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Trovão

- iae Trovão? Como foi?- Falcão pergunta assim que eu piso na boca.

- deu tudo certo, matamos muitos homens que estavam ligados com furacão.

- e você matou ele?- nego- quem matou então?

- a mãe da Mariana- Falcão arregala os olhos- ela matou ele com apenas um tiro na cabeça cara, Otto falou que ensinou ela se defender.

- CARALHO!- Falcão arregala os olhos. - vou ensina minha futura esposa também, já pensou minha gata meter bala nos cara pô.

- eu só quero a Mariana longe desse mundo- respiro fundo- eu queria trocar uma ideia contigo.

Estamos tranquilos, os vapores limparam os requisios da invasão, as pessoas se acalmaram, mas eu... tava nervoso.

- solta a voz- ele cruza os braços.

- quero pedir Mariana em namoro...- Falcão arregala os olhos denovo.

- nem ferrando eu tô escutando isso! Aí Deus! Gratidão, gratidão! Vou até na missa agradecer essa vitória- Falcão faz uma dacinha doida e eu dou risada.

- e sério cara, eu não sei como fazer isso, precisa de ajuda de um cara carinhoso e romântico como você- digo e ele sorrir mais ainda.

- qual tipo de flor que ela gosta?- ele pergunta.

- eu não sei- realmente nunca perguntei.

- você nem conhece a sua mina cara! Vou perguntar pra isa, quer que eu traga uma aliança grossa ou fina?

- a minha quero grossa de ouro tá ligado - Falcão nega denovo.

- ou burro, aliança de namoro e prata não ouro, a aliança de ouro é pra casamento.- dou de ombros.

- Eu peço em casamento então.

- casamento é demais, aquieta o facho, vou trazer uma par de alianças bem daora, vou chamar a isa pra me ajudar a escolher. Vamos fazer assim, vai ser na sua casa, vou joga muitas rosas pelo chão.

- calma Falcão, é só um pedido simples- ele nega.

- é um momento exclusivo, você pedindo alguém em namoro, é loucura para meus ouvidos. Ela vai vim que horas?

- as 7 da noite vou busca ela na entrada do morro- Falcão assenti.

- eu vou junto.

...

Mariana sobe na moto e me abraça pelas costas, sigo em direção a minha casa, e assim que chego na frente ela desce da moto e me espera.

- conversou com a doutora?- pergunto tirando o capacete.

- sim, decidi tenta a cirurgia, amanhã cedo tenho enxame para ver como está o tumor. Eu só espero que dê tudo certo.

- vai dá sim amor- passo minhas mãos pelo seu rosto, seus olhos claros me acompanhavam. - rapunzel, vamos entrar?

- vamos...- ela caminha comigo para dentro, eu já tava nervoso, meu corpo suava frio assim que coloquei a chave na porta. - oque tá acontecendo? Você está passando mal Lucas?

- não- digo abrindo a porta- pode entrar.

Ela me olha confusa mas entra, Mariana paralisa em frente à porta, a sala estava toda decorada com rosas, e um buquê de rosas encima do sofá.

O Falcão deu o nome dele mesmo.

- nossa!- ela coloca a mão na boca sem palavras. Chegou minha hora de agir.

- rapunzel, eu sei que parece loucura  mas não é, des do primeiro dia que te vi, algo me chamou atenção em você, eu sempre falei que amo sua pureza e delicadeza, nossos tempos juntos e tudo, você me fez feliz em poucos dias. Eu tenho problemas com pesadelos des de quando assumir o morro, e todas as vezes que dormimos juntos, eu não tive nenhum pesadelo sequer. Eu descobrir como é gostar de algo, gostar de está perto, gostar de abraços, gostar de sorrir. Tu é a razão disso, eu descobrir que te amo, quando vi que eu podia te perder eu fiquei louco, eu fui um otário de não defender você. Mariana, você aceita namorar comigo?

Mariana com os olhos cheios de lágrimas me olha sem reação. Eu ajoelho e tiro a caixinha com abaliança do meu bolso.

Era linda, duas aliança fina, e a dela tinha uma solitária com a pedra da cor do seus olhos. E cada uma tinha escrito o nome um do outro.

- Lucas...- ela se vira colocando suas mãos no meu rosto- eu aceito.

Os seus olhos brilhando, me levanto e deixo um beijo na sua boca.

- você quer falar mais alguma coisa- ela estava meio pensativa.- me diz vida, oque tu quer falar.

- e se eu morrer?- ela vem com essa conversa denovo.

- tu não vai morrer Mariana, eu não vou deixar!- seguro sua cintura e aproximo mais de mim.

- eu tô falando sério Lucas, a gente não sabe oque vai acontecer de verdade, eu perdi um filho nosso cara, eu não tive nem a oportunidade de ser uma mãe... estou com uma doença que está me matando aos poucos, não quero morrer e te deixar.

- Mariana, eu tenho certeza que você seria uma ótima mãe, esse não era o momento certo, Deus tem outras coisas preparada para você, eu só quero que você lute, você vai vencer esse câncer!- falo tranquilamente passando os dedos no seu rosto secando suas lágrimas. - eu te amo Mariana!

Meu coração acelerou.

- obrigado Lucas! Eu também te amo muito, de verdade- ela me abraça forte.

Saio um pouco de perto dela e pego a caixinha com a aliança, coloco no seu dedo, seus olhos brilhavam, e eu já estava louco só de olhar. Ela coloca a aliança no meu dedo, e sem pensar duas vezes eu beijei ela.

Mariana segura meu rosto enquanto nos beijavamos, minhas mãos descem para sua cintura apertando contra meu corpo. Guio ela devagar até o sofá e encosto seu corpo sobre.

- Lucas...- ela falando meu nome era loucura.

Sua respiração quente batendo no meu rosto, sinto um calor me dominar. Começo a beijar seu pescoço e desço beijo por todo seu corpo, Mariana começa a se contorcer.

- Lucas, eu não sei se podemos, por causa do aborto...

Respiro fundo e olho no seu rosto.

- tá doendo?- ela nega- quer tentar devagar?

- quero.


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