que fosse perfeito.

— Lis... — murmurei, olhando em seus olhos, buscando sua aprovação. — Eu não quero que isso seja apenas um momento. Quero que seja mais do que isso.

Ela sorriu, e seu olhar respondeu mais do que palavras poderiam. Era uma promessa silenciosa de que, juntos, poderíamos enfrentar o que viesse. Nossos corpos se moviam em uma sincronia que parecia ter sido feita para nós, e, enquanto o desejo nos consumia, percebi que o amor não era apenas um sentimento — era uma escolha. Uma escolha que eu queria fazer.

À medida que nos entregávamos um ao outro, tudo ao nosso redor parecia desaparecer. O som da cidade, as preocupações com o futuro, a pressão da mídia e as inseguranças se dissiparam, e só havia nós dois, unidos em uma dança íntima. A paixão e a vulnerabilidade se misturavam em cada toque, em cada suspiro, como se estivéssemos criando um novo mundo apenas para nós.

Os momentos se transformaram em um turbilhão de emoções — alegria, tristeza, dor, amor. Cada sensação era amplificada, e eu me perdi completamente no que estávamos construindo juntos. Era como se estivéssemos nos redescobrindo, como se cada toque nos lembrasse do que realmente significávamos um para o outro.

Enquanto me movia com ela, pude sentir a liberdade e o consolo que tanto desejávamos. E, em meio a tudo isso, percebi que, apesar de todos os erros e mal-entendidos, ainda havia um amor verdadeiro entre nós. Um amor que precisava ser cultivado, mesmo que em meio à dor e à confusão.

Após aquele momento de entrega, enquanto nos recuperávamos, deitados um ao lado do outro, uma paz me envolveu. Lis repousava em meus braços, sua respiração lenta e suave, e eu não conseguia deixar de admirar a beleza dela. Mesmo em meio à incerteza, havia uma esperança renovada.

— O que estamos fazendo, Gabriel? — ela perguntou, quebrando o silêncio. Sua voz estava suavizada pela vulnerabilidade.

— Eu não sei, mas sinto que estamos no caminho certo. — respondi honestamente, acariciando seu cabelo. — Quero que você saiba que estou aqui, que quero lutar por nós.

Ela sorriu, e esse sorriso fez meu coração aquecer. A conexão que havíamos reestabelecido parecia mais forte do que nunca, e, por mais que o futuro fosse incerto, ali, naquele momento, estava disposto a enfrentar qualquer desafio ao lado dela.

O amor é uma jornada, e, finalmente, estávamos prontos para dar mais um passo nessa caminhada.