- Senhor, eles estão aqui. - O mesmo mordomo de antes retornou do salão principal, atrás de si vinham os seis meninos, a cada segundo que passava, mais a sala se enchia, logo ali também estariam todos os pais daqueles presentes e até daqueles ausentes, era como uma verdadeira reunião de pai de colégio, tirando o fato de que não se tinham professores e nem boletins envolvidos, o que era um alívio, porque alguns ali teriam problemas com isso também, o dono da sala se locomoveu ao meio da sala, dando as costas aos que ali antes já estavam, G-Dragon observava com atenção a cada perfil, como Namjoon já tinha explicado a situação, ninguém ali ousava transmitir outra imagem que não fosse a de seriedade, surpresas, a menos que fossem alastradoras, não eram permitidas. O mordomo por fim se retirou e deixou ali os componentes de uma guerra infalível que nunca teria fim até que algum deles caísse, aquele era um verdadeiro jogo de xadrez, onde não se roubava as peças, mas sim as destruía.
- Sinto que faz muito tempo desde que nos reunimos assim. - Ele disse, voltando a seu lugar de origem, atrás da grande mesa principal no centro-trás da sala, o peso de um olhar era absurdo, pais e filhos se observavam como se não fossem conhecidos e nunca tivessem frequentado a mesma cozinha com as mesmas panquecas pelo menos uma vez.
- Claro, toda vez que nos encontramos assim dá merda. - Não, não era um adolescente falando, era o pai de Hoseok, a versão mais velha do filho e com certeza o com a aparência mais jovem dali, sons de risadas foram ouvidos, mas não o suficiente para que a tensão se fosse.
- Ainda não sei porque tudo isso, você poderia ter mandado um e-mail ou algo do tipo, Mr. Kim, nos chamar aqui é uma perda de tempo e dinheiro. - Era o outro Mr. Kim quem falava, aqueles dois eram amigos de longa data, mas nem por isso se davam o direito de uma relação mais amigável.
- Quem deixou ele entrar aqui já está perdendo demais, pensei que tínhamos combinado que a reação seria a distância, ter a marca do sapato de pessoas como ele em casa não é nada convidativo.
- E mais, se estamos reunidos aqui, e nossos filhos também, quer dizer claramente que tudo isso tem eles envolvidos no meio. - O pai de Jungkook olhou de soslaio parta o filho, que não pôde fazer muito além de sorrir envergonhado, ele era o mais novo e com certeza não queria estar ali, diplomacia de família nunca tinha sido seu forte. - E ele não fez seu trabalho direito, pra que pagamos ele mesmo? Ou melhor, pra que pagamos a família dele mesmo? Pra evitar que tenhamos que ter essas reuniões desnecessárias.
- Vocês mal se encontraram e já começaram com a balbúrdia, isso aqui parece até passeio, só sabem reclamar. - O mais velho ali, pai de Seokjin, desencostou da parede, cruzando os braços, encarando o acusado, que ainda encostado no batente da porta, observava segurando altas gargalhadas, aquela situação. - Vai ficar sem falar nada mesmo, Shado?
- Ou devo dizer 'herdeiro do posto da guarda nacional' Dante. - Aquela era a hora da surpresa alastradora que seria a única coisa que poderia arrancar a expressão de qualquer um ali, Shado mirou o dono da voz, pai de Yoongi, que tinha optado por não falar nada até aquele momento, o problema não eram os pais, que sempre estiveram por dentro das decisões referentes a seus filhos, mas sim os próprios filhos, Namjoon abriu a boca em protesto, mas foi impedido no momento em um SeokJin enfurecido atravessou a porta, ele tinha saído do hospital mais cedo e estava desde então encontrando coragem para ir até o lugar onde ele saberia que teria todas as respostas, recebendo bem mais do que realmente queria saber.
- Era você... - Sua voz era fria, seu tom em um fio, os dentes trancados, os dedos brancos pela força que ele usava para apertar a jaqueta de Shado, que sem nenhum expressão, sustentou o olhar de ódio que lhe era dirigido. - Você foi pago por eles pra nos proteger, e você sempre soube, era seu papel, e você A MACHUCOU, VOCÊ A COLOCOU EM RISCO MESMO SABENDO, VOCÊ QUASE A MATOU.
- Eu tenho todos os argumentos possíveis para desmanchar a quantidade de besteira que ouvi agora. - A voz do acusado era semelhante a do mais velho, mas tinha algo diferente, ela sempre fora calma daquele jeito, o menino, em todo aquele tempo de convívio com eles, sempre tinha demonstrado o máximo de paciência possível, mas era impossível não notar, aquele ali a frente não era o simples Shado que eles conheciam, o adolescente misterioso que conseguia persuadir aos outros e vivia de fones, aquele era Dante, o herdeiro de uma família que desde os primórdios guardava e cobria os assuntos e pessoas das famílias ali presentes, desde que ouvira, não pelos pais dos mesmos, mas sim por seus próprios pais, que as crianças dali iam se meter em problemas, ele tinha sido escalado para o trabalho, conhecendo a filha do chefão e seu namorado responsável, juntos com seus amigos de igual importância e todos envolvidos cada um em um esquema pior, ele não parecia qualquer um ali, ele parecia profissional. - Deveria me agradecer, se eu não tivesse mudado a mente perturbada de vocês, agora ela poderia estar realmente morta. E a culpa é daquele palhaço fumado ali. E Namjoon, só pra avisar, seu históricos de namoradas é horrível.
- GD, o que mais você fez? - Mr. Kim se virou ao 'parceiro', que agora levantava novamente de seu lugar, divertido, no fundo de seu olhar, era possível ver o medo, a preocupação de estar perdendo, a preocupação de ver todos aqueles que um dia lhe deram dinheiro e levaram seu dinheiro se virando contra ele, a sensação de ter a vida por um fio, mas esse ele fosse, não iria sozinho, o mesmo som metálico que tinha vindo de Namjoon mais cedo
- Não sei, quem sabe né. - O mesmo som metálico frio que tinha saído de Rap Monster, deixou a mão do palhaço fumado, que descendo o polegar no mesmo cão que o do menino, atirou no primeiro a sua frente.
- JIN! - A sala cheia se agitou, em um milésimo de segundo, Dante empurrou o menino de si e tentava raciocinar em um feixe de luz, ele ainda prezava por sua vida, e ela ainda seria poupada, a bala atingiu seu alvo, o sangue se espalhou no chão, gritos foram ouvidos e a discagem rápida, no chão de um tapete felpudo caro, estirado ao chão em um posição desumana, cabelos cobriam os olhos da vítima, quase não se ouvia a respiração de Megan, se eles não fossem rápidos, ela não iria resistir.
As luzes vermelhas piscavam em desespero, aparelhos e mais aparelhos apareciam de todos os cantos, vários carros deixavam a casa em acompanhamento da vã, policiais levavam pessoas em suas viaturas, outras fingiam tristeza e resmungavam pelos cantos, em claro desconforto.
- Kook, vocês estão demorando muito, estamos presas aqui no quarto há horas, está tudo bem aí? - O menino passou a mão pelos cabelos no banco de trás do carro de J-Hope, os meninos ao lado dele faziam gestos desesperados para ele ficar quieto, se não fosse drástico, seria até engraçado, ele suspirou e fez a voz mais inocente que podia.
- Es'ta tudo bem sim, Becky, estamos voltando já já, J-Hope não sabe onde colocou a chave do carro, estamos igual uns idiotas usando a lanterna do celular pra achar.
- Lanterna do celular? Mas ainda está claro. - Realmente, ainda estava claro, ou melhor, claro o suficiente para que uma chave do carro conseguisse ser achada, ao seu lado, Jimin bateu a mão na testa, indignado com a incapacidade de mentir do mais novo, Taehyung segurava a risada, imerso em seu próprio telefone. - Certeza que está tudo bem?
Ao longe, o prédio do mesmo hospital o qual eles tinham saído mais cedo podia ser visto cada vez mais próximo, tinham tantos hospitais naquela cidade, tantos, mas claro que o mais perto e mais acessível tinham que ser onde elas bem estavam, Hoseok só pôde dizer em som mudo, cruzando a grande avenida, "Fodeu".
- Kook? Eu estou vendo uma ambulância chegando pela janela, por que tem tantos carros junto com ela? - O menino arregalou os olhos e bateu no ombro do motorista, implorando em silêncio para que ele mudasse o caminho, ou parasse, ou fizesse qualquer coisa que não os fizessem ser vistos dali. Ao fundo da ligação, a voz de Gaby era conhecida "Ei, aquele ali não é o pai do Namjoon? E aquele do Suga, e aquele ali Jimin... Pera, aquele ali não é seu pai, Jay?" - É melhor você me falar o que está acontecendo, antes que a IzZy descubra, estamos saindo do quarto nesse exta momento.
E a chamada caiu.
- Mano, nós estamos muito ferrados.
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Graduation
Teen FictionTerceiro ano da escola, acho que temos que aproveitar né? Ninguém liga mais pra nada, não quer nada, mas também quer tudo, vamos contar nessa história experiências de oito garotas que estão de mal a pior nesse último ano, história passada na Austrál...