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Trovão

Fui em direção ao trocador, e ali estava o furacão com o Otto.

- olha lá, o apaixonado voltou!- furacão se levanta fazendo graça.

- furacão!- Otto o repreende e me olhar- vai continuar a luta, trovão?

- sim- olho para o furacão sério- eu e você no ringue!

Saio de perto dele e vou me trocar, coloca as luvas. Saio do trocador e vejo o furacão já posionado na minha esperar, então me aproximo dele enquanto o narrador fala.

Primeiro round, trovão e furacão! Qual dos dois elementos vão ganhar essa luta? Que comecem as apostas!

O ringue estava iluminado pelas luzes fortes, e o suor escorria pelo meu rosto, misturado com a poeira e o sangue. Cada respiração era pesada, como se o ar estivesse mais denso do que deveria ser.

O calor do combate se refletia no calor do meu corpo, que pulsava com cada golpe que eu recebia, mas eu não podia parar. Não agora. Não nessa luta.

O Furacão estava diante de mim, um verdadeiro vendaval em forma humana, cada movimento dele uma tempestade que queria me derrubar.

Ele rodava, girava, atacava com força, mas eu sentia que a batalha ainda estava nas minhas mãos. Eu sabia que ela estava me olhando no fundo daquele galpão, eu nunca perdi uma luta, e não vai ser essa que vou perder.

Minhas pernas estavam cansadas, os músculos gritando por descanso, mas eu não podia vacilar. A pressão da galera ao redor, os gritos ecoando, tudo isso só aumentava a tensão no ar.

O Furacão veio de novo, mais rápido, mais furioso, sua mão certeira indo direto para minha cabeça, mas eu estava preparado. Concentrei toda minha energia naquele momento, e com um giro rápido, esquivei, aproveitando o espaço que ele me deu.

Eu avancei. Um soco de esquerda, outro de direita, e o impacto foi tão forte que senti os ossos vibrando. A cada golpe que eu desferia, parecia que o ringue tremia, o som da minha mão batendo no corpo dele era como o trovão que eu tanto representava. Eu podia sentir o cansaço, mas a vitória estava ali, ao alcance. Só faltava um golpe. Um único golpe!

Ele se aproximou, me pegou desprevenido com o golpe, sinto o sangue escorregar, os gritos, o suor escorrendo meu corpo. Mas eu me levanto, olho para ele e corro em sua direção.

O Furacão, com os olhos arregalados, tentou se afastar, mas já era tarde demais. Com um passo largo, dei meu golpe final. Um soco direto no queixo, com toda a força que ainda restava em mim. O som do impacto foi como um trovão rasgando o céu, e o corpo dele caiu pesadamente no chão, o som do seu corpo atingindo o piso ecoando por todo o galpão.

A galera explodiu em gritos. Eu fiquei ali, parado, ofegante, olhando para o corpo do Furacão estirado no chão. A sensação de vitória foi intensa, mas, ao olhar para os lados, percebi que havia mais. No canto do ringue, entre a multidão, lá estava ela.

Eu senti um arrepio, não pelo só cansaço. O olhar dela me atravessou, era como imã, e eu pude dar um sorriso para ela, a vitória era minha, e ela também!

...

Fui ao trocador e tomei uma ducha rápida tirando aquele suor sobre meu corpo.

-Lucas?- a voz ecoava aquele lugar.

Enrolo a toalha no meu corpo e desligo chuveiro e vou em direção a sua voz.

- veio atrás de mim rapunzel?- sorrio ao ve-la.

- fiquei preocupada, seu nariz está sangrando...- ela se aproxima com suas mãos no meu rosto.- você foi muito bem!- ela sorrir.

- com essa premiação eu não poderei perder- puxo sua cintura para perto de mim- como está se sentindo? Está com alguma dor ou quer comer algo?

Ela nega com aquele seu rosto angelical, o tanto que ela era bonita chegava a ser loucura. A garota aproxima seus lábios do meu, a respiração quente que batia no meu rosto, me estremecida por completo.

- tem chance de alguém entrar?- ela pergunta baixinho no meu ouvido.

- que se foda se eles entrarem- puxa Mariana pela cintura e coloco sobre a mesa.

Beijo seu rosto e seu pescoço com vontade, ela dar uma abertura entre as pernas para que eu me aproxime mais. Ela tira suas roupas rápidos ainda sentada naquela mesa com os olhos fixados no meu.

Minhas mãos percorrem por suas costas até descer para sua bunda. Ela era um baita pecado, mas que pecado puro.

Mariana era alguém que eu nunca imaginei encontrar na vida, seu olhar puro e doce, que também sabia ser oblíquo e dissimulado. Ela era a perdição, um crime, o melhor crime na vida de um bandido.


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