A namorada do meu tio

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(Lorenzo narrando)
Sabe aquele cara que cê conheceu há algumas semanas? Esqueça dele! Ele não existe mais.
Motivo? Eu resolvi dar um rumo na minha vida, queria um emprego, mas ninguém quer conceder isso a um estudante, sem experiência profissional. Com os pais da Carol no meu pé, eu acabei aceitando os conselhos do Edu e entrei no tráfico.
Nem adianta vim de lição de moral, jaé?
Eu sou um dos soldados do chefe, o Guaraná. Ele é pai do Juliano e da Mari.
Tenho evitado ficar o mais longe possível das drogas, o que tem sido um pouco difícil. Mas de boa, eu aguento.
O pior mesmo são essas mulheres super gostosas querendo uma noite comigo. Tento me segurar pela Carol, mas tu sabe, a carne é fraca.
Aprendi a atirar a pouco tempo e já tenho minha própria arma. Falei para a minha mãe que estou trabalhando em uma lanchonete. E ela está tão desesperada com o novo bebê, que nem sequer percebeu o quanto ridículo isso é.
Quer dizer, o que eu faria em uma lanchonete? Não sei nem fazer um macarrão instantâneo.
Aqui no morro tem um casal lenda, a história dos dois é fodástica.. Queria conhecê-los um dia. Foi mais um daqueles romances clichês, da dama e do vagabundo. Ou, da patricinha e o PH.
Dá pra imaginar uma patricinha no morro? Deve ter sido surreal. Queria ter acompanhado essa novela.
Infelizmente, os dois foram mortos em uma guerra de facções.
Sinto meu celular vibrar no bolso, e o pego. Era a Carol. Como sempre.
Lore: Fala
Carol: Oi amor, como está?
Lore: Estou no trampo. O que tu quer?
Carol: Passa aqui pra me ver?
Lore: De boa.
Avisei a uns caras lá e fui pra casa da Carol. Cheguei lá e logo fui entrando.
Carol: Oi
Lore: Fala ae
Carol: Precisamos conversar.
Revirei os olhos. Agora eu lembro o porquê de não assumir ninguém: mulheres sabem fuder com a vida de um cara. Me joguei no sofá e encarei o teto.
Lore: Não tô com tempo, ô Carol.
Ela riu, nervosamente.
Carol: Ah, claro. Que grande novidade! Depois que começou a trabalhar, você se tornou um, um...
Lore: UM O QUE? TEUS PAIS NÃO FAZIAM TANTA QUESTÃO DE EU ARRUMAR UMA PORRA DE UM EMPREGO?
Carol: Lorenzo Dornelles, fale baixo comigo!
Lore: Ah garota, vai se fuder.
Levantei da droga do sofá e peguei as chaves da moto. Sai em passos largos até a porta, mas ela me seguiu.
Carol: Eu não acredito que você tá me tratando desse jeito. O que você tem?
Lore: O que eu tenho? Eu cansei dessa merda!
Carol: Você quer terminar, é isso?
Vi pequenas gotículas de lágrimas apontar em seus pequenos olhos e aí eu lembrei que ainda havia um coração dentro de mim.
Vê-la tão frágil, me abalou e eu suspirei alto antes de abraçá-la forte e apoiar meu queixo no topo de sua cabeça. As altas que me perdoem, mas não há nada igual a ter uma pequena e doce menina recostada em seu peito.
Seu cheiro chegou levemente as minhas narinas e eu toquei naqueles lindos cabelos negros. Como eu pude perder a cabeça assim com ela?
Lore: Eu sinto muito, princesa. Eu só estou sob pressão.
Ouvi ela soluçar e a abracei mais forte. Depois de um tempo assim, ela se acalmou. Se afastou levemente de mim e olhou nos meus olhos.
Carol: Lore, por favor, largue esse emprego.
Lore: O que?
Carol: Você não é o mesmo e.. eu sinto falta do que você era.
Selei nossos lábios e a beijei até me faltar o ar.
Lore: Eu não vou te tratar assim, nunca mais.
Carol: Promete?
Lore: Prometo.
Fiquei um pouco com ela, fazendo um carinho naquele lindo rosto angelical. Logo ela adormeceu e eu sai de lá.
Chegando em casa, percebi um movimento lá. Que estranho.
Fui entrando e dou de cara com a pessoa que eu menos esperava.
Lore: Daniela?
Todos me olharam. Papai, mamãe, Isa e Danilo. Tio Pedro. Ué, tio Pedro? O que ele faz aqui?
Malu: Conhece a Daniela, Lorenzo? - seu olhar parece adentrar a minha alma -
Lore: Não! Hãn, quer dizer. Sim. É. Só de vista. Já ouvi falar.
Dani: Espero que só saiba coisas boas de mim. - ela discretamente mordeu o lábio -
Lore: Ãh, o que faz aqui?
Diego: Seu tio a trouxe. Veio para que pudessemos conhecer sua nova namorada. - o tédio era evidente em seu tom de vez-
Encarei todos, aquilo só podia ser brincadeira.
Olhei em volta e fiquei esperando aquele momento em que aparecem as câmeras e todo mundo ri da minha cara, falando que era apenas uma pegadinha.
Não aconteceu.
Todo mundo permanecia encarando minha cara de idiota. Então, eu resolvi fazer algo.
Lore: Ô tio, parabéns.
Fui até ele e o abracei.
Que coisa estranha, eu já comi a namorada do meu tio.

Aiai Lore, toma jeito!
E essa Dani? Só eu que estou achando que ela vai aprontar algo?
E Isa e Dan em casa? Na casa dos Dornelles? Huuuuum, sei não heim.
No próximo capítulo vamos saber o que aconteceu nessas semanas que se passaram.
E, ainda temos que ver o que vai rolar entre Laulau e Michael. E Laulau e Ju. Que triângulo amoroso! Se decide Laura! E mande o outro deus grego pra gente, né meninas? Haha
Capítulo sem revisão, me perdoem os erros.
Ah, e me perdoem.
Eu falei que ia postar o capítulo ontem e só estou postando agora.
É que ontem foi meu aniversário (ainda tô aceitando os lindos textinhos de parabéns) e recebi visitas, sai com a família... Sabem como é, né?
Obrigada por todos os votos!
Não se esqueçam de divulgar a história para as amigas ÝãûÑÂMìâÙ«.DzÄ0C0Yv?¤ä²ª³/Ãm®8âÚéÕxÐyV

 Uma Patricinha No Morro - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora