"True Alpha" - Just a Fairy Tale.

Menor de Idade

Lila, Amanda e Beth estavam respondendo pelos assassinatos em liberdade. Um absurdo na minha opinião. Tinham todas as provas contra elas. Todas! Mas elas era "apenas crianças"...

Não era exatamente isso que me perturbava, na verdade. O problema é que eu sabia que nenhuma prisão poderia conte-las. Elas podem manipular a mente das pessoas, especialmente homens. Convenceriam qualquer um a solta-las.

Brenda sugeriu que nós as matassemos.

- Nós temos dois alfas! - Ela bateu o pé. - Um bando com dois alfas!

Eu corei, voltando os olhos para Scott timidamente. Quando haviamos nos tornado um único bando? O garoto sorriu para mim e ruguinhas brotaram do canto de seus olhos. Isso era como ele dizia que éramos amigos. Era reconfortante.

- Poderiamos acabar com elas em um piscar de olhos! - Completou minha amiga.

- Não vamos matar ninguém! - Scott disse calmamente. - Não é assim que fazemos as coisas.

- Não mesmo! - Concordei. - Talvez esse seja o método Price, mas você deixou essa vida para trás.

Ela suspirou. Olhou para Dylan e Danny esperando algum apoio. Eles negaram com a cabeça em uma sincronia perfeita.

- Tudo bem! - Brenda cuspiu as palavras.

- O que vamos fazer então? - Kira perguntou.

- Vamos leva-las para o Echein House! - Lydia sempre soava como a voz da razão.

- Como vamos fazer isso? - Malia franziu a testa. - Elas estão sendo protegidas por policiais.

- Isso sim é um problema. Não deviamos te-las deixado nas mãos da polícia! - Os lábios de Noah se contrairam em uma linha fina.

- Realmente! - Lydia direcionou um bico de reprovação para Stiles.

- Pessoas foram assassinadas! - O garoto disse. - Não dava para culpar um animal dessa vez! Alguém precisava ser julgado.

- Quando Jennifer sacrificou aquelas crianças também não deu pra culpar animal nenhum! - Lydia levou a mão a garganta, aflita. - E ninguém foi julgado.

- E meu pai quase perdeu o emprego! - Stiles estava bem estressado. - Não dá pra acontecer outra vez.

- Mas não podemos deixar que elas escapem! - Scott se pronunciou.

- Só um instante! - Interrompi. - O que é a Eichen House?

- É um hospício! - Malia disse com cara de raiva.

- Por que vamos manda-las para um hospício? - Meu irmão perguntou. - Quer dizer, sei que elas são completamente piradas, mas o que as impediria de fugir?

- O prédio tem um andar especial, para onde vão as criaturas sobrenaturais que criam problemas! - Lydia explicou pacientemente.

- Uma prisão magica? - Brenda cruzou os braços sobre o peito.

- Tipo isso! - Scott confirmou.

- Fantástico!
- Sinistro! - Observaram os gêmeos.

- Mas como vamos leva-la até lá? - Perguntou Kira.

Eu olhei ao redor, observando os rostos tristes e sem esperança dos meus colegas. Os gêmeos flaqueavam Brenda. Noah abraçava Lydia por trás, encostados no batente da porta. Malia estava sentada no sofá e, através dela, Stiles se apoiava no mesmo. Scott estava de pé, diante da mesinha de centro, Kira se pendurava em seu braço.

- Onde está Johnny? - As palavras sairam de minha boca involuntariamente.

- Na escola. - Brenda deu de ombros.

- A essa hora? - Insisti.

- Ele me mandou uma mensagem algumas horas atrás, avisando que estaria lá. - Eu franzi a testa.

- Me deixe ver isso! - Eu estiquei a mão, exigindo que ela me entregasse o celular.

Ela bufou e revirou os olhos enquanto tirava o aparelho do bolso e o desbloqueava. Me entregou já com a mensagem aberta.

Freak Johnny: Estou indo para a escola. Não consigo evitar!

Não é necessário um diploma pra entender que aquela mensagem não era normal. Por que? Era só comparar com as mensagens anteriores.

Freak Johnny: Owww, garota! Me help! Tem dvr de geo e eu n anotei! SOS!!!!

Freak Johnny: Adivinha quem vai encontrar o crush hoje? NÃO É VOCÊ! Sou eu! Lindo, divo, absoluto!

Freak Johnny: kd vc, bitch? Já tô na party!

Eu poderia ler e rir daquelas mensagens pelo resto da semana, mas eu sabia que tinha algo errado.

- Precisamos ir para a escola! Agora! - Sentenciei.

Não demorou muito para nos enfiarmos em nossos carros. A escola não ficava longe e eu logo pude ter uma visão do lugar. Parecia vazio, mas eu nem preciso falar sobre o que as aparências costumam fazer, não é mesmo?