Capitulo 3 - Conhecendo o chefe.

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- Bela. - Ouço Cath me sacudir na cama. - O Sr. Lee já chegou.

- Ah! - Pulo da cama.

- Calma! Eu disse para ele que você estava tomando banho. O Sr. Lee odeia atrasos. Então você pode tomar um banho rápido? Ele já está te esperando.

- Tá, eu já estou indo. - Corro para o banheiro.

Tomo um banho rápido. Escovo meus dentes as presas. Visto uma calça preta e uma blusa colada de cor branca. Meu cabelo hoje acordou de bom humor, meus cachos estão bem armados. Dou uma última olhada no espelho e saio do quarto.

Todos estão no corredor e parecem está me esperando.

- O que é isso? - Pergunto aos sussurros.

- Ele está te aguardando. - Cath sussurra.

Respiro fundo. Caminho devagar para mais próximo da porta. Bato na porta e a abro.

- Sente-se, Bela. - A cadeira está virada para o lado da parede, mas eu sei que tem alguém sentado nela.

- Com licença. - Fecho a porta e me sento na cadeira que tem em frente à mesa.

- Me fale sobre você, Bela. - Sua voz é grossa e autoritária.

- O que você deseja saber? - Pergunto.

- Tudo sobre você. - Ele vira a cadeira ficando de frente para mim.

Minha respiração fica ofegante em vê-lo. Seus cabelos são negros, seus olhos tem um azul piscina. Há uma cicatriz enorme no seu rosto que começa do seu couro cabeludo e termina no queixo, no lado direito do seu rosto. Ele parece ser forte e musculoso pelo volume que seus braços transmitem.

- O-o que exatamente? - Me lembrei que Cath disse que ele tinha algo de errado e que não era para mim encarar.

- De onde você veio? Como chegou até aqui? Me diga sua história, Bela. - Ele encostou na cadeira e encarou meus olhos.

- Eu não tenho história. Sai do orfanato quando completei 18 anos. Eu morei na rua por alguns meses até participar de uma competição de comida. - Sorri ao me lembrar daquele dia - Eu ganhei e minha recompensa foi uma boa quantia de dinheiro. Eu fiquei vagando pelas ruas até achar uma casa que estava a venda. Do lado da casa das três Isas.

- Você fez um péssimo negócio. - Ele continuava me encarando.

- As três Isas são legais. - Sorri timidamente.

- Elas inventaram boatos dizendo que na minha casa há monstros. Não acho isso nada legal. - Ele me olhava sério. - Continue.

- Então eu comprei a casa e comecei a trabalhar em um bar no centro da cidade, mas já estava cansada. Então eu vi o anúncio de vocês no jornal e liguei. Marquei de vim aqui com Alfred e no mesmo dia eu me mudei para cá.

- E por algum acaso eles te contaram a história deles? De onde eles vieram? - Pergunta Edward.

- Não.

- Ótimo. Irei contar. - Ele se ajeitou na cadeira - Eles nunca contam porque sempre tem medo das pessoas ter preconceito com eles, mas vejam só. Você também tem uma história bem parecida com a deles. - Ele colocou sua mão sobre a mesa e pude ver várias cicatrizes nas suas mãos - Alfred era dançarino de uma boate. Eu vi o dia em que ele estava apanhando e decidi trazê-lo para minha casa. Catarina e Caique eu achei quando eles eram bebês, eles estavam jogados na floresta em frente à está casa. James era um mendigo quem sem querer tropecei e acabei o trazendo para minha casa também. Dora é uma amiga familiar muito antiga. - Ele para de falar e fica me observando.

- E a sua história ? - Pergunto.

- Tem o mesmo destino da sua. - Ele rapidamente se levanta da cadeira. Percebi o quanto ele é alto. - Uma coisa que esqueci de pergunta, você tem quantos anos?

- Vinte e três. - Me levanto também.

- Ótimo. Agora pode voltar ao trabalho, Bela.

- E você? - Pergunto.

- O que tem eu?

- Quantos anos vocês têm?

- Isso não importa. Apenas volte ao seu trabalho.

- Desculpe. - Abaixo minha cabeça coberta pela vergonha. O que deu em mim?

Saio do escritório. Não há ninguém no corredor. Desço as escadas e caminho em direção à cozinha.

Todos estão sentados na mesa tomando café. Assim que chego todos me encaram e eu cruzo os braços.

- Obrigada pela confiança de vocês. - Digo.

- O que foi? - Pergunta Cath.

- O Sr. Lee me contou a história de vocês. O que há demais? Eu contei a minha para vocês e passamos pelas mesmas coisas.

- Ele o que!? - Gritou Cath.

Alfred jogou todo o café que estava na sua boca para cima. Fazendo todos se melarem de café.

- Não acredito nisso. - Disse Caique.

- Calma! É apenas uma história. - Digo.

- Você agora está chateada? - Pergunta Cath.

Todos param e me olham.

- Não. É normal as pessoas sentirem vergonha das suas histórias. - Sento-me na cadeira e tomo uma golada de café.

- Que alivio. - Alfred passa a mão na cabeça.

- Você que vai limpar isso daqui. - Cath aponta para o chão sujo de café.

- Eu sou apenas o mordomo e você a faxineira. - Diz Alfred.

- Mas eu limpo o que o Sr. Lee suja e não você.

- Sr. Lee não suja quase nada. - Diz Alfred.

- Eu não vou limpar sua sujeira. - Cath cruza os braços.

- Eu não limpo sujeira de ninguém. - Diz Alfred.

- Okay! Eu limpo a sujeira. - Digo.

- Viu o que você fez Alfred? Bela está muito brava com a gente. - Diz Cath.

- Eu não... - Começo e Alfred me interrompe.

- Ela está chateada com você. A faxineira que tem que limpar. - Diz Alfred.

- Já chega! - Grita Dora - Vocês dois vão limpar agora!

Alfred e Cath se levantam da mesa resmungando.

- Obrigada por te acabado com isso. - Sorrio para Dora.

- Eu já não aguento mais. Parecem até crianças. - Dora se levanta da mesa também.

- Como foi lá com Edward? - Pergunta Caique.

- Ele foi gentil. - Sorrir.

- Bela! Você não vem trabalhar não? - Cath grita.

- Já estou indo! - Grito para Cath - Bem, tenho que voltar ao trabalho.

Me despeço de Caique e volto ao meu trabalho tentando controlar a curiosidade que se faz do meu chefe.

Minha FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora