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Mariana

Me senti uma burra, ingênua e traída, amargamente traída... eu percebi o quanto trovão estava estranho pela manhã, e como me preocupo, vim aqui para conversar e tentar entender.

Mas me arrependo armagadamente!

- sério isso?- minha voz saiu baixa mas sendo capaz dele escutar.

Seus olhos estavam diferentes, era como se tivesse uma alma que habitava nele toda vez.

- oque veio fazer aqui?- trovão faz um sinal para a mulher se levanta do seu colo.

Eu esperei ele me falar que não foi nada do que eu estou pensando, ou ele jogar a culpa nela, mas não! ele não fez nada disso.

- achei que você estava mal...mas pelo visto estava enganada, trovão!- engulo seco ao falar seu nome.

- tem mais algo para falar?- arqueio a sombrancelha ainda em choque. Nego vendo aquela cena, onde a pessoa que dormiu comigo abraçado a noite toda, estava me tratando que nem um lixo.

- obrigada, por mostra quem você realmente é - sorrio amargamente e me retiro da sua sala fechando a porta com força.

Vou em direção a saída da boca rápido, tentando sair dali o mais rápido possível.

- Mariana!- a voz do Falcão vinha em outra direção, mas ignoro.- Mariana caralho! Me Escuta- ele segura meu braço.

- dependendo do que você viu ali, não leva para o lado pessoal...- tiro meus braços das mão no Falcão.

- eu não quero saber!- digo séria enquanto me guio para a saída.

Porém escuto um radinho tocar, não sei de quem era, eu estava com raiva, com a cabeça longe, meu coração doía, e eu nem amava ele, ou achava que não.

" invadiram o morro porra!"

Continuo subindo o morro, eu só queria ir embora daqui, nunca mas voltar para esse lugar. A primeira coisa que eu vou fazer é chamar um uber e ir para minha casa.

Agora eu entendo a proteção exagerada da minha mãe...ela só quis me proteger, desse mundo e de todos os homens.

- invasão! Todos corram para suas casas!- um vapor grita, pessoas descem correndo e gritando socorro.

Eu olho para os lados sem entender nada oque estava acontecendo. Até que surgiram homem com balaclavas pretas que cobriam seus rostos e só deixavam os olhos amostra.

Meu coração erra a batida, e merda, sinto uma dor no meu estômago. Agora não! Aí meu Deus por favor!

Escuto barulhos de tiros e gritos, tento andar até um beco, estava anoitecendo, e por causa das sombras esse beco estava escuro. Coloco a mão na barriga sentindo a pontada forte, caio devagar sentada no chão do beco.

- me leva de uma vez câncer desgraçado...- digo entre dentes.

A dor dessa merda não era maior do que um coração partido.

- te achei princesinha!- a voz surge no beco. Eu tento reagir, gritar ou algo do tipo, mas não consigo.

Meu corpo já tinha desligado, minha mente funcionava devagar, as luzes e a sombra do homem se aproximava de mim. Eu não conseguia falar, reagir, só sentir a dor, dor no peito, no estômago e no coração.

De repente tudo apaga de uma vez quando sinto as mãos geladas encostarem em mim.

...

- oque aconteceu para ela desmaiar assim?- escuto uma voz diferente.

- eu não sei, não coloquei nenhum produto nem nada do tipo. Quando encostei nela, ela já tinha desmaiado sentada no chão daquele beco...- A voz grossa me arrepia.

Abro os olhos devagar tentando enxergar quem estava na minha frente.

Tinha duas pessoas, um homem mascarado e o outro... ele era o Furacão!

-acordou princesa! Não sabe o quanto eu estava preocupado- ele sorrir.

- nojento!- digo séria olhando firme para seus olhos. Tento me mexer mais percebo que eu estava amarrada.

- se eu fosse você, eu não diria isso...- ele aperta um botão.

Na mesma hora eu sinto um choque pelo meu corpo, grito de desespero, um zumbido, minha cabeça doía.

- para!- grito de dor me contorcendo naquele banco.

Ele solta o botão novamente sorrindo.

- podemos começar novamente... bom, achei que não iria conseguir o troféu do trovão, mas pelo que vi...ele não protege bem oque é dele!- furacão sorrir e se aproxima de mim.

- eu não sou troféu de ninguém! Oque estou fazendo aqui?- grito tentando me soltar.

- eu tinha que pegar algo que o trovão sentiria falta, e que ele arriscaria sua vida... bom, se ele deixou a maior luta de todos os tempos porque a princesa passou mal...pude ver quem era o seu ponto fraco!- aquele nojento sorria vitorioso na minha frente, ele passava sua mão suja no meu róseo. Eu me afastava mas não adiantava.

-isso se chama inveja! Querer algo de alguém para se sentir vitorioso!- digo com os olhos fixos no seu.

Mas logo sinto meu rosto arde com um tapa.

- nunca mas repita isso princesa, você é muito bonita para dizer coisas tão feias para mim! - ele vai em direção a porta.- talvez eu volte mais tarde...

- não!- grito sentindo o meu rosto arder e o suor escorrer, meus cabelos grudados na minha testa, e eu nem entendi o porquê desse doente ter me trazido para esse lugar!

ATÉ UM DIA Onde histórias criam vida. Descubra agora