Cap 93

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CAROL

Depois que chorei mais um pouco, resolvi tomar um banho, ainda tinha que sair com a minha mãe e o seu novo namorado.
No banho, embaixo da água quente  Me permiti chorar um pouco mais, demorei mais no banho do que de costume mais me fez me sentir um  melhor.

Me olhava no espelho e me enchia de perguntas, porque eu não tinha uma vida, com um pouquinho menos de problema? Um namoro comum como todos os outros, clichê talvez. Um pai que não tivesse me rejeitado, era pedir muito menos problemas?

Quando sai do banheiro minha mãe estava sentada na minha cama, me esperando

- Podemos conversar agora?
- Claro. ~ O melhor, era o quanto antes
- O que você quer saber?
- Como vocês se conheceram?~ disse me sentando na cama~

Ela respirou fundo antes de começar a falar

- Uma amiga namorava com o amigo dele, e ela colocou na cabeça que precisava me apresentar pra esse amigo do namorado dela. Então as apresentações foram feitas e logo de cara eu me apaixonei, e o sentimento foi correspondido. A gente começou a namorar
- Por quanto tempo?
- 3 anos
- Tudo isso?  ~ Não consegui esconder a minha surpresa
- Sim. E foi muito bom ~disse Minha mãe em seu rosto tinha um sorriso discreto~
- Eu não entendo porque ele não  aceitou a gravidez.
- Ele era um moleque num corpo de homem ele era irresponsável só queria saber de curtir nem sei como durou tanto tempo. E ele  me traia alguma vezes
- E você perdoava?
- Eu o amava. Até que um dia a gente bebeu demais, rolou  e eu não me lembrei da camisinha algumas semanas depois descobri que estava  grávida e o resto o Edgar te contou.
- Porque você não fez o aborto? ~ essa pergunta tinha um gosto amargo  em minha boca~
- Porque eu te amei desde do dia que descobri que você tava aqui dentro mesmo sem saber se você seria menina ou menino eu simplesmente eu  amei,filha.
- Você tinha alguma esperança dele mudar de idéia?
- Em 3 anos de namoro ele não parecia ser tão frio assim. Eu custei a acreditar que ele fosse desse jeito.
- Mais ele é
- Ele era. Ele mudou se arrependeu do que fez. Quer recomeçar.
- Eu não consigo recomeçar.
- Você acha que mais pra frente você não consegue fazer isso?
- Eu não sei.
- Eu entendo
- Você o perdoou?
- Não. O que ele fez não dá pra esquecer eu odeio ele pelo o que ele me fez passar mais agradeço por ele ter deixado você. Mais não posso tirar o direito dele de se arrepender de querer conviver com você.
- Acho que ele tá um pouquinho atrasado pra isso.
- Nunca é tarde. Só não quero que essa raiva acabe consumindo você como, eu deixei que fizesse comigo. Todo mundo merece um segunda chance por mais que seja horrível o erro da pessoa.
- Eu sei. Mais é difícil
- É sim, mais não é impossível. O quanto antes você resolver isso, melhor vai ser.
- Você tem razão.
- Você tem que pensar direitinho e escutar o seu coração.
- Vou fazer isso.
- Vou arrumar algumas coisas, depois você quer que eu prepare alguma coisa pra você?
- Não precisa to sem fome.
- Tá bom então. Não esquece que as 20 hrs o Roberto ta ai.
- Não vou esquecer.

Antes que minha mãe saísse do quarto ela deixou um beijo no topo da minha cabeça, senti uma necessidade de abraça-la, e foi isso que eu fiz. Ela se assustou um pouco mais retribui.

- Obrigada mãe ~ Agradeci a ela.
- Pelo oque ?~ disse ela saindo do meu abraço pra me encarar.
- Você sabe. ~ Falei.

Minha mãe abriu um sorriso e me deu outro beijo e saiu do meu quarto.
Me joguei na minha cama e fiquei olhando pro teto digirindo o nó na garganta que tinha se formado.

Estava completamente sem rumo.
Perdida.

Não conseguia esquecer a declaração de Marcos, nem sei se posso chamar aquilo de declaração. Minha consciência estava pesada por causa do Júnior e isso estava me enlouquecendo, sem falar do que ele queria conversar comigo.

Queria saber como Marcos estava. Será que ele se arrependeu ?

Minha vida tinha virado de cabeça pra baixo e eu não sabia como iria fazer pra colocar as coisas no lugar, como deveriam ser!

Não estava querendo muito sair, mais como eu já tinha combinado tive que ir assim mesmo.
As 20 hrs Roberto estava em casa, Elegante como sempre, nem parecia que era gerente de uma simples Lanchonete.

Ver a felicidade estampada no rosto da minha mãe, não tinha preço ficava feliz por ela.
Roberto queria nos levar em um restaurante Badalado da cidade mais a fila de espera estava enorme, o que fez Roberto mudar de planos, paramos em uma pizzaria.

Tudo acaba bem quando termina em pizza! Rsrs

Mais pra mim, parecia que estava longe de acabar bem.
Assim que coloquei os pés na pizzaria vi algo que não me agradou..com certeza não me agradou. Me senti enganada.

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