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Mariana
Sexta-feira

-quer ir treinar comigo gatinha?- Lucas pergunta enquanto passa suas mãos pela minha bunda.

Eu estava lavando a louça do café da manhã.

- só se eu puder te bater- digo e ele rir.

- na hora que você quiser- ele me abraça pelas costas e beija meu pescoço.

- aonde vai ser o treino? Tá muito gostoso nessa roupa, não vou te libera assim- ele sorrir parecendo gostar da ideia.

- sou todo seu, se quiser me manter preso aqui eu fico, só preciso de buceta e água- dou um tapa no Lucas.

- para de falar coisa feia garoto!- me desgrudo dele- vou me trocar para gente treinar.

- então vai treinar também?- afirmo- essa eu não perco.

...

Chegando no galpão, o Lucas me leva até lá encima, eu achava que só ia ter nós dois, mas a parte de treino estava cheio de homens treinando.

- só tem homem aqui- digo cruzando os braços.

Eu estava com um short de academia e um blusinha que mostrava minha barriga, achei que só ia ser eu e ele ali.

- não sabia que eles iam treinar hoje, ontem não tinha ninguém- Lucas diz tirando a camiseta e me entregando- veste aí.

- porque?- faço de desentendida.

- porque não quero homem olhando para minha mulher não, apesar que até com outro tipo de roupa eles vão olhar- ele revira os olhos pegando a luva.

Analiso sua expressão, ele não cumprimentou ninguém quando chegou.

- vem cá amor- me aproximo de Lucas colocando sua camiseta por cima e ele coloca a luva nas minhas duas mãos.

- quero lutar igual os lutadores do ringue- digo já fazendo os movimentos e ele sorrir.

Nossa que homem bonito, esse corpo dele todo tatuado sem camiseta tava me deixando desorientada. Ele coloca as luvas e vem até mim e me posicionar na sua frente.

Lucas ajeita minha postura, segurando levemente meus braços para ajustar o ângulo correto. Seus dedos firmes e quentes percorrem minha pele, e eu engulo em seco, tentando me concentrar. Ele mantém um sorriso no rosto, mas é sério quando fala.

- Primeiro, você precisa aprender a base. Fica firme nos pés, joelhos flexionados - ele me orienta, movendo meus pés para a posição certa. - Agora, fecha o punho direito e coloca na frente do queixo. Isso. A mão esquerda vai mais próxima ao corpo.

Faço exatamente o que ele diz, mas não deixo de notar os olhares de alguns dos outros homens no galpão. Sinto o peso do ambiente, mas Lucas não parece ligar para nada além de mim.

- Agora, me dá um jab. Direto no saco de boxe - ele aponta para o alvo à nossa frente.

- Um jab? - pergunto, me inclinando levemente.

Ele ri de leve, inclinando-se também para explicar melhor, o rosto a centímetros do meu.

-Isso, amor. É um soco rápido com a mão da frente. Joga o peso do corpo junto. Vai, tenta.

ATÉ UM DIA Onde histórias criam vida. Descubra agora