Lore, me ajuda.

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(Laura narrando)
Exatamente um mês se passou, mas quase nada mudou.
Eu ainda estou namorando com o Michael.
Eu ainda estou pensando em doar os gêmeos.
Eu ainda estou sem nem ter notícias do Juliano.
Meu pai tem bancado as despesas e aluguel dessa casa gigante. E eu, apesar de amar meus amigos, não vejo a hora de receber a notícia que eles vão voltar pra Alemanha.
Nesse momento, estou jogada na cama.
Estar grávida é algo horrível.
Dói tudo.
E eu sempre fui contra a tudo que me fizesse sentir dor.
Michael chegou no quarto, eu estava com tanta dor de cabeça que nem consegui encará-lo por muito tempo.
Michael: Você não tinha ultra hoje?
Laura: Eu tenho, só estou com preguiça de ir.
Michael: Se eu estivesse parecendo um balão, também não ia querer sair por aí.
Laura: MICHAEL, VAI-SE-FUDER.
Estava me cansando de suas indelicadezas.
Elise: Gritaria de novo? - perguntou chegando ali - Mic, por favor. Eu preciso que você não a estresse.
Ele saiu dali bufando
Laura: Obrigada.
Elise: Sem problemas. Tem uma menina querendo te ver.
Laura: Quem é?
Elise: Uma tal de Joyce.
Laura: Pode mandar subir.
É, ela não me deixava nunca. Jamais.
E nessa altura da minha vida, a amizade dela era a única que eu podia mesmo contar.
Joyce: A melhor titia do mundo chegou
Ela se jogou na cama, alisando minha barriga.
Laura: Joy?
Joyce: Que foi?
Laura: Tô com desejo.
Joyce: De que?
Laura: Lanche do podrão.
(...)
Eu estava saindo da clínica. Os meninos estavam bem.
É, os meninos. Acabei de descobrir que são dois menininhos.
A Joyce está mais que feliz e eu estou só imaginando se isso é bom. Quer dizer, será que as pessoas se interessam mais em dois meninos do que em um casal?
Em meio a mil pensamentos, sinto alguém segurar meu braço com força e me imobilizar.
Tento gritar, mas sinto uma enorme mão em minha boca. Vejo a Joyce vindo pra cima, pra tentar me ajudar. Mas alguns caras a seguram também.
Eu estava com tanto medo que só conseguia chorar.
Minha amiga gritava tanto que eu sentia meu coração apertar, ela implorava para que eles não machucassem os bebês.
E em questão de segundos, eu fui jogada dentro de um carro. Eu socava as janelas e pedia socorro a Joyce.
Um cara muito forte veio até mim com um pano e tapou a minha boca e nariz.
Aos poucos, senti que todos os meus sentidos foram se perdendo e eu apaguei.
(...)
Abri os olhos lentamente e vi os homens do carro ali. Eu estava com as mãos pra trás, amarrada com cordas em uma cadeira.
xxxxx: Olha quem acordou.
Laura: Me deixem ir, por favor.
xxxxx: Ih loirinha, isso ai não vai rolar.
Laura: O que querem comigo?
xxxxx: Com você, nada.
Laura: E então?
xxxxx: Com seu irmão.
Laura: Meu irmão? O que ele tem com isso?
(...)
Eu estava a horas ali, sem comer e sem beber. As cordas já cortavam o meu braço e minha coluna doía.
Eu já não tinha mais lágrimas, me sentia fraca. Estava sozinha por muito tempo, mas eu não tinha condições nem de tentar fugir.
Eu estava entrando em desespero, quando sinto um leve movimento em meu ventre. Eram os meus bebês. Eles estavam se movimentando.
Foi uma sensação tão boa, que por instantes eu esqueci de tudo o que estava acontecendo.
Ainda sorria olhando a minha barriga, querendo poder tocá-la. Quando a porta se abre com tudo, me fazendo pular na cadeira.
xxxxx: Pronto, agora acabou a palhaçada. Suspirei aliviada. Agora sim eu iria pra casa.
Ele pegou um tablet e entrou no skype.
xxxxx: Olha aqui, Lorenzo. Eu estou com sua irmãzinha. Tu tem DUAS horas pra me passar o morro, ou ela e essas bostas de crianças vão morrer.
Lore: Eu sou sub. Eu não posso te passar algo que não é meu.
Ele deu o tablet para outro bandido segurar e veio andando até mim.
Lore: Cara, o que tu vai fazer?
Ele pegou uma arma na cintura e escondou na minha barriga.
Laura: LORE, ME AJUDA!
Eu comecei a chorar e ele destravou a arma.
Lore: PARA, PLAYBOY. EU VOU DAR UM JEITO.
Playboy: Eu sabia que você mudaria de idéia. Duas horas.
Ele foi até o tablet e o desligou.
Eu ainda chorava, estava com tanto medo.
Playboy: Laura, Laura, Laura - ele veio até mim novamente - Tá com medo de que eu mate seus vermezinhos? - ele olhou pra minha barriga -
Laura: O ÚNICO VERME É VOCÊ!
Ele me deu um tapa na cara com tanta força que fez meu rosto virar.
Playboy: Mais respeito comigo, caralho. Ou vou deixar todo mundo aqui meter em você. Começando por mim.
Laura: Vai-tomar-no-cu
Levei um soco no nariz, e senti o mesmo sangrar. Eu queria parar de bater de frente com eles, mas não dava. Era automático.
Playboy: Não vem como se importasse com isso, porque você mesmo queria entregar pra adoção.
Porra, como ele sabia disso?

Clima tenso '-'
Comentem aí o que acharam.
Próximo cap: 70 estrelas.
Eu odeio metas, mas como ainda estou escrevendo, preciso de um tempinho rs
Não me odeiem por isso

 Uma Patricinha No Morro - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora