Cap 35

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Depois daquele Conselho do Dr. Maurício minha mãe chegou no quarto. Os dois trocaram olhares intensos
Queria muito que o Dr. Maurício chamasse minha mãe pra sair. Ela merece ser feliz.

Quando finalmente tive um tempo sem ninguém pra me atrapalhar foi quando eu ja estava no carro indo pra casa.
Naquele momento eu precisava do meu amigo do meu Porto Seguro eu precisava de Júnior.
Procurei a mensagem de Júnior.

"_ Estou de ressaca como sempre. Como vc ta ?_" [ J ]

"_ Eu preciso de vc. Passa em casa por favor?_" [ C ]

~ só ele podia me tirar desse poço de tristeza raiva melancólia no qual o Edgar e aquele idiota me jogaram.

"_ Claro que eu vou. Daqui a pouco eu to aí._" [ J ]

Minha mãe estava quieta demais não me perguntou nada não quis saber o que eu faria depois de tudo que aconteceu o que eu achei que ela faria. Mais Na verdade nem eu sabia e até achei melhor.

Quando finalmente cheguei em casa minha mãe foi fazer o almoço antes de subir pro quarto fui avisa lá que Júnior estava pra chegar

- O Júnior ta vindo ta.
- Ok. Amanhã sua rotina volta ao normal entendeu
- Entendi. To indo pro meu quarto quando o Júnior chegar manda ele subir. ~Disse sem nenhum ânimo
- Vcs dois sozinho no quarto.
- Qual o problema? ~Realmente não entendi porque daquele espanto dela logo agora
- Não acha que não pega bem vcs dois juntos no quarto ? ~disse minha mãe cortando alguns legumes.
- Vc vai tá aqui em baixo. Não tem problema.
- Claro que tem. E agora virou festa pra ele tá vindo aqui todo dia.
- Ele não vem todo dia. E pensei que vc não tava mais ligando pra isso. ~Minha mãe ta enlouquecendo ela não ia começar E implicar com o Júnior logo agora. Não agora.
- Porque pensou que não mais ia implicar? Ele não é nada teu apenas um amigo qualquer que por sinal não é uma Boa influência pra vc. Fiquei sabendo da briga na lanchonete. É esse tipo de gente que vc quer pra ser amigo.
- O Júnior tava de cabeça quente. ~ disse me sentando na cadeira da bancada aquela conversa ia demorar.
- Aaah que ótimo um estressadinho que Não sabe se controlar. ~Disse minha mãe num tom de ironia o que me deixou com raiva
- Vai começar implicar com ele mesmo mãe? O que ele te fez ? Ele é um bom amigo.
- Bom amigo? Não sabia que amigos se beijava. Já te falei ele não é pra vc. Se afasta. ~disse minha mãe parando de prestar atenção na comida e olhando pra mim.
- Como sabe que a gente tava se beijando? ~ desde que eu e Júnior retomamos o nosso lance não nos beijamos na frente dela.
- Teu pai viu e me contou. Ele não foi com a cara dele.

Eu não tava acreditando aquele cara que se diz ser meu pai apenas na certidão iria se intrometer na minha vida. Ele estava fazendo minha mãe brigar cmg e com Júnior não aguentei.
Acabei explodindo com ela.

- Ele não é o meu pai e nunca vai ser! Edai que eu estava beijando o Júnior? Eu beijo quem eu quiser. E o estressadinho tava brigando na lanchonete por minha causa. Ele estava me defendo!!! ~ disse gritando a cada palavra o meu tom ia aumentando.
- Abaixa o tom de voz cmg mocinha.
- Eu não acredito que vc ta implicando com o Júnior o cara que sempre esteve do meu lado que me acolheu quando o meu mundo caiu quando encontrei aquele cara na minha casa dizendo que precisava da filha rejeitada aqui pra salvar a outra filha na qual ele dá muito amor e carinho. ~ A essa altura já estava chorando minhas lágrimas desciam do meu rosto com dor e tristeza. A tristeza na qual eu sentia no fundo da minha alma. Mesmo não consigo mais falar direito por conta dos soluços e continuei falando e minha adorada mãe só me olhava com cara de espanto com certeza não imaginava que eu diria tudo isso desse jeito.~
- O Júnior foi o único que conseguiu arrancar um sorriso sincero de mim depois de toda essa bagunça que a minha vida virou. Ele que foi comigo enfrentar o cara que vc diz que é o meu pai. Mais ele não passa de um completo estranho.
- Filha... ~Disse minha mãe me interrompendo e se aproximando de mim
- Não mãe não fala nada. Não adianta falar nada agora. Agora não adianta quando eu precisei que vc dissesse algo vc se calou por 17 anos. Agora é tarde. ~Disse me afastando e limpando minhas lágrimas.
- É delicado esse assunto precisamos ter calma pra podermos conversar sobre isso.
- Eu não quero falar sobre isso. Nunca mais. Nunca mais quero ver aquele homem na minha frente.

Eu precisava sair daqui, mais não sei pra onde ir. A única coisa que sei fazer é fugir dos meus problemas.
Mais agindo assim é melhor não doi tanto.
Decido dar uma volta.

Quando começo me afastar minha mãe me impede segurando meu braço.

- Aonde vai? ~disse ela ríspida.
- Dar uma volta.
- Vc não vai. Para de ficar saindo sem dar satisfação. Vc tem que encarar seus problemas de frente. Vc querendo ou não o Edgar faz parte da sua vida.
- Não ele não faz. E não adianta colocar ele na minha vida. Eu não quero e muito menos ele.

Apenas deixei minha mãe ali parada no meio da cozinha tentando processar o que eu tinha acabado de dizer.
Sinceramente não queria mais nenhum contato com aquele homem por mais que me doesse. Aquela era a minha realidade e eu tinha que me acustumar novamente. E agora eu tinha certeza de que ele não queria me ter por perto nunca quis.

Já estava me afundando nas minha lágrimas novamente que quando abri a porta não olhei pra frente e acabei esparrando em alguém. Que quando olhei pra frente. Para ver quem era. Meu coração se acendeu.
Só quis abraça-lo.

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