Cap 68 [ PARTE 1 ]

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CAROL

Daniel ficou por mais algumas horas e depois foi embora, ja era quase sete da noite e minha mãe Ainda não tinha chegado.

Tava saindo do banho quando meu celular começa a tocar, olho no visor era Júnior penso em não atender, meu dia tinha sido muito exaustivo não queria mais dor de cabeça.

Mais precisava ouvir a voz do amigo.

- Oi Júnior.
- Oie, tá em casa?
- Sim porque?
- Preciso da sua ajuda. Só vc pode me salvar. ~disse Júnior parecia que ele estava aflito.
- Oque aconteceu ?
- A chave do carro ficou preso dentro do carro.
- Como isso aconteceu? ~ Isso era de se esperar dele.
- Eu tinha acabado de chegar no bar, quando eu tava saindo a porta fechou e travou  e a chave ficou la dentro.
- E porque vc precisa de mim?
- Vc sabe onde fica, a chave reserva né
- Acho que sei ~disse tentando me lembrar aonde ele guarda e chave reserva.
- Vc não acha. Vc tem certeza. Busca ela pra mim e traz até o bar.
- E oque eu ganho com isso?
- Sou seu amigo. Não vai me ajudar?
- Daqui a pouco eu tô aí. ~ disse procurando alguma roupa no meu Guarda roupa.
- Não demora. Se não fica muito tarde pra vc voltar sozinha.
- Não se preocupa. Jaja eu to aí no bar.
- Por isso que te amo. A chave do ape vc sabe onde fica ne
- Sei sim. Tchau ~ finalizei a ligação. E fui me arrumar.

Depois de pronta, fui até a casa de Júnior subi aquelas escadas praticamente morrendo. Encontrei uma cópia da chave do Apê embaixo do Capacho. 

Quando entrei logo senti o perfume dele, por todo o apartamento, vi a cama dele todo desarrumada a toalha molhada largada no chão. Típico dele.

Tratei de procurar a tal chave do carro, da última vez que ele comentou algo relacionado a isso ele tinha deixado em uma  caixa em uma das suas gavetas no guarda roupa. Abri o mesmo a primeira gaveta que abri era de cuecas. Será que tá aqui?

Revirei a gaveta até que encontrei a tal caixa e chave. Meu celular apitou dentro da bolsa quando o peguei era uma mensagem de Júnior
"Já achou a chave? Vê se não demora." [ J]

Que menino impaciente meu Deus. Nem respondi a mensagem peguei a minha bolsa e sai tranquei tudo e peguei um táxi. O bar ficava um pouco longe da onde eu estava.

Quando cheguei no O' Gruuta o estacionamento estava um pouco cheio e tinha uma pequena fila para entrar. Nunca tinha vindo aqui, apesar de ter vontade de conhecer, e Júnior saber dessa minha vontade nunca me trouxe diz que isso não faz parte do meu mundo. Quando chegou a minha vez na fila o segurança ficou olhando pra mim com uma cara nada amigável. Até que ele pergunta.

- Oque a mocinha ta fazendo aqui?  Só entra de maior.
- Eu... eu só vim entregar a chave do carro do Júnior ele trabalha aqui. ~ Aquele segurança me dava medo. Quem que não ficaria com medo de um cara alto pra caramba quase dois metros de altura careca e barbudo e musculoso com cara de poucos amigos?
- Aah, vc é amiga do magrelo né. Carol não é?  ~ disse ele com um sorrisinho no rosto.
- Magrelo? ~ Eu queria rir do apelido mais me controlei.
- O apelido do Júnior aqui.
- Aaah entendi.
- Eu vou te levar até  o magrelo. ~disse o segurança abrindo a porta e me dando passagem.

Quando entrei no estabelecimento logo avistei Júnior atendendo alguns clientes no bar. O segurança me guiou até Júnior ao se aproximar diz:

- Tá entregue à sua encomenda
- Aah valeu, Xavier. Oi Carolzinha. ~disse Júnior todo sorridente. -  Achou a chave?
- Achei. ~ disse me sentando em um dos banquinhos que tinha perto do balcão do bar.
- Ufa graça a Deus ~ disse Júnior Aliviado
- Aqui está ~disse pegando a tal chave de dentro da minha bolsa.
- Obrigada Linda. Vc salvou a minha vida. Quer uma coisa pra beber ? ~ disse ele pegando um refrigerante e me entregando.
- Eu não me lembro, de ter falado que eu queria refrigerante.
- Vc é de menor.
- E só um detalhe no meu Rg.
- Vc não pode beber e ponto. Já volto vou atender uma mesas. 
- Tá bom.

Fiquei observando Júnior trabalhando e bebendo o meu refrigerante depois de 15 minutos Júnior volta mais ele estava pálido Demais eu ia perguntar se ele estava bem, mais eu escuto dois barulho seguidos o que fez todo pessoal que estava no bar se assustar.

- Vem pra cá agora Carol!
- Oque tá acontecendo ? ~ disse começando a caminhar mais quando olho pro lado vejo que há dois homens encapuzados andando em direção ao bar.

Foi ai que minha ficha caiu,o bar estava sendo assaltado. Eu fiquei sem reação meu coração estava batendo muito forte minha respiração estava lenta demais. Achei que iria desmaiar.
Sinto Júnior chegando por de trás de mim e coxichando em meu ouvido.

- fica calma, faça tudo que eles pedirem. Vai dar tudo certo. 
- Eu... to com medo ~ foi a única coisa que eu consegui dizer, pude sentir algumas lágrimas caindo sobre o meu rosto.

Júnior me colocou atrás dele numa tentativa de me proteger me acalmar, agarrei o seu braço que estava em minha cintura. E comecei a fazer a única coisa que me restava. Rezar.

Os dois assaltantes se aproximaram de nós dois apontando as armas para gente. Meu coração saiu pela boca.

Ladrao1: Me leve até o escritório do seu patrão agora!!!
Júnior: Ta bom. ~ antes de Júnior se afastar de mim ele me olhou e entrou para dentro de uma porta enquanto o ladrão apontava a arma nas costas de Júnior e o acompanhava.

Fiquei tentando manter a calma, manter a minha atenção em fazer o movimento básico para respirar. Inspira, respira, inspira respira.

Meu olhar correu por todo o bar, o pessoal estava amontoado perto do palco enquanto ficavam na mira de mais três assaltantes armado. Senhor é hj qe eu vou morrer.
Terminei de observar tudo quando eu percebo que o outro ladrão que ficou para dar cobertura para o seu comparsa e ficar de olho em mim, estava cada vez mais próximo.  Ai meu Deus.

Dei um passo pra trás mais fiquei encurralada entre o balcão e o ladrão, olhei em direção a porta onde Júnior entrou nada dele aparecer. Será que o ladrão fez algo com o Júnior.  Ai meu Deus. Não pode ter acontecido nada com ele.

Quando olhei de novo pro ladrão, ele estava mais perto o suficiente pra sentir o cheiro de cigarro e outras substâncias, o cano da arma foi em direção ao meu peito e parou e o ladrão disse com a voz abafada por conta do capuz que usava para esconder o seu rosto.

- To afim de me divertir com você. 

Amizade Ou Amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora