Sarah Jones

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- Você quer transar com a Sarah Jones. - Ele se virou para mim em um pulo. Havia passado muito tempo olhando na direção pela qual ela havia saído.

- Você? - Ele ficou vermelho. - Vai a merda, Nina!

- Você quer transar com a Sarah Jones! - Repeti apenas para irrita-lo. - Esse é o seu grande segredo?

Eu caí na gargalhada.

- Oh, meu Deus! O que você acha que a mamãe vai fazer se descobrir? Te castrar? - Zombei. - O que você achou que eu faria quando descobrisse.

- Exatamente o que está fazendo agora! - Bufou. - Por que você é escrota.

- Eu sou escrota? - Suspirei, parando de rir. - Você vai dar um toco na garota sem ao menos ter um motivo decente e eu que sou escrota? Sério, Noah?! O que você acha que eu faria pra te impedir transar com a Sarah Jones?

- Quer parar de repetir isso? Ela pode ouvir! - Grunhiu, olhando ao redor.

- Vamos. Não quero que você perca a chance de transar com a Sarah Jones! - Disse com um sorriso maligno.

- Então desista de ir a festa! - Propôs.

- De jeito nenhum! - Eu franzi o cenho. - Você vai me levar. Eu não vou nem chegar perto de você e da Sarah, juro! E você pode fingir que eu não estou lá.

- Isso não vai dar certo. - Ele revirou os olhos.

- Bem... se você preferir posso contar pra mamãe que você está transando com a Sarah Jo...

- Puta merda, garota! Qual o seu problema com esse nome? - Ele chutou um dos ferros de sustentação da arquibancada provocando um enorme estrondo.

- Qual o seu problema com a mamãe saber que você está com uma garota? - Dei de ombros. - Especialmente uma gata como a Sarah.

- É que a Sarah é diferente e não quero que vocês estraguem tudo. - Ele corou, encarando o chão.

- Muito bem, Romeu! - Eu pus a mão direita sobre o peito solenemente. - Prometo não estragar nada se você me levar a essa festa.

- Ahhhh! - Ele gritou. Respirou fundo e voltou-se para mim. - Eu te odeio.

- Isso! - Comemorei.

Ele revirou os olhos e saímos atras dos passos de Sarah Jones. Me dou muito bem com Noah. Somos irmãos como deveríamos ser.

- Já pensou no que vai usar? - Ele perguntou.

- Claro que não! - Dei de ombros. - Eu pareço com essa patricinhas ridículas que morrem por um vestido.

- Bem, é melhor pensar em algo. Eu não quero chegar na festa com o bicho do mato que você é. - Implicou.

- Idiota! - Eu lhe dei um soquinho no ombro.

Andamos até o estacionamento, enquanto ele ponderava se era tarde demais para tentar uma plástica facial. Ele é um imbecil. É de família.

"True Alpha" - Just a Fairy Tale.Onde histórias criam vida. Descubra agora