Amizade Ou Amor?

Cap 102

CAROL

Estávamos  a caminho, da casa de Edgar para deixar Lara. Não conseguia conter o sorriso em meu rosto, não tirava minha mão da corrente.

Quando chegamos na casa de Edgar, Júnior não queria descer do carro, mais eu que não ia entrar naquela casa sozinha, não pelo Edgar e sim pelo Marcos.
Se os dois se encontrasse, e a cada um soubesse da verdade seria a 3° Guerra mundial.

Mais de tanto eu insisti, Júnior foi comigo.

Lara entrou primeiro e deu passagem para mim e para Júnior, Ana estava na Sala quando viu que tínhamos chegado foi nos receber, Como sempre toda sorridente como se não tivesse problemas.

- Espero que a Lara não tenha dado muito trabalho. ~ Disse Ana ~
- Imagina, Se comportou direitinho.
- Olha mamãe, o que o namorado da Carol comprou pra mim ~ Disse Lara mostrando seu presente pra Ana ~
- É  Lindo. Já disse obrigado pro Júnior.
- Disse sim. ~ disse Lara, olhando para Júnior ~
- O que a Lara disse é verdade? ~ Disse Edgar, surgindo do nada e chamando atenção de todos ~
- Oque ? ~ Pergunta Ana um pouco confusa ~
- Esse Rapaz está namorando a Carol?. ~ Disse Edgar encarando Júnior nenhum pouco amigável ~
- Ele é sim papai ~ confirma Lara ~ - Ele é bem legal. ~ continuou Lara~
- Oi ~ Disse Júnior tentando quebrar o clima tenso, que tinha se formado em pouco tempo ~
- Está namorando minha filha com a permissão de quem?  Sua mãe ja sabe?

Ouvi ele dizer, minha filha, me fazia sentir uma coisa estranha. Ele não tem esse direito de querer ser um pai presente agora. Não agora.
Me aproximei de Júnior segurei sua mão,que apertou minha mão instantaneamente.

- Não, ela ainda não sabe.
- Ela não vai gostar desse namoro.
- E como você pode saber disso?

Ana percebeu que o clima estava ficando tenso naquela sala, pede para Lara subir.

Lara fez o que sua mãe tinha pedido. Sobrando só eu, Júnior, Ana e Edgar que encarava Júnior como se o coitado tivesse cometido um crime.

- Não é óbvio ele não é pra você.
- Meu Deus, não preciso da sua grande opinião pra aprovar meu namoro com alguém.
- Eu só quero o seu bem. E não acho que ele seja pra você.
- Nada do que você pense, diga, não vai mudar nada. Namoro com quem eu quiser, se você não gosta problema é seu. Pra mim a tua opinião é insignificante, igual você  é pra mim.

A única coisa que eu queria era, sair daquela casa o mais rápido.

- Ana, da um beijo na Lara por mim. Tchau. ~ Falo me virando pra sair, mais dou de Cara com Marcos ~

Seu olhar, era frio e intenso. Ficou sabendo do meu namoro da pior forma.

Não conseguia olhar para ele, passei por ele de cabeça baixa e  apenas sinto o seu perfume.

Quando estamos, quase chegando até o carro, Marcos me chama. Olho para trás,Marcos caminha até mim, seu olhar é de pura raiva.

- O que você quer? ~ Pergunto calmamente, Júnior está logo atrás de mim ~
- Qual é o seu problema? ~ Grita Marcos.
- Ei, Fala baixo com ela. ~ Disse Júnior,
- Fica na tua,  que a conversa não chegou ai.

Júnior ameaçou, ir até Marcos, mais eu o impedi.

- O que você quer Marcos? ~ Pergunto mais uma vez.
- O Edgar ta arrasado lá dentro. Ele só está querendo ser um bom pai pra você.
- Arrasado?  Eu fiquei arrasada minha infância toda querendo saber o que havia acontecido com ele, e nem por isso morri. Ele não vai morrer por isso.
- Você está sendo injusta.
- Eu não to nem ai pra isso.
- Você é uma idiota
- Não fala assim dela, babaca ~ Disse Júnior intervindo mais uma vez ~
- Não se intromete é  assunto de família.

Júnior iria retrucar,mais eu não deixo.

- Essa família eu não faço parte, e nem quero fazer.
- Eu sei que é da boca pra fora. Tudo que você fala. ~ Disse Marcos se aproximando de mim ~
- Você não sabe de nada. Volta lá, pra dentro e dá um apoio pro seu pai. Eu não preciso dele. ~ Falo cuspindo aquelas palavras e volto a caminhar  até o carro ~

Júnior olhava para mim a cada cinco minutos, eu apenas olhava para ele sem demonstrar nenhum tipo de emoção.

Não sabia para onde Júnior estava me levando, não era pra sua casa e nem para minha casa, não conhecia o caminho.
Já estava escurecendo, andamos mais um pouco em um eterno silêncio.
Não tinha vontade de chorar, ou de querer desistir de tudo, estava sentindo algo que não sabia explicar.

Ao chegar no lugar misterioso, deparei com um lugar silencioso mais um pouco bonito dava pra ver boa parte da cidade. Desci do carro e fiquei encostada no carro vendo Júnior andando um pouco longe do carro.

Caminhei até ele, não sabia o que estava passando pela sua cabeça.

- Tá bem?
- Eu que deveria fazer essa pergunta. Está bem?
- Ótima.
- Não mente pra mim.
- Não estou.
- Não queria que você brigasse com o seu pai por minha causa.
- Ele não tem que interferir na minha vida. Ele não tem esse direito.
- Mais ele acha que ele tem. E não tiro a razão dele. Ele só quer  tentar corrigir seus erros, e te proteger.
- É tarde demais pra isso. Eu não quero mais isso. To bem assim.
- Fala a verdade como você ta depois disso tudo?
- Não estou chorando, e isso é um bom sinal... se eu soubesse que seria desse jeito eu não teria desejado conhecer ele algum dia.
- Você precisa perdoar ele. Só assim vai se livrar disso tudo. Sua vida vai voltar ao normal, mais um normal diferente.
- Eu quero perdoar ele, mais eu não consigo. ~ Falo, sentindo meus olhos arderem~
- Você vai perdoar ele, Eu sei que vai.
- É muito grande a mágoa,  e as atitudes dele só me faz odiar ele.
- Você não odeia ele. Só ta irritada com ele.
- Tanto faz ~ Falo enxugando uma lágrima solitaria ~
- Você foi corajosa por ter enfrentado ele.
- Ele não tem porque ficar contra o nosso namoro. Espero que isso que aconteceu, não mude nada entre a gente.
- Claro que não.
- Eu não posso te perder. ~ Falo abraçando~

Não tinha medo de expor meus sentimentos,mais quando se tratava do Júnior eu ficava com medo dos meus sentimentos o assustar.
Mais naquele momento eu estava frágil, e achei necessário ele saber do quanto eu precisava dele naquele momento.

- Você não vai me perder. Vou estar sempre do seu lado. Não importa como eu vou estar. ~Disse Júnior segurando meu rosto delicadamente, me fazendo encara-lo~

Apenos balanço a cabeça concordando.  Júnior volta a me abraçar.