Capítulo 30 - Especial Mike ;P

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Fico paralisado e não consigo desviar meu olhar de sua enorme barriga.

Deveria estar com quatro meses de acordo com as minhas contas mas está grande demais para tudo isso.

Coloco à mão na boca exasperado e as lágrimas vem para meus olhos num impasse.

— Oh, meu Deus, Erika — Digo num fiapo de voz colocando as mãos na cabeça.

— Senhorita — Um dos guardas se profere a Erika. Fecho as mãos em punho. Eu vou entrar nesse lugar.

— Keka! Por favor, me deixa entrar. Por favor, Erika! — Implorei com as mãos nas grades do imenso portão.

— NÃO ME CHAME DE KEKA, SEU IMBECIL! — Ela gritou raivosa batendo com os punhos no peito do segurança que tentava a acalmar.

— Senhorita, podemos despacha -lo? — Pergunta o mesmo com um tom autoritário.

A garota se cala, não consigo ver seu rosto pois um dos seguranças enormes a tampa com o corpo.

Um silêncio se segue e eu não sei por que ninguém mais fala nada, até que um dos seguranças lança um olhar frio para mim.

— Ela desmaiou — O segurança diz.

Mordo os lábios erguendo o queixo numa posição estupefata tentando mascarar o medo que sinto desde homem enorme.

— E a culpa é minha? — Pergunto indignado enquanto o segurança me olha irritado.

— Senhor, seja lá quem você for, não é uma companhia que agrade a Senhorita Barbosa... — Ele começa mas eu o interrompo.

— E o que isso tem haver?! — Chuto com os pés a grade.

— Ela está grávida! Instável, vulnerável. Não pode sofrer fortes emoções, seu tolo — O outro guarda fala.

Me irrito e tenho certeza que meu rosto está vermelho.

— Eu.Preciso.Falar.Com.Ela — Digo pausadamente.

— E quem você acha que é para chegar aqui e pensar que pode mandar em alguém ou na "exclusiva" de Sílvia? — O guarda que segura Erika inconsciente nos braços pergunta vermelho.

Afasto um passo do portão e tento me recompor para responder a simples pergunta.

— Eu sou... Sou — Começo embaraçado e assim que meus olhos pousam em Erika nos braços do guarda sinto uma coragem repentina subir meu corpo — ...Sou o pai.

— O que? O pai? Você só pode estar louco...

— O pai da criança — Engulo em seco notando o como é diferente ouvir essas palavras saindo da minha boca. Uma sensação esquisita sobe dos meus pés até meu pescoço. Quase me sinto emocionado.

Balanço a cabeça tentando esquecer essa estranha sensação.

Um dos guardas abre e fecha a boca diversas vezes até simular alguma palavra:

— Você — Apontou para o guarda que carrega Keka nos braços — A leve para o quarto e chame as enfermeiras. E você — Apontou para mim — Vai vir comigo encontrar Sílvia, a dona daqui.

Minhas mãos começam a tremer de nervosismo. Eu consegui entrar.

O guarda com Erika leva para dentro da enorme mansão e eu acabo por seguir o outro guarda até uma casa menor ao lado.

Ele não fala nada e apenas me deixa na frente da porta e saí.

Incerto bato na porta e aguardo sem mexer um centímetro.

Filho De Um DescuidoOnde histórias criam vida. Descubra agora