Capítulo 34: Entrega e Confiança

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Gabriel Barbosa pov's

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Gabriel Barbosa pov's

A noite havia caído suavemente, trazendo consigo um silêncio confortável que preenchia o espaço entre nós. O clima era diferente daquela vez no sofá, quando a tensão estava carregada de incertezas e o medo do passado nos prendia. Desta vez, havia uma serenidade no ar, como se estivéssemos entrando em um novo território, um terreno mais sólido e verdadeiro.

Lis estava sentada ao meu lado, a luz suave do abajur refletindo no seu rosto. Seus olhos, profundos e sinceros, pareciam dizer mais do que as palavras poderiam. Não precisávamos falar muito; o silêncio entre nós era uma espécie de acordo mútuo. Ambos sabíamos que, dessa vez, estávamos prontos para deixar o passado completamente para trás.

Eu me aproximei devagar, os dedos tocando de leve sua mão. O simples toque enviou uma onda de calor por todo o meu corpo. Ela não recuou, pelo contrário, apertou minha mão com um gesto suave, mas firme. O olhar dela encontrou o meu, e por um breve momento, o mundo lá fora deixou de existir.

— Gabriel — ela sussurrou, com a voz quase inaudível, mas cheia de significado. — Eu confio em você.

Essas palavras, simples e diretas, carregavam um peso enorme. Não era só sobre a confiança em mim, mas também sobre a confiança no que estávamos construindo. Eu soube, naquele momento, que o medo que ela carregava estava se dissipando, assim como o meu. O caminho não seria fácil, mas, juntos, podíamos enfrentá-lo.

Com uma mão, segurei seu rosto, sentindo a maciez de sua pele sob meus dedos. Ela fechou os olhos por um instante, se rendendo ao toque. Quando se inclinou para mim, nossos lábios se encontraram de maneira delicada, quase hesitante. Mas à medida que o beijo se aprofundava, o ritmo de nossas respirações se alinhava, e a hesitação deu lugar ao desejo.

O beijo era um reflexo do que sentíamos: não apenas paixão, mas uma conexão emocional que transcendia qualquer obstáculo. Cada toque, cada movimento, era um lembrete de que estávamos ali, presentes um para o outro.

Minhas mãos deslizaram para sua cintura, puxando-a suavemente para mais perto. Lis se entregou ao abraço, sua respiração ficando mais pesada, mas não havia pressa. O momento era nosso, e estávamos saboreando cada segundo, cada sensação.

Aquele momento de entrega, de pura intimidade, não era apenas físico. Era como se estivéssemos reconstruindo a confiança e o amor que haviam sido testados tantas vezes. Estávamos, de fato, começando de novo, mas com uma profundidade que só o tempo e as cicatrizes poderiam trazer.

Quando finalmente nos afastamos, ofegantes, olhei nos olhos dela e vi algo que me encheu de paz: a certeza de que estávamos no caminho certo. Não precisávamos de promessas ou palavras grandiosas. Estávamos juntos, e isso era o suficiente.

— Eu amo você, Lis — sussurrei, sentindo a verdade crua dessas palavras.

Ela sorriu, um sorriso suave, e me beijou novamente, como se aquilo fosse uma confirmação do que estávamos prestes a construir. Sem pressa, sem medo.

Era o começo de algo novo, e estávamos prontos para abraçar cada momento dessa jornada, juntos.

Entre Cicatrizes e Silêncios-GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora