Conversa de Loucas

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- Do que vocês tem medo? - Ela perguntou depois de alguns minutos de conversa.

- De nos tornarmos fracas Não indesejadas como você! - Lila respondeu.

- Brenda, por favor! Você merece mais que isso, você é tão maravilhosa. - Beth acrescentou.

- Me poupe! - Foi a reposta da minha amiga. Não tão amiga assim. - Vocês me parecem ser fantásticas. Porque, convenhamos, essa beleza toda não pode seu humana, não é mesmo? Quem não pagaria qualquer preço pra ser bela como vocês...

- A maioria das pessoas! - Lila respondeu. - Você iria se surpreender.
- Eles são acomodados! Preguiçosos! - Disse Amanda. - Veja seus amigos lá fora, tão confusos e perdidos...

- Diferentes de você! - Comentou Beth. - Você é tão forte. Você devia lidera-los.

- Por que você acha que a maioria das pessoas não faria? Acha que não são corajosos o bastante? - Ela parecia ter Lila como foco.

- Não são frios o bastante. Não conseguem ver a verdadeira face de ser como somos.

- Poderosas? - Sugeriu Brenda.

- Invencíveis! - Rebateu Lila.

- Uma vida é realmente um preço baixo a se pagar para ser como vocês! - Brenda falava gentilmente. - Alias, não parece se que o suficiente...

- Vidas de pessoas como as que te cercam não pagam nem um dia das nossas vidas! - Amanda falou. - Elas são tão ridiculamente desnecessárias.

- Você pode ver isso, não é mesmo? Como somos superiores? - Beth disse.

- Somos? - Perguntou Brenda. - Vocês certamente são! Mas eu sou fraca, não sei se seria capaz de ser como vocês.

- Você poderia! - Foi Lila quem respondeu. - Garotos como os aqueles não são importantes. Não são vidas úteis. O que fazemos com eles os torna úteis. Deviam se gratos.

- Certamente! - Brenda parecia estar deixando Lila feliz e isso me embrulhava o estômago. - Contribuir com algo tão incrível é uma honra.

- Bem melhor do que seguir esses idiotas que estão te usando agora, não acha? - Perguntou Amanda.

- Com certeza! Ainda mais se considerando que matar idiotas é um favor para o mundo! - Mas o que foi que ela disse?

Apurei a audição.

- Ah, Brenda! Você não tem ideia de como é fácil! - Lila parecia estar querendo vende algum eletrodomésticos supérfluo. - Eles praticamente imploram pra morrer.

- Todos eles? - Brenda perguntou. - Vocês fazem todos eles suplicarem pela morte.

- Não se quer os tocamos para que cheguem a esse ponto! - Beth parecia falar entre um sorriso.

- Como fazem isso? - A voz de Brenda soava como fascinação.

- Apenas os convidamos para nadar! - Beth riu. - Quando eles entram na água se afogam.

- Nossa, vocês são como sereias! - A garota falou.

As outras três riram como se Brenda fosse a maior idiota do mundo. Como se tivesse acabado de anunciar que o céu é azul e que escadas podem ser usadas para subir e descer.

- Nós somos sereias! - Lila disse por fim.

- Não... - Agora parecia que Brenda havia ouvido a fofoca do ano. - Achei que eram vampiros, quer dizer, não havia sangue nos corpo dos rapazes! Nem na água!

- Vampiros não existem! - Amanda disse. - Não até onde eu sei!

- Por que então...

- Não é óbvio? - Lila parecia cansada da conversa. - É o sangue deles que nos deixa mais fortes. Nós cortamos sua garganta, deixamos a água se encher com o sangue imundo deles e absorvemos tudo, como tubarões.

- Isso é fantástico! - Brenda disse. - Por isso não sobrou sangue na piscina!

- Exatamente! - Lila disse num tom de "ah, vá?" - Achei que já soubesse de tudo quando entrou aqui!

- Não importa o que eu sei, você vai me hipnotizar para que eu não diga nada! - Brenda suspirou.

- Pelo menos disso você sabe! - Lila riu malignamente.

- É, fique a vontade! Posso não provar que vocês são monstros marinhos, mas já temos provas de que vocês estiveram lá na última cena do crime.

- Uma cena de três crimes.- A garota falou inconformada.

- Temos uma testemunha do primeiro crime também! - Brenda disse.

- Robert? Ele não vai falar nada! - Lila ria como se Brenda fosse uma criança burra.

- Não mesmo! Mas ele tem um blog! Chama idotas depressivos. Um nome bem idiota e depressivo se quer saber minha opiniao. - E daí? Me perguntei.

- E daí? - A ruiva perguntou desconfortável.

- Lila! Por favor! Se quer usar as pessoas, subjulga-las, tem que conhece-las! - Bufou. - Não acha que um nerd como Robert seria mesmo capaz de ficar em silêncio a respeito do fato de que ia sair com gatas como vocês, acha? Ele publicou no Blog!

- Eu disse pra ele não contar a ninguém! - Lila rebateu. - Ele não poderia.

- Publicar algo num blog com uma visualização - minha e que só ocorreu depois do assassinato - não é exatamente o que eu chamaria de contar a alguém! - Agora Lila era a criança burra. - Além disso o blog era o lugar onde ele dizia o que não queria que ninguém soubesse. E ele estava tão certo de que aquela noite acabaria em desastre que decidiu melhor manter em segredos. Da próxima vez diga para a pessoa não deixar nenhum registro da situação, ok?

Brenda riu e ouvi seus passos em direção a porta.

- Acho que não adianta pedir para você não contar nada! - Lila murmurou. - Vocês não são o que pensávamos, não é mesmo? Vocês são lobisomens!

- Como sabe? - Brenda se interrompeu a centímetros da porta.

- Cuidado com o que fala! - Lila riu insanamente.

"True Alpha" - Just a Fairy Tale.Onde histórias criam vida. Descubra agora