Bando de loucos.

4.9K 420 35
                                    

Em poucas horas encontramos dois casos que se encaixavam no perfil. Uma família assassinada e um grupo de amigos integrantes de um pequeno clube de futebol. Ambos tinham um mesmbro desaparecido. Dois homens. O pai e um dos jogadores.

- Como vamos saber se eles eram lobsomens? - Danny e Dylan perguntaram.

- Tio Winston! - Brenda e Johnny imitaram os gêmeos, falando ao mesmo tempo.

- Ele era motoqueiro quando novo, conhece todos os lobisomens que você puder imaginar. - Explicou Johnny.

- Vamos em casa fazer as malas. Se levarmos as fotos que siram no jornal, podemos pergunta-lo se ele reconhece alguém. - Completou Brenda.

- Fazer as malas? - Noah me olhou confuso.

- Eles vão conosco! - Eu sorri amarelo.

- Vão? - Perguntou. Acrescetando. - Quer dizer, o Johnny tudo bem, mas ela?

- Ela salvou minha vida. - Expliquei.

- É, eu salvei a vida dela. - Brenda cruzou os braços.

- Você já falou sobre isso com a mamãe? - Perguntou.

- Não. - Suspirei. - Eu sou alfa agora e eles são meu bando. Não vou abandona-los menos de um dia apos eles se oferecerem para me seguir.

- Mas nós podemos ter problemas com os Price por causa disso. - Observou.

- Podemos? - Perguntei olhando para Brenda.

- Não terão. - Ela prometeu.

- Confio nela. - Disse para Noah.

- Desde quando? - Ele franziu a testa.

- Desde que ela decidiu abandonar a família para me seguir! - Respondi. - Eu saberia se ela estivesse mentindo.

- Bom, eu confio em você. - Ele sorriu.

- Obrigada. - Sussurei.

- Lindo o momento de vocês. - Disse Dylan.
- Parecem gêmeos! - Acrescentou Danny.

- Certo. Vocês podem imprimir as reportagens? - Brenda pediu.

- Claro. - Eles disseram juntos.

Logo Brenda pegou as folhas e gritou um "tchau" já no corredor. Johnny me jogou um beijinho antes de sair e disse até logo para todos.

- Se vocês nos dao licença. - Disse Danny.
- Temos que terminar de arrumar nossas coisas. - Completou Dylan.

- Tudo bem! Eu também tenho muito que arrumar. - Disse me levantando.

- Somos quatro, então. - Concluiu Noah.

Deixamos os gêmeos e fomos para nossos quartos. Eu embalei meus livros e CDs. Era basicamente isso. Minhas roupas já estavam na mala e os móveis vazios ponto para serem desmontados. Só o que havia restado era a roupa de cama que usaria naquela noite.

- Posso entrar? - Perguntou Noah, batendo na porta.

- Claro. - Disse, jogando-me de costas no colchão.

- Você tá legal? - Perguntou se sentando ao meu lado. Fiz que sim. - Me desculpa por ter basicamente te ignorado a semana inteira. Não posso te culpar por tudo que está acontecendo.

- Pode sim. - Retruquei. - Por minha causa você nunca mais vai transar com a Sarah Jones! - Ele sorriu triste. - Como ficaram as coisas entre vocês?

- Não ficaram. - Ele suspirou. - Mas não por sua causa. Ela se interessou por outro cara.

- Não acredito... Que vagabunda. - Eu me sentei num salto. Ele me olhava com ar de reprovação. - Quer dizer, desculpa. Bem, não se preocupe, as Californianas vão cair aos seus pés!

- Tomara. - Ele riu, mas logo em seguida sua expressão se tornou séria. - Vá falar com a mamãe sobre seu bando.

- Não quero fazer isso! - Resmunguei.

- Vá! Você pode ser alfa agora, mas eu ainda sou seu irmão mais velho. - Ele me fez cócegas. - Vou falar com o tio Josh e pedir que ele arrume mais dois lugares no avião.

Nossa, o avião! Fiquei tão empolgada que esqueci que precisava colocar Brenda e Johnny no avião. Noah riu, lendo minha expressão.

- Eles só podem ser loucos pra seguir você! - Zombou. - Aliás, sei que mamãe vai ficar com ciúmes, mas eu estou contigo. No bando dos loucos.

- Vocês não raciocinam direito! - Observei.

- Você é pior ainda. - Ele se levantou e saiu.

Olhei para a porta aberte e pensei em como não queria falar com a mamãe. Só tinha uma alternativa e eu costumava chama-la de Pai.

"True Alpha" - Just a Fairy Tale.Onde histórias criam vida. Descubra agora