Como assim ju?

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( Laura narrando)

Laura: Juuu, amor, por favor!

Ju: O que foi? - ele sai do banheiro enrolado na toalha, com uma parte do rosto cheio de espuma de barbear; sua expressão é de pura preocupação -

Laura: Xixi- respondo com um sorrisinho -

Ju: Aah, amor. Não acredito! Tem o que? 2 minutos que você foi?

Laura: Eu não deixo culpa se tem duas crianças dançando taca taca em cima da minha bexiga! - meus olhos marejaram, é incrível o quão emotiva eu estou -

Ju: Calma, amor. - ele me abraçou - Vem, eu te ajudo a levantar.

Cheguei em um nível tão crítico que não consigo nem levantar da cama sozinha, de tão imensa que estou.

Ju: E a propósito, meus filhos não são do tipo que dançam taca taca.

Dei um sorrisinho de lado e fui para o banheiro. Estou começando a pensar na idéia de usar fralda geriátrica.

Depois de fazer o xixi, voltei pra cama e continuei olhando o teto.

Laura: Ju?

Ju: Oi amor. Xixi de novo?

Laura: Não! - revirei os olhos - Vai demorar muito?

Ju: Não, porque?

Laura: Sabe aquela lasanha maravilhosa que você faz?

Ju: O que tem?

Laura: Os gêmeos querem!

Ju: Os gêmeos?

Laura: É, amor. Os gêmeos.

Ouço sua risada.

Ju: Eu posso até fazer para os meus bebês, mas a mamãe vai ter que ajudar o papai.

Laura: A mamãe acha que o papai pode fazer isso sozinho, já que ela tá quase parindo.

Ju: O papai promete não cobrar muito dela.

Pensei um pouco

Laura: A mamãe só vai ajudar porque ela está com muita fome e assim sai mais rápido.

Ju: Ah, então quer dizer que a mamãe está com fome?

Laura: A mamãe está com fome porque os bebês estão.

Ju: Ah sim, muito óbvio. - ele riu, fomos para a cozinha, ele me ajudando, por que meus Deus se eu cair saio rolando morro abaixo. Assim que chegamos sento na mesa e começo a cortar o queijo para por na lasanha. Ele coloca a carne para cozinhar, vem por trás de mim me abraça colocando as mãos em cima da minha barriga. E parece que meus anjinhos sentem a presença do pai por que logo se mexem, Sim Pai, Juliano é o pai deles. Por que pai não é aquele responsável pelos espermatozoides, Sim aquele que dá amor e carinho. Então sim Juliano é o pai deles, ficamos abraçados até que escuto um barulho.

Tiro...

Um seguido do outro, está havendo uma troca de tiros no morro. Isso só pode significar uma coisa, Estão envadindo o morro. Ju me olha e eu sei o que ele está pensando, ele está pensando em ir para a rua lutar lado a lado de seu povo de sua família. Mas eu não posso perde-lo ele significa demais para mim.

laura- Por favor não vá. - Digo já chorando, malditos hormônios, olho para ele com medo estampado em meus olhos. Porém vejo que sua decisão já está feita.

Ju- Me desculpe minha princesa, eu não posso deixa-los.Eu prometo que irei voltar. - Ele me da um beijo na testa vai até a estante e pega uma arma no fundo dela. E sai pela porta, me deixando sozinha com o desepero.

(Ju narrando )

Assim que saio pela porta um arrependimento me bate, me dói o coração saber que deixei ela sozinha lá em casa, porém devo isso a minha comunidade, logo vejo Lorenzo, vejo um homem com uma arma apontada para ele, dou um tiro nele, ele cai no chão morto, não antes de apertar o gatilho, o tiro pega no Lorenzo e o mesmo caí no chão. Vou até ele e vejo que foi apenas de raspão. Rasgo minha caminha e amarro em seu braço, tenho certeza absoluta que ele não vai parar por apenas esse tiro, ele vai lutar até perder todas as suas forças.

Ele se levanta e seguimos juntos morro abaixo, levando cada inimigo para o chão.Matamos todos que podemos, não pense que gosto de matar, não ao contrário não tem coisa que odeio mais, porém não posso deixar que eles tomem o morro, por que se isso acontecer eu tenho certeza que minha princesa irá sofrer, por ser quem ela é filha,irmã e esposa de uns dos mais odiados pelos rivais. E eu não posso deixar que nada aconteça com ela nem com meus filhos. Eu os amo demais para deixar que sofram, então é por essa razão que esqueço o ódio que tenho de matar e mato todos os rivais a minha frente. Chega a um ponto que não tem mais em quem atirar. Meu pai e outros vapores caminham até nós, olho morro acima e a única coisa que vejo são os corpos espalhados pelos chão todos ensanguentados.

Xxx- Juliano ! - Grita um dos vapores decendo. - Aaa.... A Laura ela ta sangrando.

Não escuto mais nada saio correndo entre os corpos até nossa casa, ela não pode ter levado um tiro, eu não suportaria ele nem os bebês, eu não posso perde-los eles são meus tudos minha vida.

Chego já batendo a porta, Laura está sentada no sofá com as pernas molhadas vejo sangue também escorrendo.

Laura-A BOLSAA... AGH - Ela grita de agonia- Estourou, me leva pro hospital......aghhh.- Ela estava respirando com dificuldade, pego ela no colo e a coloco dentro do carro. Saio com o carro rapidamente.

Laura- AIIIII ANDA LOGO PORRAA! - Ela grita cada vez mais alto, eu já estou com medo das palavras que saem de sua boca, nunca a vi xingar tanto em minha vida.

Chego em frente ao hospital, pego ela no colo e entro.

Ju- Diego, Diego...- Por sorte Diego e Malu estavam na recepção conversando, assim que diego me vê vem correndo em minha direção.

Diego - O que aconteceu ?- Pergunta preocupado trazendo consigo uma maca.

Ju- Tentaram invadir o morro, eu saí para ajudar meu pai e Lorenzo, quando acabou um vapor veio me dizendo que ela estava sangrando.

Diego - Você foi e deixou ela em casa sozinha? Ela não pode se estressar e com sua saída ela ficou mais preocupada que o normal.-Ele apalpou a barriga dela a fazendo soltar um grito.- A bolsa se rompeu antes da hora, temos que fazer a cesariana agora ou os bebês podem morrer.- Ele diz isso e saí com ela entrando na sala de cirurgia. Não isso não pode acontecer, eles não podem morrer.

Então derepente fico sem chão...

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⏰ Última atualização: Nov 20, 2016 ⏰

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 Uma Patricinha No Morro - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora