Prazer, Sou Anne.

52 - Caridade?

Anne Pov

Acordei sendo espancada pelo travesseiro, abri um dos meus olhos e vi que era Charlie.

- O QUE É? EU NÃO VOU! - Eu gritei pela milésima vez e ela bufou.

- AH!! MAIS VOCÊ VAI SIM! - Ela gritou.

- Me OBRIGUE. - Eu disse tirando as cobertas da cara me deixando com o cabelo todo bagunçado. 

- EU NÃO DIGO ONDE FICA O ESTOQUE DE COOKIES. - Ela diz jogando o travesseiro no chão.

- EU NÃO ESTOU NEM A... Espera? Cookies? - Eu disse com ar de duvidosa e ela assentiu.

- Olha... ir para um orfanato até que não é mal... - Eu disse indo pro banheiro mas não antes de levar uma travesseirada nas costas. 

Mason Pov

- Dinheiro? - Eu perguntei e Adam assentiu. - Óculos? - Ele assentiu outra vez olhando pro nada. - Sacolas? - Eu falei e ele continuou assentindo. - Sua cabeça? - Eu perguntei com ironia e ele ia assentir mas revirou os olhos.

- Eu acho que... - Ele ia falando mas o interrompi.

- Você cometeu uma burrada e não sabe como consertar, mas como você é um orgulhoso idiota não vai falar com ela, eu entendo Adam. - Eu falei sério e ele cobriu sua cara com as mãos.

- Eu amo ela! Mas se ela não tivesse sempre um crise de ciúmes toda hora que eu falo com uma garota... Assim não dá. Minha irmã quase quebrou sua coluna! - Ele dispara.

- Ela já sofreu demais, e sempre teve medo de se ferir. Pense bem Adam. - Eu disse batendo em seu ombro. - Já posso virar psicólogo. - Eu disse me gabando e ele me deu um empurrão de leve.

- Vamos logo. - Ele disse levantando e alguém entrou dentro do quarto.

- ADAM! - Anne gritou.

- Boa sorte. - Eu murmurei em seu ouvido e ele deu uma risada nervosa.

- Olha eu vou ser direta porque eu tô com fome. FALE COM A HANNA POIS ELA NÃO PARA DE CHORAR, PORQUE VOCÊ FEZ ISSO? SABE QUANTO TEMPO EU TENTO JUNTAR VOCÊS DOIS? FOI MEU SANGUE E SUOR, E MEU SHIPPER NÃO PODE SE DESFAZER ASSIM! E ELA RECUSOU COMIDA! ISSO AÍ COMIDA! QUEM RECUSA COMIDA? - Anne começou a gritar e eu apenas observei rindo pois ela fica tão linda com raiva.

- Er... - Adam não dizia coisa com coisa e Anne ficou mais vermelha. - Eu vou falar com ela. - Ele disse correndo do quarto. 

- Oi. - Ela disse olhando pra mim.

- Ah, agora eu estou aqui? - Eu perguntei e ela me lançou um olhar ameaçador. - Vem cá minha marrentinha. - Eu disse tentando dá um beijo nela mas ela se afasta pegando as sacolas e colocando seus óculos.

- Sabe onde está os cookies? - Ela perguntou no caminho pro ônibus.

- Sei, está na... - Eu ia falar mas Charlie chegou colocando a mão na minha boca e com a outra mão deu um tapa na minha cabeça.

- Não fala se não ela não vai!! - Ela disse com raiva e eu franzi a testa e depois de alguns segundos eu entendi. 

- Lerdo... - Ela murmurou.

- Ei! - Eu gritei e ela riu se afastando.

Entrei no ônibus e sentei no fundo fingindo estar com uma expressão irritada e Mason riu se divertindo. Coloquei os fones de ouvido assim que a zeladora com voz de foca começou a explicar. 

(...)

- CHEGAMOS! - Mason gritou no meu ouvido e rapidamente eu tirei os fones de ouvido.

- Grita de novo e eu dou um chute nos seus países abaixo. - Eu disse irritada pois eu estava com fome e tédio.

Saímos do ônibus e damos de cara com uma senhora que parecia ter 140 anos e ela nos levou ao portão do orfanato. Entrei e vi várias crianças gritando e a senhora gritou e todas elas pararam e formaram uma fila.