- Mataram um cara brutalmente em um banheiro aqui na cidade ao lado. - Diz Cath indignada olhando o jornal.
- Deixe-me ver. - Alfred puxa o jornal das suas mãos - Que horror! Como ainda colocam ele morto no jornal? Coitado desse pobre senhor.
- Está tão horrível assim? Quero ver. - apego o jornal da mão de Alfred.
Meu corpo todo se congela quando vejo foto do tal homem. Ele não mudou nada, as cenas de tortura veem a minha cabeça e o medo me faz arrepiar. Como eu tenho tanto medo dele.
- Está tudo bem, Bela? - Pergunta Cath.
- Sim... Eu... Eu vou pegar uma coisa no meu quarto. - Me levanto da cadeira rapidamente, vou até o escritório de Edward.
Ele está sentando em sua cadeira como se tivesse me esperando.
- Parece que já viu meu trabalho. - Ele diz na maior tranquilidade.
- Você teve coragem de matar um homem? Ele era uma pessoa, você poderia pelo menos puni-lo. - Já sinto a lágrima em meus olhos.
- Eu já disse que ninguém toca no que é meu! - Edward levanta da cadeira e bate com seu punho fechado na mesa.
- Naquela época eu não era sua!
- Não foi só você, Bela. Foram muitas garotas e nunca ninguém fez nada por elas. - Ele se aproxima de mim.
- Eu... Eu... - Não consigo segurar o choro que está preso na minha garganta.
- A justiça foi feita. - Edward coloca a mão em meus braços e eu me afasto.
- Eu entendo e agradeço por tudo que fez por mim, mas eu não imaginaria que você fosse capaz de fazer essas coisas, quem é você realmente, Edward?
- Você agora já sabe , achava que me chamavam de fera porque? - Ele parece está chateado.
- Eu... Não sei exatamente. - Digo.
- Agora já sabe. - Ele vira-se de Costa e caminha em direção à sua mesa novamente.
- Com licença. - As lágrimas já escorrem no meu rosto desesperadamente.
- Aparecerei no seu quarto hoje à noite, precisamos conversar de cabeça fria, Bela. - Ele diz sem olhar para mim.
Apenas saio do escritório sem dizer mais nada. Vou até o meu quarto, tranco a porta e solto o choro preso.
Eu não estou chorando pelo Edward e sim por aquele homem. Eu odeio me lembrar de toda aquela cena, aquela agonia que eu senti quando ele me forçou a tudo. E só de saber que ele forçou outras meninas isso me dói muito, quantas não tem trauma até hoje?
Deito-me na cama e deixo as lágrimas escorrerem.
(***)
Já é quase duas horas da madrugada, eu esperei Edward a noite toda. Eu queria me desculpar com ele, eu sei que ele fez isso porque queria me proteger, mas isso não tinha mais perigo, e matar? Isso é coisa para louco, não se pode sair por ai matando todo mundo que sente raiva.
Desço as escadas, hoje a noite esta fria. Eu já fui varias vezes no quarto de Edward e ele não esta la, assim também como não esta no seu escritório. Posso dizer que estou morrendo de preocupação.
A porta da frente se abre. Edward aparece nela, nossos olhares se encontram e eu já conheço aquela cara. Eu sei que ele bebeu até expulsarem ele de algum lugar.
- Onde você estava? - Vou até o encontro dele.
- Eu odeio brigar com você. - Ele diz em um tom lento, o cheiro de bebida forte veem nas minhas narinas.
- Vamos subir, aqui esta muito frio. - Pego ele pelo braço e o ajudo a subir as escadas.
- Eu odeio brigar com você. - Ele repete novamente.
- Eu sei, eu também odeio. - Levo ele para seu quarto.
Deito Edward na cama ele ainda esta de olhos abertos, esta pensativo olhando para o teto. Tiro seus sapatos e meias, logo em seguida tiro sua calça e camisa.
- Dorme comigo, Bela. Por favor. - Vejo que ele luta contra o sono.
Deito-me ao lado dele. Começo a fazer cafune na sua cabeça.
- Me desculpa por ter brigado com você. - Digo.
- Eu faria tudo de novo por você. - Ele dá um sorriso fraco.
Edward fecha os olhos devagar caindo no sono, beijo seus lábios devagar e deito minha cabeça em seu peito.
- Eu também faria tudo por você. - Fecho meus olhos até pegar no sono.
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Mais um capitulo!!
Espero que gostem, beijos e até segunda. <3
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Minha Fera
RomanceBela é uma menina órfã que se mudou para uma cidade pequena. Ela ouve vários boatos que no fim da rua a uma casa estranha e que mora monstro dentro da casa. Bela não tem medo de nada e decidi procurar emprego naquela casa, ela consegue de primeira u...