Irmãos

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Eu nunca tinha certeza de quem era o Danny e quem era o Dylan. Eles era absolutamente idênticos e gostavam de fazer aquelas brincadeiras de gêmeos: falar juntos, usar roupas parecidas e etc. Agora eu, Brenda e Johnny estavamos diante deles e seus notebooks. Em geral metade do quarto estaria ocupado por seus computadores enormes com meia duzia de monitores, mas eles haviam embalado tudo para a mudança.

- Não. - Disse um deles.
- Não mesmo! - Disse o outro.
- Não vamos fazer isso! - Diceram juntos.

- Por favor! - Insisti. - Não custa nada. Não é uma rede Federal é só um e-mail.

- Claro que custa! - Diceram com sorrisos tortos. Eu supirei.

- Acho que saquei qual é a de vocês. - Brenda disse. - Quanto custa?

- Não e quanto! - Disse um.
- É o que! - Completou o outro.

- Certo, o que querem? - Perguntei.

- Queremos entrar para o bando! - Disseram juntos.

Essas crianças deviam estar loucas. Como assim? Sair de um bando sólido como o nosso e se arriscar no meu bando lixo. O que eles tinham na cabeça?

- Por que? - Suspirei confusa.

- Ficar num bando de velhos é chato! - Disse um.
- Estamos vendo que vocês vão aprontar alguma coisa.- Disse o outro
- Queremos participar! - Aquilo era tão irritante.

- Tudo bem. - Dei de ombros. - Consigam isso para mim e vocês estão dentro.

- Certo! Danny, use o programa antigo. - Disse o garoto que agora eu sabia o nome. - O novo é complexo demais para isso.

- Nem ia usar os programas! - Danny riu. - Só os cheats básicos mesmo.

Ficamos 10 minutos observando os garotos correrem os olhos pelos seus monitores sem parar. E então a impressora começou a funcionar. Eu corri para ver os papeis quando eles disseram simultaneamente "pronto".
Ali estava. Uma lista de centenas de assassinatos.

- O que nós estamos procurando? - Perguntou Dylan.

- Um assassinato. Um que envolva uma família ou algo do tipo. - Expliquei, distribuindo as folhas.

- Um bando? - Perguntou Danny. - Está procurando uma bando?

- Exatamente.

Estávamos revirando as listas a quase meia hora quando Noah surgiu na porta.

- O que estão aprontando? Brenda? - Ele arregalou os olhos apontando para a garota.

- Oi, filhote Rockgroove! - Ela forçou um sorriso.

- O que ela está fazendo aqui? - Ele continuava apontando para ela, que encarava seu dedo com o nariz torcido.

- A-Ahn... Ajudando. - Gaguejei.

Eu e Noah mal nos falávamos desde que mamãe anunciara a mudança. Ele me culpava pelo fato de que provavelmente nunca mais veria Sarah Jones. Pensei que passaria a tarde com ela, afinal, nos mudariamos pela manhã. O que me lembrou que ainda precisava embalar algumas coisas.

- O que me leva de volta a primeira pergunta. O que estão aprontando? - Perguntou.

- Estamos procurando por um assassinato. - Suspirei pesadamente. - Em Washington.

- Por que? - Fiquei surpresa por ele estar dando continuidade a um dialogo comigo.

- Haviam dois lobisomens naquela noite. O que nos atacou veio fugindo do outro desde Washington. Provavelmente o outro também era um alfa. Ou ele não teria porque fugir. - Expliquei. - Talvez ainda tenha um bando vingativo correndo para cá, mas dificilmente teriam dois o que me leva a crer que o outro bando está morto e que provavelmente foi assassinado pelo cara que que nos atacou.

- Então deveriam conferir os jornais e a lista de desaparecidos. - Sugeriu. - Se varias pessoas muito próximas morreram, deve ter saído no jornal, se tem um suposto sobrevivente desaparecido, vai estar na lista.

- Façam isso! - Disse para os gêmeos que sorriram travessos e agarraram seus notes.

- Eles te obedecem agora? - Noah perguntou.

- Eles se ofereceram. - Dei de ombros.

- Bom, eu também me ofereço, me deem uma folha dessas. - Ele se sentou ao meu lado com um sorriso no rosto e eu senti como se algo se iluminasse dentro de mim.

"True Alpha" - Just a Fairy Tale.Onde histórias criam vida. Descubra agora