Vamos patricinha

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(Malu narrando)
Eu estava em casa, guardando algumas roupas no closet, minha Isa me ajudava.
Sinto uma tontura horrível, e meu coração aperta no peito.
Isa: Mãe, o que foi?
Malu: Eu não sei, filha. Senti uma coisa ruim, espero que nada tenha acontecido com seus irmãos.
Isa: Calma, mãe. Eles estão bem.
Aquilo não me convenceu. Acabamos de guardar as roupas, o Danilo chegou e fomos ver séries na tv.
Eu tentava me distrair com algo, mas não dava. Algo em mim dizia que algo de muito ruim estava acontecendo. A campainha toca e eu sinto um frio percorrer a minha espinha. Margareth vai atender e quando a porta se abre, Joyce entra como um furacão. Ela chorava muito.
Malu: Joyce, o que aconteceu com a Laura? - corri até ela -
Joyce: Quatro homens a pegaram, tia. Eu não pude evitar. Ela chorou mais. Isa: Como assim pegaram a Laura? Isso foi o que? Assalto? Sequestro? Joyce: Eu.. eu não sei. No mesmo instante, Mary chega correndo ali. Mary: Eu vim logo que fiquei sabendo. A Laura foi sequestrada, só vão soltar quando o Lore entregar o morro.
O morro? Lembranças do passado me invadiram.
Isa: O que o Lorenzo tem com o morro?
Mary: Ele foi eleito subdono daquela bagaça.
Malu: O QUE?
Mary: Sinto muito que precise receber essa notícia assim, senhora Sanchez. Ouço um barulho no alto da escada, e ainda paralisada, me viro pra olhar quem é.
Era o Diego, com um fuzil nas costas e outro em mãos. Fora o cinto de munições e o colete a prova de balas. Ele jogou um colete pra mim e em seguida, o fuzil. Peguei os objetos no ar.
Diego: Vamos, amor. Tá na hora da favela ter novamente a patricinha e o PH.
Mary: CARALHO, ME ENTERRA. ME MATA, ME MATA QUE EU QUERO MORREEEER. COMO ASSIM EU CONHECIA VOCÊS? COMO ASSIM VOCÊS SÃO VOCÊS? AI, QUE FODA. VOU INFARTAR, COISA RÁPIDA.
Isa: Patricinha? PH? O que tá rolando, gente? Do que a Mary tá falando?
Mary: Bela, seus pais são os mitos da favela. O melhor casal que já existiu, eles eram os donos da favela. Sua mãe é minha diva, ela comandou o morro grá.... PORRA! PARA! PARA! PARA! TU TAVA GRÁVIDA DA LAURA?
Malu: Sim, estava. - sorri de lado -
Isa: Mãe, como você me esconde algo assim?
Malu: Foi pro seu próprio bem, querida.
PH: Agora parou de enrolação, porque minha filha e os meus netos ou netas estão em perigo.
Joyce: São netos, vovô. Dois príncipes lindos, parabéns.
Diego socou a parede e chorou.
PH: Eu não sei do que sou capaz, se aqueles bandidos fizerem algo com minha família.
Malu: Nada vai acontecer. Agora vamos.
Isa: Eu vou junto.
Malu: Que? Não mesmo!
Isa: Ah mãe, por que?
Malu: Será que é pelo fato de estarmos indo para uma guerra entre facções?
PH: Filha, tu não sabe nem atirar. Você fica.
Isa: Aff, que saco!
Malu: Mary, fique com ela.
Mary: Pode deixar, patroa.
PH: Vamos patricinha.
Saímos correndo até a garagem e pegamos uma moto.
Aceleramos e fomos a caminho do morro. Era bom sentir toda aquela adrenalina novamente.
Parecia que a patricinha de dezoito anos atrás, havia renascido novamente dentro de mim.
Cheguei no nosso morro e uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto. Porra, eu estava aqui novamente.
Olhei pro PH que ria alto, com os olhos cheio de lágrimas.
Era uma cena bonita de se ver, mas não podíamos esquecer o real motivo de estar ali. Laura e os babys precisavam de nós.
Fomos até a boca e entramos no quartinho com tudo, como o esperado, estava tendo reunião.
Guaraná: Malu? PH?
Lore: Pai? Mãe?
Eles se olharam na mesma hora.
PH: É, pessoal. O reforço chegou!
Guaraná: Puta que pariu, seus putos. Por que não me avisaram que estava na cidade?
Ele veio nos abraçar
Malu: Íamos fazer isso.
(...)
Montamos um plano e estávamos a caminho do morro rival.
Em um carro eu, PH e Lore conversávamos.
Lore: Eu sonhei tanto em conhecer os mitos, e cara, cês são os meus pais. Se vocês falassem que eram o Superhomem e a Mulher Maravilha, eu ficaria mais de boa.
PH: Você fica na tua, Lorenzo. Tu tem muita sorte em estar vivo. Minha vontade era de descarregar um fuzil na sua cara, moleque.
Malu: PH, calma. Não vai adiantar nada você ficar assim.
Em instantes, estávamos perto do morro.
Abandonamos os carros pelo caminho e ficamos apenas com algumas motos.
Lorenzo entrou em contato com o Playboy pelo skype.
Playboy: Fala ai, cara.
Lore: Eu vou te passar o morro.
Playboy: Sabia que não ia deixar sua irmãzinha prenha sob o meu comando.
Lorenzo: Te encontro em Ipanema? Assim nenhum dos dois fica em perigo.
Playboy: Eu não preciso me preocupar em ficar em perigo, Lorenzo. Eu me garanto. Mas, tudo bem. Ipanema.
Lorenzo: Estou indo pra lá, leve a minha irmã.
Playboy: Eu levarei - ele riu e desligou -
Malu: Se aprendi algo com esses caras, sei que ele vai deixar a Laura aqui.
PH: Ótimo. Pelo menos ela não fica em meio a troca de tiros.

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 Uma Patricinha No Morro - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora