Hoje seria meu primeiro dia na faculdade *-* Sei que já deveria ter iniciado a um bom tempo, mas estava tão confusa que optei por fazer cursos em diferentes áreas, até achar algo que realmente me fizesse bem. E, funcionou. Escolhi fazer direito e estou ansiosa pra conhecer onde irei estudar.
É uma faculdade particular, próximo a minha casa. Então, tomei meu café, peguei minhas coisas, dei aquela última ajeitadinha no cabelo e pronto. Tava um luxo! Já que era próximo, não me importei em ir andando, aproveitei para conhecer um pouco mais dali.
Chegando na faculdade, percebi que só haviam famílias nobres e renomadas, o que fez com que me sentisse em casa. Fui até a minha sala e me sentei, havia alguns alunos ali, mas não me importei em me apresentar. Logo após, a sala foi se enchendo e logo, uma professora chegou ali. Se apresentou e pediu que sentássemos em duplas. Ué, mas já? Mas, eu, eu não conheço ninguém e..
xxxxx: Olá, posso te fazer companhia?
Ouvi uma voz incrivelmente sexy e rouca me perguntar e deixei meus devaneios de lado, olhando aquele monumento de homem na minha frente. Era um dos caras mais lindos que já vi, sem dúvidas. Braços fortes, cabelo bem preto que contrastava com sua pele branco-leite, uma barba perfeitamente feita, uma boca grossa e os olhos de um preto intenso, ao qual, nunca vi igual.
Percebi que o olhava por muito tempo e que, não havia nem respondido ou me apresentado! Droga! Precisava mesmo babar na frente dele, Laura Dornelles?
Laura: Ah, olá. Claro, será ótima a sua companhia. Me chamo Laura.
xxxxx: Bonito sotaque, Laura. Sou o Gustavo.
Ele puxou uma cadeira, se sentando do meu lado.
Gustavo: Veio de onde?
Laura: Alemanha
Professora: Certo, Certo! Quero que vocês sintam na pele a carreira que escolheram, ok? Vou passar um caso para cada dupla, e em duas semanas, vocês terão que me apresentar esse caso. Um será o advogado de defesa e o outro, de acusação. Eu serei a juíza e espero ver trabalhos realmente bons. Podem usar uma parte da aula para pensar em como tudo será feito.
Lemos o caso juntos e juro que estava quase pulando no pescoço daquele deus grego. O sinal tocou mais rápido que eu esperava e eu me odiei por pensar que queria que o tempo parasse, só pra eu poder ficar mais tempo ao lado daquele homem lindo de morrer! *-*
Gustavo: Nos vemos mais tarde?
Laura: Hum, sim. Ah, até.
Ele se levantou, me deu um sorriso encantador e saiu dali. Me deixando ali, com cara de idiota.
xxxxx: Oi, vamos lanchar?
Alguém que me chamou pra comer? Cara, aqui nasce uma linda amizade. Comemos juntas, ela é bem engraçada. O nome dela é Joana.
O resto da aula passou devagar, durante toda a aula sentia o olhar do Gustavo sobre mim, mas fingia que não estava vendo. Quando as aulas acabaram, peguei minhas coisas e sai da sala, quando chego ao portão, sinto alguém me segurar pelo braço.
xxxxx: Posso ir na sua casa hoje? Temos que ver esse trabalho.
Laura: Claro, Gustavo. Me empresta seu celular.
Ele me entregou seu iPhone e eu coloquei meu número.
Laura : Me chama no Whats que eu te mando o endereço.
Gustavo: Tudo bem, princesa. Até mais tarde. - ele me abraçou de lado e me deu um rápido beijo na bochecha, saindo em seguida -
Aquele perfume tão bom, o toque dele, aqueles lábios quentes em contato com minha pele me deixavam fora do eixo. Eu não era a mesma quando ele se aproximava. Eu virava um nada. Virava alguém inconsequente demais, irracional demais.
Aff, Laura! Credo, você só o conhece a algumas horas. Como pode sentir tantas coisas por alguém que mau conhece?
Em meio aos meus pensamentos que só resumiam ao lindo colega de sala, cheguei em casa. Almocei e comentei com a Isa sobre o Gustavo. Minha irmã era a minha melhor amiga e eu sabia que poderia contá-la todas as coisas do mundo.
Olhava o WhatsApp a cada segundo, mas ele nada. Nem um oi. Resolvi ir tomar um banho frio, logo após coloquei um vestidinho branco solto, uma rasteirinha e pronto. Me joguei na cama para um cochilo da tarde.
[...]
Ouço meu celular vibrar por diversas vezes e resmungo enquanto o procuro em meio as cobertas, ainda de olhos fechados.
Laura: Hum, alô!
xxxxx: Sabia que seu sotaque fica ainda mais sexy com a voz de sono? - ele riu lindamente e eu sentei em um pulo na cama - Perdão por te acordar.
Laura: Não, não foi nada. - foi o melhor que consegui responder -
Gustavo: Então, me passa seu endereço?
Assim que passei meu endereço, sai correndo para melhorar aquela cara de broa. Fiz um make, passei meu melhor perfume, soltei meu cabelo e pedi a Margareth para caprichar no nosso lanche.
Ouço a campainha tocar e me sinto com doze anos novamente, abro e o vejo ali, segurando alguns cadernos e um lindo buquê de tulipas. Vê-lo assim, de bermuda, chinelo e com aquela camiseta que deixava seus belos braços de fora, fizeram com que um batalhão de borboletas voassem livremente pelo meu estômago. E que o meu coração desse pulos e cambalhotas no peito.
Laura: P-p-pode entrar. - minha voz saiu mais trêmula do que o esperado e eu me odiei por isso -
Ele entrou e eu fechei a porta.
Gustavo: São pra você. - ele me estendeu as flores -
Pareceu um gesto simples, mas pra mim era a coisa mais linda e apaixonante do mundo. Até porque, até então, nunca havia recebido nenhum buquê.
Laura: Obrigada, Gustavo. - sorri largamente - Muita gentileza da sua parte. Vamos começar o trabalho?
Gustavo: Sim, vamos. E onde vamos fazer?
Laura: No jardim.
Gustavo: Jardim?
Laura: Não pensou mesmo que seria no meu quarto, não é?
Gustavo: As esperanças são as últimas que morrem - ele riu e me fez rir junto - Ok, tudo bem, eu aceito o jardim.
Coloquei meu buquê em um vaso com água e fomos caminhando em silêncio até o jardim. Ali era um dos meus lugares preferidos de toda a casa. Só perdia para o meu quarto. Era muito bem cuidado, havia árvores enormes, flores de todos os tamanhos e cores, alguns bancos e decorações.
Escolhi sentar embaixo de uma enorme árvore que havia ali e forrei o chão com uma toalha branca. Nos sentamos, ainda em silêncio. Alguém comeu minha língua. E pior: comeu a dele também.
Fizemos o trabalho em meio a risos, conversas e eu estava amando o conhecer melhor. Era um cara encantador, fizemos um lanche e quase nada do trabalho.
Gustavo: Então, acho que vou ter que voltar outro dia.
Laura: Que azar o meu. - eu ri -
Gustavo: Muito engraçadinha - ele apertou meu nariz - Tenho que ir, loirinha. Mas nos vemos amanhã?
Laura: Claro, nos vemos amanhã.
Nos levantamos e eu o levei na porta. Ele saiu e se despediu com um beijo em minha testa. É possível eu estar tão encantada por ele assim?
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Uma Patricinha No Morro - Segunda Temporada
RandomAlguns anos se passaram desde o nascimento de seu último filho. A vida tranquila e serena em uma pequena cidade na Alemanha, estava completamente agradável. Mas surge uma oportunidade, capaz de mudar toda aquela tranquilidade. Três jovens sedentos...