O que o Lorenzo fez com você?

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(Guaraná narrando)

Estava em frente a um casarão alugado, onde soube pelo Juliano que Laura morava ali temporariamente pra fazer mídia pra um povo da Alemanha.
Tomo um puta susto com Malu vindo até mim, ela estava com um sorriso do Coringa no rosto.
Malu: Oi Guaraná
Guaraná: Eai patricinha.
Malu: Fazendo o que por aqui?
Guaraná: Eu... eu vim.. vim pra... Pegar umas roupas do Juliano.
Malu: Não tem roupas do Juliano aqui. - ela cruzou os braços -
Guaraná: Ah, não? Então acho que ele se enganou. Já vou indo.
Subi na moto, mas a Malu puxou a chave da mesma e ficou rodando em seus dedos.
Malu: Não antes de me contar tudo.
Guaraná: Tem algumas coisas que nunca mudam, não é? - sorri de lado - Continua a mesma chata e fofoqueira de sempre.
Ela revirou os olhos e bufou.
Malu: Isso não tem nada a ver com fofoca, seu idiota!
Guaraná: Tá, sei! Pode me devolver a chave?
Malu: Já disse que não vai a lugar nenhum.
Ficamos em silêncio por um tempo.
Malu: Vai conversar com a Laura sobre o que aconteceu ou vai investigar mais alguém?
Guaraná: Não estou investigando ninguém.
Malu: Eu vi você chamando a sonsa da namorada do Lore pra conversar. Descobriu algo?
Guaraná: Não.
Malu: Droga, pensei que fosse ela. Se bem que, ela é bem novinha pra algo tão grande.
Guaraná: Mais alguém em mente?
Ela pensou um pouco.
Malu: Daniela! Como pude não lembrar dela?
Guaraná: Daniela? Aquela Daniela?
Malu: Sim, aquela vadia. - ela revirou os olhos - Ela está namorando o Pedro.
Guaraná: Ficarei de olho.
Malu: Ficaremos.
Guaraná: Não lembro de ter te convidado a participar disso.
Malu: Eu sou patroa, filho. Não preciso de convite. - ela piscou - Agora, desça daí. Temos alguém para conversar lá dentro.
Eu poderia até discutir, mas estamos falando da Maria Luiza. Ela não desiste do que quer, ela acabaria vencendo pelo cansaço, então tô adiantando as coisas.
Revirei os olhos, derrotado e levantei da moto. Ela sorriu vitoriosa, mas não disse nada.
Caminhamos em silêncio até a porta e eu toquei a campainha. Lilian abriu a porta, como se estivesse em sua própria casa. Por um momento me perguntei quando ela voltaria para casa. Será que ela não tem pais?
Lili: Olá sogrão! Olá Senhora Sanchez!
Guaraná: Olá, Lilian Vitória. Podemos entrar?
Lili: Claro, entrem. - ela nos deu passagem e entramos -
Malu: Está sozinha?
Lili: Sim! Laura foi ao hospital ver o meu namorado e os outros estão na praia.
Guaraná: Não se incomoda dos dois juntos?
Lili: Eles são amigos - ela deu de ombros - Sentem-se.
Nos sentamos
Guaraná: Gostaria de saber algumas coisas
Lili: Pode perguntar.
Guaraná: Como conheceu o Juliano?
Lili: Depois de uma briga, eu fui perguntar como ele estava. Foi na briga ontem eles acabaram com o casamento.
Guaraná: Casamento?
Malu me deu um apertão. E Lilian, estreitou os olhos, me olhando desconfiado.
Guaraná: Desculpa, Malu. Eu sei que é sua filha, mas eles só estavam morando juntos. No máximo uma união estável.
Malu: Acho que isso não precisa ser discutido agora.
Guaraná: Tem razão. Lilian, você pretende continuar aqui no Brasil?
Lili: Sim, pelo Juliano, eu quero ficar.
Guaraná: Última pergunta: quem te contou que o Juliano havia sido baleado? 
Lili: A namorada do Lorenzo.
Guaraná: Tudo bem. Precisamos ir.
Nos levantamos, nos despedimos e fomos para casa da Caroline.
Guaraná: O que achou da conversa com Lilian?
Malu: Eu a conheço desde a Alemanha, não creio que ela tenha feito algo assim.
Guaraná: De qualquer forma, ficaremos de olho.
Malu: Com certeza.
Tocamos a campainha da casa da Caroline, e um senhor atendeu.
Sr: O que deseja?
Guaraná: Gostaríamos de conversar com a Caroline, ela está?
Sr: Quem são vocês?
Malu: Somos amigos, gostaríamos de saber como ela está. Bater um papo e tal. Ele suspirou cansado, ele tinha olheiras tão profundas que chegavam a assustar.
Sr: Ela só vive naquele quarto. Não come, não dorme.
Guaraná: O que aconteceu?
Sr: Um estado bem sério de depressão.
Malu levou a mão até a boca, não conseguindo esconder sua surpresa.
Malu: E-u, nós, podemos conversar com ela? Podemos tentar animá-la!
Sr: Serei eternamente grato se conseguirem.
Ele nos deu passagem e entramos. Fomos até o quarto, ele bateu na porta, mas não houve resposta.
Sr: Carol, temos visita.
Novamente, sem resposta. O senhor tentou abrir a porta, mas a mesma estava fechada.
Sr: Vamos, filha. Tem amigos aqui, querendo te ver.
Carol: EU NÃO QUERO VER NINGUÉM!
Malu: Carol, por favor. É a Malu, abre a porta pra gente conversar.
Malu mal acabou de falar, e a porta foi aberta. E Carol a abraçou forte.
Carol: Foi ele, não é? Ele te pediu pra vim aqui, ele percebeu o que fez. É isso, não é?
Dei uma olhada em Caroline, seus cabelos estavam bagunçados, ela usava um moletom surrado e tinha olheiras tão profundas quanto as do pai.
As lágrimas escorriam pelo seu rosto, como se já conhecessem aquele percurso.
Sr: Eu.. vou deixar vocês a sós.
Malu, calmamente a abraçou de lado e entrou no quarto com ela. Se sentou em sua cama e deixou que a menina repousasse a cabeça em suas pernas.
Malu: Ah, Carol. O que o Lorenzo fez com você?

Oiiiiiiii, lindezas <3
Voltei *-*
Nem demorei dessa vez, viu?
Era pra eu ter postado ontem, mas cês sabem que eu sou meio enrolada e tal V V¾Ì5 -0>e
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 Uma Patricinha No Morro - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora