Abro meus olhos devagar. Minha vista esta embaçada. Olho o local onde estou é um sala de hospital.
Tento fazer força para levantar, mas não tenho força. Meus ossos doem, parece que levei uma surra de fio.
Olho para o lado, vejo Edward. Ele está dormindo em uma poltrona. Edward é lindo até dormindo, seus olhos estão bem relaxados, sua boca está entreaberta, ele está dormindo de mal jeito e parece bem cansado.
Me ajeito novamente mas a cama faz barulho e ele se acorda espantado.
- Bela. - Ele corre na minha direção - Graças a Deus que você acordou. - Ele acaricia minha mão. - Você lembra o que aconteceu?
Flex de memória passam por minha cabeça. Me lembro dos gatos, dos freios do carro e logo em seguida minhas roupas no chão.
- Do carro... Ele me atropelou. - Digo.
- Isso! Você consegue lembrar a placa ou até mesmo o rosto da pessoa que estava dirigindo?
- Não, eu só sei que o carro era preto. Apenas isso.
- Eu estou atrás e a polícia também e até agora não conseguimos nenhuma pista. Só de pensar que aquele cara fez isso e nem parou pra te ajudar. - Seu rosto começa a ficar vermelho, seus punhos se fecham e cara dele está igual uma fera.
Acaricio a mão dele que está segurando a minha.
- O importante é que você estava lá e me salvou. - Sorrio pra ele.
- Eu ouvi os freios, eu pensei que fosse um assalto e quando cheguei lá era você. Eu disse pra você ir com James, por que você teimou, Bela? - Ele agora parecia mesmo uma fera.
- Eu não queria que alguém se importasse... E-eu gosto de fazer minhas coisas sozinha.
- E você está vendo o que aconteceu, Bela? - Ele encara meu rosto e respira fundo.
- Mas eu estou aqui, será que você não pode pelo menos entender que estou bem?
- Okay, desculpa. - Ele abaixa a cabeça. Edward se levanta e caminha pela sala - Eu só fiquei preocupado, apenas.
A porta da sala é aberta. Entra um homem bonito, ele tem olhos escuros, pele parda e seus cabelos são de um castanho claro.
- Que bom que acordou, Bela. - O homem sorriu para mim com seus lindo sorriso branco.
Olho para Edward e ele encara o homem sério.
- Eu sou seu médico, e vim lhe dá uma boa notícia. - Ele sorrir novamente.
- Que noticia, Evan? - Edward pergunta sério.
- Edward! - O tal de Evan olha para trás - Você ainda está aqui, que ótimo ver você.
- Pode dizer qual é a notícia? - Pergunto para acabar aquele clima chato.
- Você recebeu alta, vou medicar você e depois você pode sair.
Edward sorrir para mim e eu retribuo o sorriso.
- Não podemos ir agora, vamos esperar anoitecer e depois vamos. Cath não pode ver você chegar em casa, ela está muito chateada porque você não vai a casa do campo. - Edward ja está próximo de mim novamente segurando minhas mãos.
- Ela não pode ficar, muitas outras pessoas precisam dessa sala. - Agora Evan tinha um semelhante sério - Seu cache de médico não cobre uma sala tão chique como essa. Você é apenas um cardiologista, Edward.
- Como é que é!? - Edward larga minhas mãos e se aproxima de Evan - Tá dizendo que não tem sala? Nesse hospital tem mais de trezentas salas e você me diz que está precisando dela!? - Edward parecia uma fera raivosa e Evan uma gazela com medo.
- Eu vou chamar o diretor desse prédio. - Evan disca o número de alguém no seu celular. Ele fala pra pessoa da outra linha vim urgente pra sala cento e cinco. - Quando Beto chegar ele verá como está o cardiologista preferido dele. - Evan zomba Edward.
Edward caminha até mim e respira fundo. Eu puxo sua mão para que ele se aproxime.
- Você trabalha aqui? - Pergunto aos sussurros.
- Eu sou o dono desse hospital, uma pena que meus funcionários não sabem disso. - Edward sussurra no meu ouvido.
- Pode tirar isso daqui? Já está me agoniando. - Aponto com a cabeça para a agulha que estava injetando o soro nas minhas veias.
- Claro. - Edward pegou uma bola de algodão. Ele tirou com todo cuidado do mundo e colocou o algodão no furo para que não saísse tanto sangue.
- Está com medo, Edward? - Pergunta Evan.
- Nem um pouco. - Edward se vira para Evan.
Outro homem alto, magro, cabelos loiros e de olhos castanhos entra na sala. Assim que ele ver Edward engole em seco.
- Edward. - Ele parece bem assustado ao ver ele.
- Beto... - A voz de Edward está seria - Quantas vezes eu pedi para você dá a conta desse desgraçado!? E veja! Agora ela está me atrapalhando de novo, me expulsando do meu próprio hospital! - A voz de Edward é como de um felino selvagem.
- Vou tomar providências ag...
- Seu hospital? - Evan solta uma gargalhada alta - Você não é nada!
Edward atinge um soco na cara de Evan. Tiro o sensor que mede meus batimentos do dedo. Arranjo forças sabe deus onde e me levanto da cama. Por pouco não cai, eu me sentia fraca e como.
- Guardas! - Beto chamou. Logo apareceu dois homens de preto.
Os homens começaram a carregar Evan. Ele se livrou deles e empurrou Edward.
- É por isso que todos te glorificam! - Evan passou rapidamente os olhos em mim e depois voltou para Edward - Já sei porque você está furioso. Apenas porque eu vi a sua menininha nua. Você não tem ideia de como fiquei completamente duro por ela. - Evan soltou uma gargalhada.
- Eu vou te matar!
Antes que Edward fosse para cima de Evan eu me enfiei na sua frente. Eu o abracei com força.
- Para! Por favor! - Eu não ia larga-lo tão cedo.
- Levem ele. - Disse Beto. Ouvi passos se afastando - Depois a gente conversa. - Ouvi a porta se fecha, sei que está apenas eu e Edward.
- O que você está fazendo aqui, Bela? - Ele abraça meu corpo de volta e posso sentir o conforto nos seus braços.
- Só queria que você parasse. - Digo.
- Volte para sua cama. - Edward me carrega no colo e me coloca na cama novamente - Vamos sair daqui assim que anoitecer.
- Okay.
- Quer algum suco? - Edward pergunta e eu apenas afirmo com a cabeça - Vou comprar, já volto. - Edward caminha para a porta.
- Edward? Só não arranja encrenca. - Digo.
- Okay. - Ele me encara e vejo seu sorriso de lado que sempre me encanta.
Ele sai da sala me deixando sozinha em pensamentos.
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Minha Fera
RomanceBela é uma menina órfã que se mudou para uma cidade pequena. Ela ouve vários boatos que no fim da rua a uma casa estranha e que mora monstro dentro da casa. Bela não tem medo de nada e decidi procurar emprego naquela casa, ela consegue de primeira u...