(Lorenzo narrando)
Acordei mega tarde naquele dia, sei lá. Tá virando rotina e como toda rotina, tá enchendo meu saco.
Me ajeitei na cama e agradeci mentalmente por aquela mulher da noite anterior não estar mais lá. Esse é o bom de mulheres com o dobro da minha idade, elas não se iludem tanto como as novinhas, que veem o que não passou de uma noite como o começo de um relacionamento perfeito.
Me levantei calmamente, estava na casa do Eduardo, já que agora o Juliano tá mega estranho. Olhei em cima da mesa, e havia um bilhete.
"Adorei nossa noite, novinho. Me liga quando quiser repetir. xxxx-xxxx
Daniela"
Salvei o número da gatinha no celular e fui tomar um banho. Me arrumei e fui para casa.
Hoje era sábado, mas eu não tava com muita vontade de sair por aí e beber até cair -o que é no mínimo, estranho - Mas sei lá, será que eu tô aproveitando minha vida do jeito certo?
Fiquei em casa, de bobeira, sem nada pra fazer. Isabela estava na casa da Mary, Laura estava morando com a vovó e mamãe sumiu. Margareth estava de folga, papai estava mais uma vez trabalhando.
Tentei ligar para o Juliano, ele estava no trampo. Agora ele pega tudo o que aparece pra fazer, o cara não era assim. Edu não me atendeu.. Que droga!
Pensei em ligar para alguma garota me fazer companhia, sem dúvidas, qualquer uma toparia me tirar do tédio, da forma que eu quisesse. Mas eu apenas não estava com vontade.
Peguei minha carteira e sai de casa, comecei a caminhar sem rumo, eu só precisava de um pouco de ar fresco. Só isso.
Comecei a andar pelo calçadão, sentir a brisa tocar a minha pele, me acalmava de um jeito ao qual eu não conseguia compreender. Havia algumas pessoas praticando esportes, outras passeando com os cachorros e um número grande de casais, brincando, sorrindo, se amando.
Afastei aqueles pensamentos e fui a um café próximo. Me sentei bem afastado das demais pessoas, eu precisava colocar alguns pensamentos em ordem.
Do nada, olho para frente e vejo ela.
Me levanto em um salto, coloco as mãos no bolso e ando em passos curtos até ela.
Lore: Olá? - susurro próximo a sua orelha e vejo ela se desviar de mim -
xxxx: Que susto, garoto! Tá maluco?
Dei de ombros e me sentei de frente para ela.
xxxx: Não lembro de ter te convidado para se sentar comigo.
Lore: Ah, Ana Caroline. Não sou uma companhia tão ruim assim.
Carol: Ué, gravou o meu nome?
Lore: Não deveria gravar?
Carol: Homens como você, não gravam os nomes das mulheres. É algo bem sem importância, não é? Afinal, que diferença faz? - ela riu de uma forma irônica - É só um detalhe.
Uau! Parece que levei um tapa na cara, parece que ela me conhecia, sem ao menos ter tido uma conversa de mais de cinco minutos comigo.
Sem argumentos o suficiente para elaborar uma boa resposta, fiquei em silêncio. Logo o garçom veio até a nossa mesa e anotou os nossos pedidos.
Carol: Mas me diga, o que o garanhão faz aqui? - ela sorriu de lado - Não deveria estar em uma boa farra com boas mulheres totalmente vazias?
Eu sorri de lado com sua forma totalmente cheia de si de falar. Era engraçado ver uma mulher assim.
Lore: Por que eu perderia tempo com isso se posso tomar um belo café com você?
Mais uma vez ela sorriu de lado. Isso era extremamente encantador
Carol: Me poupe de suas cantadas baratas, meu bem. Elas não funcionam comigo. - ela deu uma piscadinha pra mim -
O garçom chegou, trazendo nossos capuccinos.
Lore: Vem sempre aqui?
Carol: Sim. E não, você não precisa frequentar mais esse lugar por isso.
Lore: Ei, isso não foi uma cantada. - me defendi -
Carol: Eu tenho certeza que não.
Lore: Mora aonde?
Carol: Moro aqui perto.
Aquilo despertou algo em mim.
Carol: Hey amigo, abaixa a bola. Eu só disse que moro por aqui. Mas eu nunca, em hipótese alguma, te chamaria para ir me fazer uma visita.
Lore: Ah é? E porque? Tem medo de não resistir aos meus encantos?
Carol: Seus encantos? Um belo par de olhos azuis, não me ganham com facilidade. - ela tomou um gole de cappucino, olhando em meus olhos -
Lore: Pelo menos admitiu que meus olhos azuis são lindos.
Carol: São belos - ela corrigiu rapidamente - Não tão belos assim. Consigo uns iguais na ótica ali da esquina.
Eu tive que rir. Como é abusada. Abusadamente linda, meiga e inteligente.
Tomamos o nosso café entre conversas e risos. A companhia dela trazia paz, alegria. Era como se todo aquele vazio que eu estava sentindo há minutos atrás, fosse dissipado pelo seu sorriso de lado.
Acabamos de tomar nosso café e eu senti meu coração entristecer. Eu queria mais de sua língua afiada, do seu jeito provocante, que não abaixa a cabeça para ninguém.
Lore: Posso pelo menos ter o número do seu telefone?
Carol: Só porque dessa vez, não está bêbado!
Ela riu e anotou seu número em uma guardanapo.
Lore: Nos vemos em breve, Carol.
Carol: Ana Caroline pra você!
Ela soltou dois beijinhos no ar, saindo daquele café, levando os olhares masculinos junto com ela.
Inclusive o meu.Uuôôôu Ana!
Que isso, mulher? Não é todo dia que se encontra um Lorenzo na vida!
Alguém avisa pra ela que a crise tá feia?
Será que ela se faz de difícil ou é o jeito próprio dela?
Apesar dos foras, aposto que esse cap deixou muita gente com diabetes!
Gaamaa não, Lore!
Alguém curtindo a maratona?
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Uma Patricinha No Morro - Segunda Temporada
DiversosAlguns anos se passaram desde o nascimento de seu último filho. A vida tranquila e serena em uma pequena cidade na Alemanha, estava completamente agradável. Mas surge uma oportunidade, capaz de mudar toda aquela tranquilidade. Três jovens sedentos...