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Eu pensei em conversar com a médica sobre o tratamento do câncer, queria saber como funcionava e ela foi super gentil em me explicar.

-Mariana, vou explicar de forma bem simples, para você entender o que pode ser feito. Se o câncer estiver em um estágio inicial e for possível operar, podemos tentar uma cirurgia para remover o tumor, e isso pode incluir tirar parte do pâncreas ou até órgãos próximos, dependendo do caso. Se não der para operar, usamos a quimioterapia, que são medicamentos para destruir ou frear o crescimento do câncer. Às vezes, combinamos com a radioterapia, que usa radiação para atacar as células do tumor. Também avaliamos tratamentos mais modernos, como a terapia-alvo, que ataca diretamente o câncer, ou a imunoterapia, que fortalece o sistema imunológico para combater a doença, mas isso depende do tipo específico de câncer que você tem.
Se não for possível curar, focamos em aliviar os sintomas, controlar dores e melhorar sua qualidade de vida, com o que chamamos de cuidados paliativos. O importante é que estamos aqui para te ajudar em cada etapa. Vamos decidir juntos o que for melhor para você, combinado?

Eu escutava cada palavra com atenção, mas outra preocupação me tomava conta.

- e se a cirurgia não funcionar?- pergunto apreensiva.

-Mariana, eu entendo sua preocupação, e quero te tranquilizar. Toda cirurgia tem riscos, mas tomamos muitos cuidados para evitar complicações. Antes da operação, fazemos exames detalhados para garantir que você esteja bem e que o procedimento seja seguro. Se por acaso algo der errado, como sangramento, infecção ou alguma dificuldade durante a cirurgia, temos uma equipe preparada para agir imediatamente. O importante é que esses riscos são bem menores quando a cirurgia é feita por profissionais experientes e em um hospital com estrutura adequada.

Respiro fundo.

- quero fazer a cirurgia, sei que deixei um mês para trás, e não sei como está o câncer, se ele aumentou ou diminuiu, mas quero tentar. - digo e ela sorrir.

- estou muito feliz que você mudou de ideia Mari! Vou marca uma enxame para você amanhã cedo, vamos verificar como está o câncer, e logo que identificamos, vamos fazer a cirurgia!

- ok

...

Eu estava melhor, pensei sobre tudo e coloquei minha cabeça em dia, minha mãe não saía do lado de fora da porta, e chegou o momento de ter uma conversa com ela.

Ela abre a porta devagar e fecha me olhando, seu rosto estava vermelho de quem tinha chorado muito.

- eu estou bem mãe, não precisa chorar.

- te ver deitada nessa maca de hospital me deixa angústiada demais filha!- ela se aproxima e passa suas mãos no meu rosto- oque decidiu fazer?

- vou fazer a cirurgia, se não de certo, vai ser a quimioterapia. Mas eu queria te falar algo.- ela me olha curiosa.- eu pretendo fazer a cirurgia no postinho do morro do vidigal.

- que? Mariana temos médicos excelentes te esperando, e você vai querer fazer com médicos que você nem conhece!- ela fica de boca aberta.

- é isso ou eu não faço nada- digo conformada.

-mas...- verônica respira fundo e me olha- tem certeza disso? Sua vida está em risco.

- eu tenho certeza mãe- ela balança a cabeça em afirmação devagar.

...

Eu já tinha saído do postinho, conversei com minha mãe e por incrível que pareça ela tentou entender, mesmo não aceitando. Fui para casa toma um banho e pegar roupas e tudo que vou precisar.

Otto levou a gente e me esperou, ele me deixou na entrada do morro do vidigal, aonde o trovão estava me esperando.

- obrigada Otto- sorrio para ele.

- não precisa agradecer Mari, eu espero que você fique bem!- ele sorrir.

- eu vi como você olha para minha mãe... e quero te dizer que eu apoio, você parece fazer bem para ela, e isso é incrível Otto!- ele sorrir negando.

- somos só...amigos de muito tempo- balanço a cabeça em compreensão.

- boa noite Otto!- digo descendo do carro.

Ando em direção ao trovão que me espera encostado na moto, e ao seu lado estava o Falcão.

- olha quem chegou, a boneca tá de volta!- Falcão sorrir e eu nego rindo.

- famoso Falcão! Que bom te rever- ele cruza os braços e arqueia as sombrancelhas. - estou falando sério, você é incrível, senti falta das suas graças.

- deixa de ser mentirosa, se tu continuar falando isso eu vou chorar- ele faz careta e eu dou risada.

- e eu não recebo um oi?- trovão sorrir me puxando pela cintura.

Ele encosta nossos corpos e seu braços estavas abraçados na minha cintura.

- oi gatinho, vem sempre aqui?- ele rir.- oque foi? Eu também sei fazer graça tá!- trovão beija minha testa e desce seu rosto paro meu pescoço me deixando fraca.

- trovão...- digo baixo no seu ouvido.

- eu não mereço isso! Essa palhaçada na minha frente, vou me jogar de um penhasco!- Falcão diz saindo de perto e a gente dá risada- a isa tá querendo te ver barbiezinha, não esquece da minha mulher.

- sua mulher? Se assumiram e nem me contaram? Que Injustiça Falcão- ele sorrir.

- ela não sabe ainda pô, relaxa tu vai ser a nossa madrinha de casamento, tu e esse pau no cu aí.

Trovão mostra o dedo do meio pro Falcão que coloca um dedo na boca fazendo graça de sedução para o trovão.

- que dedo grosso trovão! Nem imagino embaixo- Falcão fala e sai correndo.

- filho da puta!- trovão dar risada.

- ele é doidinho- digo achando graça. Trovão segura meu rosto com delicadeza.

- vamos minha gostosa!

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