106 [ PARTE 1 ]

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" Se O amor é uma coisa tão boa assim, porque ele só me destrói?"

CAROL

- Pra onde ele foi ? ~ Pergunto a Luiz, depois que o Carro de Júnior some na rua ~
- Ele não disse. Só pediu pra te levar pra casa.
- Ele  bebeu não deveria ter  pegado  o carro.
- Ele já dirigiu várias vezes bêbados, ele sabe se cuidar.
- Mesmo assim, pode acontecer alguma coisa com ele.
- Porque ele saiu assim? ~ pergunta Luiz se aproximando de mim ~
- Não sei. ~ Falo dando de ombros ~

Realmente não sabia o que tinha dado nele pra ele  sair daquele jeito.

- Quer ir pra casa? ~ Disse Luiz, dava pra sentir o cheiro de bebida saindo e sua boca ~
- Eu pego um táxi.
- Eu posso te levar.
- Eu não quero morrer! ~ falo com ironia~

Começo a andar de volta pra dentro da casa, atrás da minha bolsa. Estava sem rumo, não sabia o que fazer. Queria entender o que tinha acontecido com Júnior. Estava tentando processar tudo, peguei minha bolsa e sair sem me despedir de ninguém.

Perto da casa do Guilherme havia um ponto de táxi e que sempre tinha algum disponível. Como imaginado havia um táxi esperando uma corrida.

No caminho, resolvi ligar para Júnior precisava, saber se ele estava bem,mais ninguém atendia.

Aquele sentimento de Rejeição machucava meu coração como facadas. Quando o táxi parou em frente de casa, estava tudo apagado no relógio do celular marcava, 3:40 da manhã.

Estava  exausta meus pés latejava de dor, por causa de todo tempo que eu tinha ficado em pé dançando, tinha um gosto horrível na boca, e meu estômago estava se revirando e uma dor de cabeça começava a surgir.

Se eu entrasse em casa, não iria conseguir dormir, por mais cansada eu estivesse  Não conseguiria dormir. Depois eu inventaria uma desculpa qualquer pra minha mãe.

Eu só precisava saber se o Júnior estava bem, quem sabe ele já não tinha voltado pra casa. Passei  o endereço do Júnior pro taxista e em menos de 20 minutos estava em frente ao prédio de tijolos vermelhos, paguei a corrida.

Desci, do carro com minha sandália em minha mão e com a outra segurava minha bolsa. Subi as escadas no modo mecânico, encontro a chave, reserva embaixo do capacho.

Entro no pequeno apartamento e sinto seu perfume.

Quero entender, porque ele saiu daquele jeito?

Ele tinha dito que iríamos com calma,e na primeira vez que eu recuo ele se revolta.

Ele não podia ter feito isso comigo.

A vontade de chorar me invade!

Eu não quero chorar, mais sinto que preciso! Mais também preciso ser forte.

Me sento no pequeno sofá, e tento ligar mais uma vez para ele,mais ele não atende.

Não sei quantos minutos depois que havia chegado, eu peguei no sono,mais quando eu fechei os olhos deixei o sono, cansaço, a frustração vencer!

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Júnior

Até agora estou tentando entender, o que tinha dado em mim, pra sair daquele jeito talvez foi a frustração por aquele momento, ter sido interrompido estava duro por ela.

Queria ter ido até o fim!

Mais ela não quis!

Fiquei frustrado sim, e não nego. Achei melhor sair, antes que eu acabasse explodindo com ela.

Mais isso foi o suficiente pra eu ter chegado ao meu limite, já bastava eu ter encontrado com Margô, aquela nossa conversa havia me deixado um pouco confuso.

Dúvidas começarão a me atormentar!

Será que eu tava fazendo a coisa certa?

Eu tinha esquecido realmente Margô ?

Eu ia mesmo fazer a Carol Feliz?

Eu a amava ?

Precisava de um tempo sozinho pra colocar as ideias no lugar, peguei o carro e andei por uns 30 minutos, mais depois eu parei em qualquer lugar e fiquei olhando o breu que estava na rua.

Não sabia por onde começar a pensar, resolvi ligar para o Luiz pra saber se ele tinha levado Carol pra casa, Vejo uma ligação perdida dela.

Não iria falar com ela, não hoje não agora.

Liguei para Luiz e no segundo toque ele me atendeu.

- Levou a Carol pra casa? ~ Vou direto ao assunto ~
- Oie pra você também. ~ Disse Luiz
- Fala logo, Luiz. ~ Digo, dava pra ouvir a música no fundo da ligação ~
- Ela disse que ia pegar um táxi
- Eu disse pra você, levar ela
- Ela não quis. O que eu podia fazer? Colocar ela a força no carro.
- Até que não seria uma má ideia.
- O que aconteceu com vocês dois? Ela tava preocupada.
- Coisa nossa. Outra hora te falo. Ela sempre fica preocupada.
- Ela te ama né  cara

Ouvir aquela frase, me fez me sentir culpado por estar duvidando dos meus sentimentos por ela.

- É eu sei. Eu to indo pra casa. E espero que a Carol esteja bem ouviu? 
- Ela tá,cara ela sabe se virar.
- Eu espero que sim ~ encerrei a ligação sem ouvir o que ele ainda tinha pra falar~

Joguei o celular no banco de trás, Liguei o rádio no último volume e segui pra casa.

Já tinha bebido várias vezes e pegado o carro depois, e nada tinha me  acontecido, mais isso não me tirava o meu medo.
Mas meu corpo já estava acostumado com a quantidade de álcool que eu costumava ingerir, então não ficava mais bêbado tão fácil.

Ao girar a maçaneta da porta a única coisa que eu desejo é um banho e depois cama,
Mais então o abajur da sala estava acesso e à alguém deitado no meu sofá, não preciso me aproximar pra saber quem é.

E isso me deixa com mais raiva de mim mesmo. Eu preciso aprender a entender meus sentimentos.  Eu não quero machucar a minha pequena.

Deixo as chaves do carro em qualquer canto e pego ela no colo, ela resmunga algo que não dá pra entender, mais continua dormindo.

A deito na minha cama, a envolve com o edredom e fico observando ela dormir.

Eu só vou aprender a lição quando eu perder ela. 

Passo as mãos pelo Cabelo, Frustrado.

O que eu vou fazer ?

- Por onde esteve? ~ perguntou Carol,me fazendo me assustar ~ 

A encaro, ela ainda estava de olhos fechados.

- Por ai. ~ Falo em um sussurro ~
- Porque saiu daquele jeito? ~ Dessa vez ela abre os olhos ~
- Volta dormir, quando amanhecer a gente conversa.

Carol apenas virou para outro lado, e então voltou a dormir.

Amanhã ia ser um dia Longo!

Nem me preocupo com o Banho, tiro meu tênis,e a minha camiseta e me deito ao lado de Carol.

Amizade Ou Amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora