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Trovão

A Mariana estava nervosa, eu imagino o quanto é difícil enfrentar isso, algo que quer te puxa para morte enquanto você quer viver.

- vamos almoçar na Dona Maria, e depois encontramos a minha mãe e a Lorena na praça- digo envolvendo meus braços na sua cintura.

- ok...

Chegando no restaurante da dona Maria, a mulher abre um sorriso enorme quando percebe minha presença.

- filho!- ela larga as panelas e se aproxima rápido- menino mal criado! Quanto tempo você não me visita!- ela dá uns tapa em mim e a Mariana dá risada.

- calma dona- digo rindo- o tempo tá corrido, por isso demorei. Trouxe uma pessoa para a senhora conhecer- dona Maria abre um sorriso enorme para Mariana .

- eu lembro de você...- ela se aproxima dela- Mariana!- ela sorrir abraçando a garota.

- quando Lucas me falou que iríamos comer na dona Maria, não imaginei que fosse à senhora, quanto tempo!- Mariana retribui o abraço.

Eu nem sabia que elas se conheciam.

- como se conhecem? - pergunto e a dona Maria faz sinal para que a gente sente na mesa ao lado.

- quando meus pais se separaram eu tinha dez anos né, eu vivia na casa do meu pai, e sempre almoçava na dona Maria, como meu pai é super ocupado por causa do trabalho, as vezes não dava tempo de fazer almoço. - Mariana conta sorridente.

Era bom ve-la assim.

- você não lembra Lucas?- dona Maria me olha confusa.

- como assim? Lembra do que?- pergunto.

- você conheceu a Mariana, a gente chamava ela de loirinha, não lembra?- eu franzo as sombrancelhas e tento lembrar.

- oi dona maria- me sento na bancada de frente pra dona Maria.

- chuto que hoje você vai querer comer estrogonofe Lucas?- ela sorrir e eu afirmo.- pode deixar que eu faço só para você.

Dona Maria era uma pessoa daora, eu sempre considerei ela como fosse da minha família, e a minha mãe fica puta da vida quando deixo de almoçar em casa para comer aqui.

- boa tarde dona Maria- uma menina se senta no balcão um banco depois do meu.

- loirinha! Oque vai querer hoje?- ela sorrir para a menina.

- estrogonofe- ela sorrir. Eu fico olhando pra ela, nunca vi por aqui, ela se vira e me olha- oi

Olho confuso para menina, ela aparentava ter uns nove anos por aí, se os parceiro da escola ver eu falando com ela, vai me zoar demais.

- essa é a loirinha, Lucas! Ela passa alguns dias na casa do pai dela.

- iae- cumprimento mas logo desvio o olhar.

- você estudar aqui no morro?- afirmo devagar ainda sem entender qual era da criança- sério? Eu queria estudar aqui também, mas minha mãe não deixou. Quantos anos você tem? Tem amigos por aqui?

Gostei dela não, parece FBI. Olho para dona Maria que faz uma careta para que eu responda a menina.

- tenho 17 anos garota, e tenho uns parceiros por aqui. Não curto muito fala sobre mim não entende- ela assente ainda me olhando.

- sua mãe deixou fura a sombrancelha?- ela me olha curiosa com aqueles olhos azuis.

- e porque não deixaria? Vou fechar meu corpo de tatuagem quando eu completar 18- digo e ela abre a boca chocada.

Menina doida.

-então, ela é aquela criança que não calava a boca?- pergunto olhando par Mariana em choque.

- eu nem lembrava- Mariana dar risada
.
- dona Maria, hoje em dia ela tem 19 anos tá? Não me ache um aproveitador- digo e ela dá risada.- como assim tu tinha dez anos e eu já ia fazer 18?

- então você curte novinhas senhor Lucas?- ela franze a sombrancelha.

- única novinha que curto e você- digo no seu ouvido e ela dar risada.

- então o cardápio de hoje vai ser estrogonofe?- dona Maria pergunta animada.

- sim- falamos juntos e se entre olharmos.





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