09 - Morte

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Minhas costas protestam quando me levanto, os músculos reclamando do que foi uma noite mais intensa do que eu esperava

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Minhas costas protestam quando me levanto, os músculos reclamando do que foi uma noite mais intensa do que eu esperava. Caminho até o banheiro, sentindo o frio do chão sob os pés, e ligo o chuveiro. A água quente escorre pelo meu corpo, aliviando a tensão enquanto deixo meus pensamentos se acalmarem.

Depois de alguns minutos, desligo o chuveiro e me enrolo em uma toalha, sentindo o vapor quente ainda pairar no ar. Saio do banheiro e sigo em direção ao meu quarto para pegar algo confortável para vestir.

Estou distraída, procurando por roupas, quando o som de uma garganta sendo limpa me faz dar um salto. Viro rapidamente, o coração disparado, e vejo Nascimento parado na porta. 

Ele está completamente nu, os braços cruzados sobre o peito, um sorriso satisfeito brincando em seus lábios. Seus olhos escuros me percorrem de cima a baixo, e o calor em seu olhar é inconfundível.

— Bom dia — ele diz, a voz rouca, carregada de um tom provocador que me faz revirar os olhos.

— Toma. — Jogo uma toalha na direção dele, tentando ignorar a faísca que sua presença provoca em mim.

Ele pega a toalha no ar com facilidade, mas não faz nenhuma tentativa de se cobrir. Apenas ergue uma sobrancelha enquanto me observa.

— Quer café? — pergunto, tentando parecer indiferente, mesmo sabendo que minha expressão provavelmente me trai.

Ele assente, um sorriso preguiçoso surgindo em seu rosto.

— Sempre.

Sem dizer mais nada, ele caminha em direção ao banheiro. O som do chuveiro logo enche o silêncio da casa, enquanto eu vou para a cozinha. Pego o pó de café e a cafeteira, os movimentos automáticos enquanto minha mente ainda está presa na imagem dele, desinibido e confiante.

Suspiro profundamente. "Que droga você está fazendo, Helena?", penso enquanto ligo o fogão. Mas, por mais que meu cérebro proteste, meu coração, e, francamente, meu corpo. parecem ter suas próprias ideias.

O aroma do café fresco enche a cozinha, trazendo uma sensação reconfortante enquanto observo a água quente passar pelo coador, o líquido escuro enchendo a garrafa aos poucos. O som do chuveiro cessa, e em menos tempo do que eu esperava, Nascimento surge na cozinha.

Ele está com uma toalha enrolada na cintura, caminhando com a confiança de quem sabe exatamente o impacto que causa.

— Pode pegar a manteiga na geladeira? — peço, tentando manter a voz neutra enquanto coloco a garrafa de café sobre a mesa.

Ele caminha até a geladeira sem pressa, abrindo-a para pegar o pote. Meu olhar involuntariamente o segue, e sou pega admirando a visão à minha frente.

Os últimos pingos de água ainda escorrem pelo peito definido, refletindo a luz suave da manhã. Seus cabelos úmidos e levemente ondulados adicionam um toque despreocupado ao seu charme natural. Ele fecha a porta da geladeira e me encara, entregando a manteiga com um leve sorriso no rosto, como se soubesse exatamente onde minha atenção estava.

Destinos Cruzados | Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora