[book one]
Dono de casos bem-sucedidos e medalhas de honraria, o agente especial do FBI, John Cowen, carrega consigo uma lista de qualidades - e outra de defeitos. Precisa administrar sua vida secreta com a responsabilidade de criar um filho sozinh...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
3 anos depois
Renascer.
Crescer de novo, rebrotar: as flores renascem na primavera.
Recuperar forças, reviver.
Reanimar-se.
Durante parte de seus anos, John Cowen tornou-se um homem que mais beirava o abismo, do que a vida. Fadado ao sofrimento, se viu no mais profundo dos poços quando aquela que pensou ser a mulher de sua vida faleceu num horrível acidente de carro. Apesar do filho, a quem dedicou horas e horas de seu tempo, não conseguiu sanar a ferida presente em seu coração; sempre se cobrou. Sempre quis demonstrar ao seu campeão que não importava a situação, ele sempre seria o necessário para que ambos pudessem seguir em frente. E foi assim, trilhando caminhos difíceis e tortuosos, que o agente 027 conseguiu – e a ainda continua, desenhando um belo caráter para Benjamin. E, no meio de tantas pedras e obstáculos, eis que surge uma rosa para lembrar-lhe que a vida é muito mais do que o egoísmo em não compartilhar os seus sentimentos.
Uma rosa recheada de espinhos e com pouca paciência. Saiba o que fazer com ela, caso contrário ela murchará como uma planta qualquer num dia ensolarado e seco; saiba regá-la cuidadosamente todos os dias e terá o mais belo presente em sua vida. Sendo cabeça dura na maioria das vezes, John soube se livrar daqueles espinhos. Os mesmos que lhe feriram no início da história mais louca, hoje lhe protegem de todo o mal; aliás, não só o protege, como todos da pequena família que construíram e ele jura que será eternamente grato a ela. Por ter tido coragem o suficiente para suportar as dores que vieram com o amor, relevar os momentos de estupidez a que ele foi submetido por emoções e acima de tudo, por acolher o seu filho. Benjamin.
E por mais um presente que lhes foi preparado. O melhor presente.
— Colocou todas as malas no carro? — ela questionou, enquanto terminava de ajeitar alguns brinquedos dentro de uma pequena maleta rosa.
— Está tudo pronto, Sra. Cowen — afirmou, tomando um grande gole de suco que pegara na geladeira. Analisava atentamente a loira, que apesar dos anos, em nada havia mudado. Apenas os cabelos, estavam um pouco mais escuros.
— E o Ben? Espero que ele esteja pronto, da última vez pegamos um trânsito terrível porque ele deixou para tomar banho na última hora — reclamou, aproximando-se da bancada de mármore.
— Por que mulheres são tão preocupadas? — o agente questionou com um sorriso provocante nos lábios. Ashley apenas revirou os olhos. — Vamos, meu amor. Se acalma. São férias! Podemos chegar mais tarde ou mais cedo, não importa.
— Não gosto de atrasos — arqueou a sobrancelha e antes que pudesse voltar para averiguar mais alguns detalhes na casa, fora surpreendida pelo marido. John já a envolvia num abraço sem saídas. — Você também não colabora, Sr. Cowen.
