~Narração da Sabrina u.u~
Já estamos a infernais minutos nesse lugar apenas esperando a notícia de que Erika e nossos amigos foram salvos então nós podemos voltar a nossa vidinha pacata livremente.
Mas isso não acontece!
Já era hora de Erika ter acionado a Escuta para os policiais agirem, bem, a não ser que:
1- Erika está agindo por conta própria por causa de alguma ideia de grandeza ou sei lá.
2- Rodrigo na verdade é inofensivo e só está se lamentando para Erika de sua vida triste e rejeitada.
3- Erika nem ao menos entrou na casa ainda, ou...
4- Ela morreu.
Ai ai. As vezes me apavoro com minha insana criatividade... De qualquer modo, estou apenas analisando as opções.
-- Eai, alguma coisa? -- Rita se aproximou questionando, ansiosa como o costume.
-- Ah, sim, um grande nada, e se quiser acrescentar também tem o grande: escuro -- Murmurei mal humorada com a falta de informações que todos estão nos deixando aqui.
-- Escuro?
-- O escuro que estão nos deixando aqui. Qual é! Eu pergunto até qual é a hora e recebo um belo: ''Informação confidencial''! -- Reclamei me encostando na parede.
Rita revirou os olhos.
-- Eu, em minhas condições normais, não diria isso mas... Vamos fazer alguma coisa nós mesmas.
-- Calminha, cabelo de fogo, explica isso direito aí.
-- Simples, vamos dar uma passada nesse lugar ver o que é que está impedindo os policias de dar nos informações ou o que está impedindo a Erika de acionar a escuta!
Rita já se levanta os punhos ao ar como se seu plano tivesse de alguma forma mínima lógica e, isso é ultrajante levando em conta de que falamos da certinha e correta Rita.
-- Rita, para, pensa. Isso é estúpido!
Ela revirou os olhos mais uma vez.
-- E ficar aqui sentadas esperando a notícia da morte certa de nossos amigos é inteligente? -- Questionou.
Balancei a cabeça.
-- Isso sim é estúpido.
E então pegamos nossas blusas e seguimos para fora do lugar até que somos inútilmente paradas por um policial mal-humorado.
-- Paradas aí. Vocês não tem permissão para sair daqui!
Giro os punhos.
-- Quem disse isso? -- Indago impaciente.
-- O chefe militar Rodriguez, senhorita -- Respondeu em tom grosso como eu.
-- Ah, não foi meu pai então eu acho que a autoridade dele é meio inválida. Vamos Rita -- A puxo tentando passar para o lado de fora, mas o policial girou a chave da porta impedindo nossa passagem.
-- Já disse uma vez, e na próxima não vou ser tão paciente -- Ameaçou.
-- Ta bem, rambo. Não precisa de tudo isso, já estamos indo -- Respondo e puxo o braço de Rita até o banco.
-- O que você está fazendo? Vai desistir assim?! -- Rita indagou com o rosto furioso.
-- Qual é, você quer lutar contra aquele homenzarrão ali? Vamos arrumar outra saída -- Expliquei.
-- Ah... Okay... E o que planeja?
Parei por um momento encarando o chão.
-- Ainda nada, mas se pensarmos juntas nós- -- Estou falando quando ela me interrompe.
-- Tenho uma ideia. Apenas me siga -- Ela instrui e assinto devagar sabendo que ela não vai me dizer nada.
Ela levanta e caminha até o banheiro e, eu não sendo boba a sigo apressando as pernas um tanto constrangida com o olhar que o policial-rambo lança.
-- E então, e agora? Sabe, eu acho melhor você se apressar que a qualquer momento o rambo vai juntar as pecinhas e ver que estamos planejando um jeito de sair e... --Paro de falar quando noto o que Rita está fazendo.
A ruiva etá desajeitadamente tentando passar pela minúscula janela na parede.
-- O que você está fazendo?! -- Pergunto alterada.
-- Não está óbvio? -- Ela responde com oura pergunta e eu nem vejo sua cabeça já que todo seu torso já conseguiu passar pela janela.
Reviro os olhos.
-- Eu não vou conseguir passar aí -- Digo num suspiro.
-- Claro que consegue.
-- Não Rita. Para começar um peito meu é do tamanho da sua cabeça -- Respondo e Rita permanece quieta. Quem foi que criou esse padrão de que mencionar certas partes do corpo com normalidade é errado?
Chego para mais perto da janela e encaro Rita que já passou e está agora do lado de fora.
-- Quer saber? tenho uma ideia -- Digo contente.
-- Hum
Aperto a minha mão em punho e respiro fundo.
-- Você consegue -- Murmuro para mim mesma.
-- Consegue o que? -- Ouço Rita mas já é tarde demais.
Eu acerto com força vidro que ainda sobra e ele se despedaça por inteiro. Minha respiração fica alterada e eu tenho que pensar em unicórnios para evitar a dor latejante que sinto em punho.
-- O que você acabou de fazer?! -- Rita se exalta.
-- Não está óbvio?! -- Lhe respondo com a mesma resposta que ela e deu a pouco tempo atrás.
Atravesso a janela que agora se encontra maior devido a falta do vidro e logo estou do lado de fora com Rita.
-- Agora acho melhor corrermos, porque o barulho que você fez ali deve ter chamado atenção do departamento inteiro.
*
Por fim estamos em frente a casa abandonada e por incrível que pareça (sintam o sarcasmo escorrendo), não havia ninguém. Nenhum policial escondido, nenhum alguém do governo protegendo a entrada e nem mesmo Érika.
-- Foi uma armação -- Rita contastou o óbvio.
-- Jura? O que te faz pensar isso? -- Deixo o sarcasmo fluir de meus lábios.
-- Sabrina, por favor, isso é sério! O que vamos fazer?
-- Eu sei o que eu vou fazer. Vou invadir esse lugar e acabar com toda essa palhaçada de uma vez!
-- Está louca? Se quatro pessoas que estão aí dentro não conseguiram deter o desgraçado do Rodrigo, você realmente acha que vai ser a gênia que vai expor o fim disso tudo? -- Rita me segura pelos ombros os balançando e eu enfim concordo balançando a cabeça. Pensar de cabeça quente não vai ajudar nada agora.
-- E então? -- Questiono um tanto envergonhada pela cena anterior.
-- Acho que só temos uma solução -- Rita disse num suspiro e ergueu o próprio celular a qual mexia a poucos segundos atrás.
Arregalo os olhos fitando o que exibe a tela.
-- É a nossa última saída -- Ela diz sorrindo acanhada então balança a cabeça como se a ideia também a deixasse cabisbaixa.
Suspiro e clico no botão que indica Ligar e logo o telefone está discando para a nossa última salvação.
Marcos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Filho De Um Descuido
Teen FictionMe sinto Desrespeitada Estúpida Idiota Presa Errada Imbecil Inocente Grávida Na verdade é até estranho pensar nisso, sou boba de mais mesmo.... Chorei de mais mas, conto como foi a história, a tramóia, a idiotice de como fui parar na situação na qua...