Epílogo

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Dulce Maria Saviñon

MESES DEPOIS

Sentada em uma mesa redonda, com um arranjo de tulipas brancas, ao som de violinos e uma taça de vinho na mão, eu estava acompanhada das minhas madrinhas de casamento. Meus pensamentos se voltaram para um tempo não muito distante, quando eu acreditava que a felicidade era um luxo muito caro para mim. Hoje, tenho dois filhos lindos, um marido incrível que me deixa com as pernas bambas só de olhar para ele, amigos leais que dariam a vida por mim, uma irmã forte, corajosa e teimosa, um futuro cunhado que se tornou meu amigo e que, mesmo não sendo de sangue, têm um lugar especial em meu coração. Minha sogra, que agora admiro e amo, se tornou como uma mãe para mim, juntamente com Margô. Para quem não tinha nenhuma, agora tenho duas mães de coração. Segundo Margô, sou a filha que ela nunca teve, e ainda trouxe mais pessoas para nossa família.

A única ausência foi a querida Ágatha, que não pôde comparecer ao casamento, pois o ano letivo da faculdade em Nova York havia começado. Christopher foi tranquilo em relação à escolha dela, apenas exigindo que, quando ela terminasse os estudos, voltasse para a Itália conosco e trabalhasse para a máfia. O difícil foi convencer Alfonso de que ela estaria segura lá com a mãe e com segurança particular.

Estou imensamente feliz, me sentindo linda em meu vestido de noiva feito sob medida, casada com o homem mais lindo do mundo e com todas as pessoas que são importantes para mim por perto. Marta e Maite entraram na igreja como minhas damas de honra, e as lágrimas começaram a rolar a partir desse momento. Em seguida, meus dois filhos entraram, levando as alianças. Christopher prometeu lealdade, fidelidade e, acima de tudo, amor.

— Mamãe, Dante puxou o meu braço. ― Nina me contou brava.

— Mentira, mamãe. Eu só a afastei dos meninos que estavam no parquinho. Papai disse para proteger minha irmã, e tio Giovanni disse que os meninos são malvados e só eu posso brincar com ela. ― Eu já disse que ainda não me acostumei com esse "mamãe"? Me derreto toda vez que eles me chamam assim.

— Tio Giovanni é um machista idiota. Vou lá falar umas verdades para ele. ― Madá pegou as crianças antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

— É, ele é "mapista". O que é "mapista", tia Madá? ― Ouvi Nina perguntar, já distante, e sorri como uma mãe coruja.

— Me concede a honra dessa dança, futura cunhada? ― Romeo estendeu a mão para mim. Eu já tinha dançado com todos, exceto com ele, pois eu estava descansando para dançar com o meu noivo.

— Claro que sim, meu futuro cunhado. ― Aceitei sua mão rindo, enquanto ajeitava a enorme saia do meu vestido estilo princesa.

Tinha outra opção para a festa, mas Christopher pediu para que eu não trocasse, pois ele queria tirar o vestido de mim pessoalmente.

Seguimos de mãos dadas para a pista de dança, com Christopher me observando de longe, em uma roda de homens. Ele nunca tirava os olhos de mim, e eu amava isso.

— Seu marido arrancaria minhas mãos se pudesse, sabia? ― Romeo falou enquanto me rodeava a cintura e estendia uma mão para segurar.

Começamos a girar pela pista de dança.

— Sabia, e posso te confessar uma coisa? ― Perguntei olhando para Christopher do outro lado da pista.

— O que a senhora Uckermann quiser. ― Respondeu ele com um lindo sorriso que raramente eu via em seus lábios.

— Eu adoro isso nele, sabe? Ele está disposto a fazer qualquer coisa por mim. ― Ele me olhou curioso.

— Sua irmã pensaria da mesma forma?

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