Os resgatados

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- aquilo eram sereias do lago. Carniceiras, assumem a forma do desejo mais profundo da pessoa e de qualquer coisa familiar que a atraia. São seres tão malignos que sabem coisas superficiais sobre você, iam te arrastar para a água e te devorar. Debaixo desse rio há uma passagem que liga direito a cidade de Nitron, nunca de sabe o que de fato elas fariam com você.

- como o senhor sabia?

Escutamos passos vindos atrás de nós, era Urick correndo, indo direto para a água. Aki rapidamente foi em sua direção, a sereia estava com as presas para fora pronta pata devorar Urick, mas Aki, ágil com sua espada, cortou o rosto da sereia fazendo a mesma gritar de dor.
Isso fez com que os outros despertasse, a sereia voltou para a água junto com as outras desaparecendo no lago.

Urick está confuso e reluta com Aki para que deixe ele ir para... para me salvar?
Ao me ver, ele segura meu rosto olhando em meus olhos, ele me analisa por inteira para ter certeza de que eu estava bem.

- você... você está bem -disse ele quase cedendo ao desespero

- sim, eu estou. Eu estou bem aqui

- eu te ouvi pedindo ajuda e... achei que fosse te perder também

Ele me abraça apertado, sinto seu coração bater rápido e forte, ele me aperta e aconchega seu rosto em meu ombro.
Medaki está a beira do lago com sua espada em mãos, Aksel e Akira estão assustados mas nao apavorados, meus olhos arregalados olham todo o perímetro por cima do ombro de Urick, que logo me solta e agradece ao Aki por tê-lo salvo.

- Catherine passou pela mesma coisa -disse Aki- estas criaturas não deveriam estar tão próximas

- estamos nas redondezas de Nitron. Tudo aqui é perigoso -disse Meraki

- vamos voltar para a cabana. Acredito que seja mais seguro.

Assim fizemos. Voltamos à cabana de Meraki, os meninos me deixaram dormir na cama enquanto eles dormiam no chão, toda essa emoção me deixou extremamente exausta e novamente peguei no sono.

Desperto de um pesadelo que tive com aquelas sereias. Não.me devoraram e também não me arrastaram para a água, mas seis rostos medonhos permanecem em minha mente.
Vejo Urick me encarando, ele disfarça ao perceber que meus olhos o encontraram.

- fiquei preocupado com você a noite inteira. Como está se sentindo?

Os olhos dele estão fixos em mim, ele não desviou de vergonha dessa vez, pelo contrário, mantivemos contato visual.

- sim. Por que esteve me observando?

- você é surda? Acabei de dizer que estive preocupado com você

- e o velho Urick voltou -me levanto da cama esticando meu corpo- eu dormi demais?

- o suficiente, está tarde mas não muito, ainda não é hora do almoço.

Meraki apareceu na porta, com um sorriso ele me cumprimenta e diz que uma pessoa quer nos conhecer.
Não como absolutamente nada, nem me dou o trabalho de calçar minhas botas, gosto de sentir a grama nos pés, a terra entre meus dedos, me dá una sensação de paz.

Eu e os outros acompanhamos Meraki pata fora da vila, adentrando cada vez mais na mata. Entre galhos secos que grudam em nossas roupas e folhas que batem emnnossos rostos, achamos uma clareira. Ela está rodeada de flores brancas e faz um caminho não longo até uma pequena cabana.
Uma menina de cabelos cor de rosa está saltitando entre as flores jogando sementes no chão, está cantarolando uma música, tão distraída que nem notou nossa presença.

O lugar é perfumado pelas flores, o sol refletindo nelas cria um raio de luz forte, mas belo.

- oh! Não percebi que estava estava aqui -disse a menina a Meraki. Seus olhos notam nossa presença, ela nos analisa rapidamente e volta sua atenção a Meraki- quem são esses?

- são meus companheiros de batalha. Catherine, Urick, Akira, Aksel e Aki. Aqueles que o Soldado disse que viriam para cumprir a missão.

O saco de sementes caiu de sua mão, rapidamente a menina veio em nossa direção nos olhando com seus olhos grandes e cor de rosa bebê e um largo sorriso.

- olá, guerreiros. Eu sou a Roseta, responsável pelas flores. Eu sou da vila das flores do lado Oeste

- lado Oeste? Está meio longe de casa -disse Aksel

- sim, era para mim estar no campo da minha vila, mas fui parar em Nitron. Eu fui resgatada por Samuel e Meraki, agora planto flores brancas.

- por que especificamente brancas?

- é para os magos vermelhos -Roseta pega uma flor próxima a ela, delicadamente ela as toca, pétala por pétala- eles não veem branco

- não? -pergunto curiosa- por que?

- branco é pureza. Sempre que implementam magia em nossas mentes, apenas ver uma flor branca pode purificar nossas mentes e nos trazer a memória quem somos -respondeu Urick

- mas funciona com qualquer coisa branca? -perguntou Akira

- não. Não existe branco em Nitron -respondeu Aki- as roupas dos aprendizes são cor de vinho ou pretas, as salas são de qualquer cor, menos branco. Branco é puro demais, é como se fosse a luz do sol extremamente radiante nos olhos daqueles que só refletem escuridão

- vou mostrar uma coisa -Roseta pegou um punhado de flores em sua mão- Vento, por favor, leve até os cativos. Aqueles que precisam ser livres, aqueles sedentos pela verdade

Roseta jogou as flores para o alto e imediatamente o vento soprou e levou para longe, para onde o pedido de Roseta pediu.

- agora só precisamos esperar. Logo logo eles estarão na nossa vila. Eu vivo aqui na cabana as vezes. Quando quero, vou a vila de Samuel, mas gosto de ficar aqui... me sinto em casa

Uma semana depois

Estava dormindo esta manhã, o sol ainda estava escondido, quando escutei sons se passos e várias vozes.
Meraki havia saído com Aki e os meninos para resgatar as pessoas que foram tiradas de Nitron.
Toda a aldeia despertou, saio da cabana vendo vários jovens como eu um pouco perdidos e confusos, alguns descalços, outros machucados, tentando entender tudo ao seu redor.

Vejo Urick vindo ao meu encontro junto com os outros, todos me deram um abraço coletivo e quiserem falar de uma vez como foi tirar as pessoas da cidade. Com a ajuda do homem ruivo eles tiraram as pessoas de seus quartos, depertados pelo homem ruivo, guiando eles pela parte detrás da cidade para que ninguém os visse. Os meninos puseram corda nos muros onde eles escalaram e lado de fora estavam os homens do vilarejo.

Óbvio que uma aurene foi emitida e eles precisavam correr.
Os flecheiros ganharam tempo pata distrair os magos enquanto os outros fugiam pela mata. Os outros distríam os magos para fazê-los pensar que seus fugitivos estivessem na mira, mas eles sumiam no meio da mata. Não porquê eram extremamente rápidos, mas porque o Soldado os fizeram ficar invisíveis.

Meraki veio em minha direção e pediu para mim ir acordar Roseta para dar a ela a notícia.

Alegre pego a trilha que leva até o campo de Roseta, estava correndo tudo bem, mas algo cobre a minha boca e me puxa para fora da trilha. Tento lutar contra, os bravos me encolem com força, meus gritos de ajuda são abafados por suas mãos, então um cheiro forte adentra minhas narinas e acabo desmaiando.

...

Desperto em um quarto com paredes de tijolo pintadas de preto. A cama é confortável, mas há pouca iluminação.

Onde eu estou?

Minhas roupas... são vinho escuro... não. Será que...

O Homem que fala através do vento Onde histórias criam vida. Descubra agora