Confissões

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- Vai aonde?- Perguntei.

- Vou com vocês. - A quanto tempo ela estava parada na porta? - Vou me juntar ao bando.

- Ah, vai?- Eu franzi a testa.

- Vou. - Ela suspirou, aproximando-se. - Eu gostaria de ir.

Sua mudança de atitude me assustou. Olhei no fundo de seus olhos e o que eu encontrei ali foi ainda mais surpreendente, humildade.

- Você não está pensando direito. - Me surpreendi com meu próprio tom de voz. Parecia tão compreensiva. - Vai abandonar sua família?

- Não, claro que não! Eles sempre serão minha família, mas não precisam ser o meu bando! - Explicou.

- Certo, mas me seguir? Isso não faz menor sentido! - Observei.

- Nina... - Outro longo suspiro. - Você salvou minha vida.

- Só porque você tentou salvar a minha... - Comecei, mas ela me interrompeu.

- Não. Não tentei. - Eu arregalei os olhos. - Eu estava tentando me tornar uma alfa. Nada mais.

- Não acredito nisso. Na floresta você me guiou o tempo todo! - Observei.

- Eu não teria chance de escapar sem você como distração. - Ela deu de ombros. - Alem disso, achei que fosse apenas um ômega qualquer. Mas quando eu vi aqueles olhos... Eu não sei. Acho que a super lua mexeu comigo. Achei que poderia derrota-lo.

- Mas você estava preocupada comigo! Você me mandou fugir! - Lembrei.

- Estava evitando que você matasse ele no meu lugar. E no entanto, se você não o tivesse feito, eu estaria morta. - Suspirou. - Eu estou muito arrependida do que eu fiz. Mas eu te devo isso de qualquer forma.

- Fala sério! Eu nunca seria capaz de matar um alfa! - Pensei no medo que eu senti atrás daquela árvore.

- Adivinha só, Roockgroove! - Ela revirou os olhos. - Você matou um! - Ela parou para pensar um momento. - E só para me salvar...

Isso era verdade. Eu nunca teria feito aquilo se não precisasse realmente. Mesmo que eu quisesse me tornar uma alfa, não teria coragem de tirar uma vida quando eu podia simplesmente fugir. Era a minha política de não violência.

- Eu vi quando você saltou sobre ele. Foi pouco antes de eu desmaiar. Estava certa de que ia morrer. De que você estava bem longe dali e eu seria desfeita em pedacinhos e devorada. - Seus olhos se encheram de água.- Você foi corajosa e boa, logo comigo que sempre tentei te fazer mal. Você agiu como um verdadeiro alfa deve agir. E é por isso que eu quero ir com você.

- Bom, eu não vou tentar te impedir. - Suspirei.

- Como seus pais reagiram a essa história de alfa? - Johnny perguntou.

- Eles mal falaram nisso...

- Devem estar tentando evitar que o poder suba à sua cabeça! - Brenda usou seu tom mais insuportável. Seria difícil lidar com ela.

- Poder? - Perguntei.

- Você deve ter sentido algo diferente... - Sugeriu. Não sentia nada desse a transformação naquela noite. Neguei com a cabeça. - Você só pode estar brincando! Você já mudou de forma alguma vez depois disso? Assim, só pra testar?

- Claro que não! - Não costumava me tranfigurar atoa.

- Então, temos que dar um jeito nisso, Rockgroove! - Ela sorriu torto e eu senti um frio na barriga desconfortável.

Nada de bom podia vir de Brenda Price.

"True Alpha" - Just a Fairy Tale.Onde histórias criam vida. Descubra agora