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- quer que eu te leve embora pra onde? Tua casa?- trovão se aproxima da moto.

- pra onde você quer me levar?- brinco com ele que nega com o rosto sorrindo.

- para de brincadeira Mariana!- sua voz é firme.

Fico quieto por alguns segundos olhando seu rosto. Ele era um homem bonito, apesar de várias tatuagens que ele possuía. Seus olhos eram azuis, seu rosto sempre sério, mais quando sorria, seu dentes eram perfeitamente alinhados.

Seu cabelo era um pouco grande, trazendo um charme, mas percebo as tatuagens em seu pescoço que subia até sua cabeça.

-doeu?- pergunto reparando as tatuagens.

- não- ele se aproxima e vira para eu ver atrás.

Tinha uma serpente que cruzava seu pescoço, coisa maluca de se ver.

- quero fazer uma- digo.- um sol, como um símbolo.

- prefiro tu assim- ele sobe na moto me afastando- sobe.

- mas eu vou fazer, pelo menos antes de morrer- digo mais logo me toco.

- tem muito tempo pra viver ainda rapunzel, sobe logo.

- é, muito tempo...- digo baixo.

Eu tinha alguns meses, e sinceramente... eu me esquecia disso.

Trovão acelera a moto descendo o morro, não tinha ninguém na rua, a festa do galpão havia acabado.

- vai querer que eu te deixe onde?- ele pergunta, não respondo.

Eu não sabia, se voltava para casa do meu pai ou ia pra Isa. Eu havia mandado algumas mensagens para ela, mas nenhuma resposta.

- acho que a Isa está com o Falcão... ela não me respondeu.

Ele não fala nada, apenas acelera a moto, vai em direção ao um lugar que eu não sabia onde era, nunca tinha vindo aqui, pelo menos nessa parte do morro.

Ele para enfrente à uma casa, bem bonita por sinal.

- me trouxe para sua casa?- pergunto para encher o saco dele.

-não, te trouxe para casa da minha mãe...- olho surpresa.

Oque a mãe dele vai pensar de mim? O dia quase amanhecendo e uma mulher desconhecida na casa dela, ela vai pensar que sou uma prostituta.

- sua... mãe?- pergunto descendo da moto- tá doido? Ela... ela vai pensar que sou uma mulher qualquer que você trás para transar.... sei lá uma prostituta.

Ele desce da moto e me olha sério.

- deixa de ser idiota Mariana, eu não trago nenhuma mulher aqui!- ele puxa meu braço para que eu acompanhe ele.

- acha que acredito?- retruco.

- acredite no que você quiser- ele abre a porta para que eu entrasse.

Não tinha ninguém, ou estavam dormindo. Trovão fez sinal para que eu ficasse em silêncio e me levou até um quarto. Entramos e ele fechou a porta.

- dorme aqui- ele aponta para cama e tira um coberto do guarda roupa e coloca encima da cama- vou dormir na sala- ele pega outro coberto e se dirigir a porta.

- esse é seu quarto?- pergunto.

- era quando eu morava aqui- ele se vira me olhando - fica tranquila, quando você acorda eu vou está aqui.- ele se vira para sair.

- não!- digo- dorme aqui, sei lá, puxa um colchão, ou dorme nessa cama. Não quero ficar sozinha, eu nunca vim...

- tá querendo dormir comigo rapunzel?- ele dar risada.

- não é isso... sua cama é de casal, cabe nós dois, você fica pra lá e eu pra cá. Só vamos dormir, nada demais.

Eu não queria ficar aqui sozinha, já não conhecia o lugar. Se ele fosse embora como eu ia ter coragem de falar com a mãe dele...

- eu durmo aqui então- ele volta colocando o coberto na cama. Quer trocar de roupa?- ele abre o guarda roupa e pega uma camiseta e um short e me entrega.

Ele tira a camiseta e sai do quarto. Tiro aquele vestido e coloco a roupa que ele me deu, o trovão bate na porta para entrar.

- pode abrir- digo sentada na cama.

Ele estava com um short folgado, e seu abdômen a mostra, ele era forte, até demais.

- não fica olhando muito pra não passar vontade- ele se joga na cama. -não está com sono?

-não...- me deito ao seu lado e me viro para ele- você tem muita tatuagens.

- essa aqui fiz para minha mãe- ele aponta um nome grande, Silvana- essa para minha irmã- aonde ele aponta era uma letra maiúscula com nome Lorena.

- você tem uma irmã! Que belezinha- coloco minha mão encima da tatuagem- essa é letra dela?

- sim- seus olhos me reparam enquanto observo cada tatuagem. Minha mãos percorrem por elas, era inacreditável o quanto bem feitas elas eram, e cada uma era um significado, um símbolo e fala.

Ele coloca sua mão encima da minha, tiro os olhos da tatuagem e olho para ele confusa.

- seu jeito me mata- sua voz é baixa- acaba comigo todo, não faz isso...

- isso oque?- ele sorrir desviando o olhar. Subo minhas mãos para seu rosto.

Ele estava meio sentada na cama, eu estava de pernas cruzadas. Quando passo a mão pelo seu rosto ele volta a me olhar curioso. Aproximo dele tomando iniciativa, encosto nossos narizes sentindo a respiração pesada dele.

- qual seu nome? - pergunto sentindo meu corpo se arrepiar. Ele não responde, então me afasto devagar, mas antes ele me segura dessa vez.

- Lucas- sua duas mãos estavam no meu rosto- meu nome e Lucas, rapunzel...

Dou um sorriso por achar graça do jeito que ele falou. Lucas me puxa para um beijo, permito a entrada da sua língua na minha boca, apoio meus braços sobre seu pescoço enquanto ele aumenta a velocidade do beijo.

Era bom e intenso, ele sabia oque estava fazendo. Ele afasta nossas bocas para respirar, eu aproveito e sento no se colo, coloco uma perna em cada lado, ele sorrir e voltar a me beijar.

Suas mãos descem pelas minhas costas, sinto a pegada dele até chegar em minha bunda, onde estava coberta pelo seu short enorme que eu estava usando.

- nossa Mariana...- ele respira fundo- onde aprendeu beijar assim?

- fica quieto!- continuo a beija- lo. Meu corpo estava queimando por dentro, querendo sentir ele cada vez mais, começo a me movimentar por prazer, meu corpo se contorcia sob o seu.

- se continuar se mexendo assim eu não vou aguentar...- nossas testas se encostam.

ATÉ UM DIA Onde histórias criam vida. Descubra agora