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Christopher Uckermann

Resolvi todos os pormenores da ação desta manhã. Enviei o russo para o Nikolai bem machucado, com um bilhete no bolso. Espero que entenda o recado. Também enviei um dos meus melhores soldados, bem treinado e executor, para tentar se infiltrar no território do Nikolai.

Para minha alegria e não tanta surpresa, pois sei da competência dos meus irmãos, Giovanni já o tinha enviado para a Rússia há algum tempo com a intenção de tê-lo como informante. A parte relacionada à polícia foi resolvida por Alfonso. Como sempre, eles fizeram vista grossa e anunciaram uma guerra de gangues de bairro, passando pano para a máfia. Eles ganham muito bem para se manterem calados quando necessário.

Na boate, o médico da família que atendeu Dulce Maria veio me examinar a pedido de Alfonso e Giovanni, que não me deram sossego até eu aceitar. Ele reafixou a sutura que Alfonso havia feito anteriormente de forma correta e pediu repouso para não abrir os pontos. Claro que concordei, mas não faria isso.

Ele me passou um relatório sobre a situação da minha pequena. Segundo ele, ela está bem, mas ainda sente dores no corpo. Ele prescreveu um remédio mais forte. Com repouso, ela vai se recuperar completamente. Nunca mais permitirei que nenhum desgraçado coloque as mãos nela. As únicas marcas que aquela linda mulher terá serão as minhas de amor e prazer.

Segui para a mansão já tarde da noite. Só queria ver as crianças e dormir abraçado com a minha pequena. Passei pela guarita e entrei em casa. O silêncio pairava no ar. Fui à cozinha beber água antes de subir e encontrei Margô fazendo chá. Ela me informou que as visitas de Dulce Maria tinham ido embora, mas prometeram voltar todos os dias. Eu não me importava, aliás, eles faziam muito bem à minha pequena, e eu gostava deles. Segundo Margô, eles também ganharam o coraçãozinho dos meus filhos, e ela adorava a casa cheia. Não via a hora de tudo isso acabar para poder aproveitar de verdade essa boa fase aqui dentro de casa.

Subi, passei pelo quarto dos meus filhos, dei um beijo de boa noite nos dois anjos da minha vida e segui para o meu quarto com o coração batendo mais forte. Seria isso que a paixão fazia com a gente?

Entrei no quarto sem fazer barulho, não queria acordar minha pequena. Levei um susto ao ver que ela não estava na cama. Ouvi barulho no banheiro, e meus olhos ficaram vermelhos de tesão. Dulce Maria saiu pela porta vestindo uma camisola preta de seda com rendas em volta do seu busto pequeno, mas redondo e perfeito. Era curtinha e mostrava suas coxas fartas e definidas. Seus cabelos estavam soltos e, apesar dos hematomas no rosto, ela era a mulher mais linda do universo.

— Você chegou, eu estava preocupada. ― Dulce Maria falou, vindo sem jeito, sem saber se podia me abraçar.

Mais rápido do que nunca, a puxei para um abraço.

— Cheguei morto de saudades. ― Beijei seu pescoço e passei uma mão em suas costas, descendo até sua bunda empinada que me enlouquecia.

— Christopher, seu cabelo está úmido. Aconteceu algo hoje? ― Perguntou ela, visivelmente desconfortável.

Percebi que Dulce Maria estava receosa em relação a mim, quero que ela entenda que pode perguntar e fazer o que quiser.

— Pequena, olhe para mim. ― Segurei seu queixo para que olhasse nos meus olhos. ― Você pode me tocar, me abraçar e me beijar quando quiser. Eu sou seu, e você é minha. Não tenho nada a esconder de você. Posso deixar algumas coisas de fora porque não quero te assustar com o que faço durante o dia e, às vezes, vou ter que fazer à noite. Mas nunca vou esconder nada de você. Pode me perguntar o que quiser sem receio, ok?

— Ok, é que com o Pablo eu tinha que medir as palavras e nunca perguntar nada. Não quero comparar vocês, é só que para mim é tudo muito novo. Me desculpa. ― Falou, mostrando sua insegurança.

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