Adeus

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NOTA DA AUTORA :
Só para não ficar confuso. Esse capítulo é narrado pelo Johnny. A mair parte dele é uma fala do rapaz. Tudo que está entre "".
Talvez eu tenha confundido os nomes do pai da Brenda (Kurt) com o do tio Winston. Me desculpem por isso.
É só.
Espero que gostem.

- Estavam todos na mesa. Todos. Eu me sentia um pouco nostálgico, imaginando que não voltaria a ve-los, pelo menos por um bom tempo. Esperei que tia Amara terminasse sua piada sobre sexo ruim e depois de forcarmos umas risadas disse que precisava contar uma coisa.

"- Eu vou deixar o bando! - Anunciei, vendo as bocas se escancararem. - Não se preocupem, não vou ficar sozinho.

- E com quem você vai ficar? - Perguntou Kurt, pai de Brenda e Alfa do bando.

- Com os Rockgroove. - Eu engoli em seco.

- Eu já esperava por isso. - O alfa disse depois de um longo suspiro. - Quando eu encontrei em meio aos restos semi decompostos de seu bando, nem sabia se você um dia se tornaria um lobisomem, mas o trouxe para o bando, cuidei de você como um filho...

Isso não é muito relevante pra quem cria os filhos como soldados.

- Mas eu sempre imaginei que esse dia chegaria! - Suspirou novamente. - Você nunca se adaptou. Não como deveria tendo Brenda como exemplo.

Ele olhava a filha como quem olha um troféu.

- Ah, Johnny! É uma pena que nem todos sejam como minha Brenda! - Disse. - Você pode ir. Apesar de tudo, Tereza é uma grande alfa. Te manterá seguro. Diferente de nós, você precisa de sossego. E Brenda poderá cubrir seus postos no bando e na casa.

Ela sorria com sua arrogância natural. Seu pai se calou e o cômodo se tornou silencioso como um túmulo. Então ela falou.

- Também quero dizer uma coisa. - Kurt sorriu grande. - Estou me juntando a outro bando. Vou deixar vocês. Como bando, não como família, claro.

- Como? - Ele ficou de pé. Brenda sentava do seu lado esquerdo na cabeceira da mesa. - Claro que não! Que loucura você pensa que está dizendo?

- Vou me juntar a Rockgroove! - Ela deu de ombros. - E não estou falando da Teresa. Vou ne juntar ao bando da Nina.

- É o que? - Ele olhava furioso para a garota. - E você acha que eu vou autorizar isso?

- Eu não pedi sua permissão! - Brenda ficou de pé apoiando-se na mesa.

- Você não vai a lugar nenhum com aquela pirralha, está me entendendo? - Berrou.

- E como exatamente você pretende me impedir? - Ela sorriu torto.

- Não fale mais nisso e vá para o seu quarto! - Ele ordenou.

- Eu ainda não terminei de comer! O que eu tinha pra dizer está dito. - Disse, sentando-se.

- Brenda eu te dei uma ordem. - Ele rosnou, os olhos mudando de cor.- Você deve obedecer o seu alfa.

Eu pude ver o quanto ela estava se esforçando para resistir. É muito difícil desobedecer uma ordem de seu alfa, ele tem um certo controle sobre nossas atitudes. Brenda estremeceu com as palavras que disse a seguir.

- É exatamente por isso que eu vou embora! - Falou entre dentes. - Pra ver se pelo menos uma vez na vida você me vê como filha e não como beta.

Ele provocava a transfiguração da garota. Mas ela ajeitou os cabelos e agitou a cabeça recobrando o controle. Ela o havia superado. E o motivo era bem claro, ele havia desistido.

- Como filha, não posso te obrigar a nada. - Brenda sorriu dizendo "exatamente", mas foi ignorada. - E não vou pedir que fique. Não é problema meu.

- Não era isso que eu queria ouvir, mas serve! - Ela deu de ombros. - Me procure se algum dia quiser ser pai de verdade.

- Eu nunca quis! - Disse friamente o alfa.

- Eu sei. - Brenda respondeu com uma expressão de nojo. E voltou a comer.

Depois do jantar conversamos com o tio Winston. Ele disse que a mulher na foto do jornal era alfa, assim como seu marido, e que sua família era seu bando assim como nós deveríamos ser. Ignoramos essa ultima parte. Disse que sentia muito por ela ter morrido e que esperava que seu marido estivesse bem. Ele tinha um dom especial, era capaz de se transfigurar totalmente e se tornar um lobo. Também disse que conhecia o cara que encontraram no rio nashville, era um ômega na época que o conheceu.

Isso é tudo! "

Narrei para Nina já no avião.

- So não entende como isso pode ajudar agora. - Acrescentei.

- Bem, eu não podia deixar a cidade sem ter certeza de que estava segura. - Como ela podia ser assim?

- E agora tem? - Perguntei.

- Não completamente...

- O que você acha que aconteceu? - Perguntei novamente.

- Bom, o lobo na floresta era o marido da Alfa. O ômega o matou. - Não fazia sentido. Um ômega contra um alfa? Ela pareceu ler meus pensamentos. - Mas como um ômega matou um alfa? Simples, ele havia se tornado alfa quando matou a esposa do cara, provavelmente se fingiu de beta, traballhando ou algo do tipo, assim entrou na casa e atacou-a de surpresa. Uma covardia. Mas ele era doente. Matou as crianças, tentou nos matar. Me arrisco a dizer que já havia matado antes de se tornar lobisomem.

- Como você pode ter tanta certeza? - Johnny perguntou.

- Por que um alfa perseguiria um ômega? Ele arrancou o cara do carro! - Ela disse. - Especialmente depois de ter sua família assassinada. Ele só podia estar atrás de vingança. O que você faria?

- Provavelmente buscaria vingança. Mas ele não conseguiu. - Lamentei.

- Provavelmente estava nervoso demais para se dar conta de que o cara havia se tornado alfa. Ou não estava se importando! - Ela suspirou. - Eu não me importaria...

Ela parecia preocupada.

- O que foi? - Perguntei

- O cara, o assassino, ele tinha uma esposa. - Seus olhar era dolorido. - Ela provavelmente está querendo se vingar também. Se vingar de mim.

"True Alpha" - Just a Fairy Tale.Onde histórias criam vida. Descubra agora