Capítulo 6

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Mike ficou de segredinho o caminho todo. Eu estava realmente ficando muito brava!

- Para onde estamos indo?! - Tentei olhar por cima do banco do táxi.

- Nossa. A curiosidade matou gato sabia? - Provocou

Nesse caso o gato é você

Pensei, e logo fiquei brava comigo mesma por isso, mas não consegui evitar um sorriso.

- O que essa cabecinha está pensando hein? - Ele passou a mão por cima da mesma se referindo ao meu sorriso.

- Em como está a aula de física a essa hora.

- Credo Erika! Parece até a Rita! - Nós dois rimos muito da piadinha sem graça.

O táxi parou e descemos e quando olhei para frente tomei um susto.

- Um parque ecológico! - Gritei batendo palmas de alegria.

- Sabia que iria gostar!

- Não seja convencido. Você me fez matar aula. - Quando eu disse isso percebi que ele não tinha ouvido uma se quer palavra! Por que?

Por causa de uma falsa-loira que passou andando com tanta elegância que suspeitei que estávamos num desfile. Ele trajava roupas de academia e ouvia música de fones. Não consegui evitar o pensamento de que ela era mil vezes mais bonita que eu.

- Eii, Mike! - Passei a mão na frente de seu rosto

- Que foi - Ele falou sem tirar os olhos da loira

- Sabia que aquela loira ali é travesti? - Eu menti, mas, QUAL É?! Esse garoto me prometeu o céu de manhã e paquera outra a tarde.

- Ah é mesmo? - Ele parecia decepcionado.

- Isso. E só para lembrar você tem namorada! - Falei impaciente.

- Eu só estava brincando com você, eu sei que ela é travesti, ou, ele. - Mike tentou disfarçar, mas, NÃO DAVA! Caramba bem na minha frente?

O largo naquele lugar e ando em direção ao parque. Não quero ficar perto dele, isso já tirou o meu bom humor do dia.

Fiquei olhando todos os enfeites de garrafas pets e me divertindo com as molas/bancos. Era muito incrível o que se pode fazer com o "lixo" das pessoas.

Se nós começássemos a gastar menos lixo com certeza haveria menos poluição. Coisas simples como evitar usar sacolas plásticas ou jogar fora coisas que ainda tem uso fariam o planeta agradecer.

Em quanto eu estava entretida com um flamengo de Pneus, borracha e garrafa percebi a aproximação de Mike. Me afastei dele discretamente

Aquilo era um castigo por ter olhado aquela loira na minha frente! Se bem que era melhor assim do que quando eu não estivesse por perto.

- Vai amor me desculpa!

- Desde quando me chama de amor?

- Desde que você resolveu me evitar! - Ele parecia a criança emburrada.

Suspiro. Eu não poderia ignora -lo para sempre, né? Coloco o meu melhor sorriso no rosto e tento ser otimista.

- Ta bem meu Amorzinho fofoluxo - Fiz uma voz de criancinha apertando as suas bochechas, o que por sua vez o fez me abraçar. Um abraço tão forte que parecia que eu iria morrer sufocada.

- Eu sou o seu Amorzinho fofoluxo? - Ele falou com humor na minha orelha.

- Você vai perder o direito do apelido se não me soltar agora!

Mas, era melhor aquilo mesmo. Por que logo em seguida ele me pegou e colocou em suas costas como um saco de batatas. Eu fiquei batendo em suas costas com as minhas mãozinhas que ele nem parecia sentir.

Então ele começou a correr muito e atravessou a rua sem se preocupar se um carro nos mataria ali mesmo.

- MIKE! - Gritei mas, ele me ignorou.

Parecia que ele estava correndo uma maratona comigo em suas costas. Ele corria nas calçadas, nas ruas me levando para algum lugar.

- Aonde você está me levando seu louco! - Gritei mas ele me ignorou. - Meu Sangue está indo para a cabeça! - Era verdade su provavelmente iria morrer assim _ Não sinto meus olhos!. Está me ouvindo?!.

Falei tanto, reclamei tanto durante o caminho que eu nem sei como ele aguentou. Até ele parar e me deixar no chão e com as minhas poucas energias restantes bati nele, mas não adiantou muito por que ele era, digamos, 10 vezes MAIOR que EU!

- Você... Arf arf... - Ele se apoiou no joelho e estava soando litros, ofegava muito e sinceramente, Achei que ele iria falar algo do tipo últimas palavras antes de morrer, mas, NÃO! - Fala.... De.... De... M-amais....

- O que? - Perguntei na esperança de ter entendido errado.

Ele só me respondeu depois de uns cinco minutos enquanto ele recuperava o ar.

- Você fala de mais, em nenhum segundo não deixou de fazer uma reclamação! - Parecia bravo, mas não mal. Somente cansado.

- Mas, para onde estamos indo? - Falei

- Para casa. - Ele respondeu e voltou a andar de mau humor.

Como ele me consegue ser tão bipolar? De manhã me beija, a tarde olha outra, depois me chama de amor e logo diz que reclamo demais!

- Para casa? Então por que não pegamos o táxi, ou ônibus? - Fiquei de mal-humor também.

- Por que faz parte do passeio a caminhada.

Ah, qual é? Caminhada com esse bipolar?!

- Além disso, só trouxe dinheiro para a ida.

E como se o mundo não estivesse contentado com a desgraça, começou a ficar com nuvens cinzas.

- Eu acho melhor a gente correr. Tem chuva vindo... - Mike falou olhando para o céu.

- Jura? - Ironizei já andando um pouco rápido.

Ele me acompanhou acelerando os passos e notei alguns pequenos pingos de chuva.

- Começou a chover - O alertei

- Jura? - Ele respondeu com arrogância.

O feitiço caiu sobre o feiticeiro!!

Ele é muito bipolar! Que que custa ser um pouco educado?

No momento eu estava um pouco emburrada e fiquei andando sem olhar para frente, só para o chão. Até que....

Pam!

- Aí meu nariz - Falei com uma voz estranha pois havia batido em poste o que arrancou milhares de risadas do Mike.

- RI mesmo, não foi você que quebrou o nariz. - Falei com uma voz tão estranha que provocou mais risos dele, tanto dele quantos meus.

A minha voz estava muito estranha! Mas de um modo engraçado. Uma comicidade inesperada comparada a situação que estávamos a poucos segundos.

- Para de rir - Falei o que não adiantava muito por que quanto mais eu falava mais humor a conversa tinha.

Até que a chuva finalmente começou a se manifestar. Estavamos só a mais ou menos um meio quilômetro da casa do Mike, por que se eu chegasse assim em casa a minha mãe piraria!!

Finalmente ele parou de rir e nos concentramos em correr como loucos para casa já que já havia pingos gelados de chuva caindo.

- Estou com frio - Gritei

- O frio é psicólogo!

- Seu idiota! - Grito mais alto.

- Erika... só pare, um... Pouco .

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