Ai que... Credo

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14:15, Austrália, Corredores.

Becca e Kook estavam a caminho do pátio, os dois conversavam sobre os afins, quando avistaram Juh e Mary em frente ao bebedouro.

- Juh! Mary! - Becca acenou pra elas, correndo em direção as mesmas. - Não era pra vocês estarem nos clubes?

- Nós é quem deveríamos perguntar isso. - Mary dirigiu sua melhor cara de malícia a menor, que desviou o olhar. - Onde está indo com o Kook?

- Caso você não saiba minha querida. - Becca colocou a mão pro lado, em sinal de indignação. - Daqui a três semanas temos um Festival, e se você bem sabe, sou eu que compro as coisas pro clube, então pode se situar.

- Tá vendo Kook? Ela tá querendo fugir... - Braços passaram ao redor da menina, que deu um pulo, surpresa.

- Posso saber o que estão fazendo? - Jin abaixou-se, encostando o queixo na cabeça da menina, que se contorceu pra sair dali.

- Opa, oi Jin! - Jungkook afastou o mais velho da garota, que agradeceu internamente.

- Mary, precisamos ir. - Juh segurou o pulso da garota, a puxando dali.

- Falou Jin! - Mary pulou de alegria, acenando para Jin.

- Kook, você só me quebra.

- Oxi, que foi? Mais tarde vocês se vêm mesmo, ou melhor, daqui a pouco, vai pro clube, lá você pode atormentar ela o quanto quiser. - Os dois sorriram estranho e bateram as mãos em soco, Jin saiu correndo pelo corredor e Kook virou-se para Becca, puxando-a dali.

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14:30, Austrália, Quadra de Basquete.

A bola passou de mãos. Como todo começo de aula, eles faziam pelo menos quinze minutos de fundamento, depois corriam alguns minutos, e finalmente partiam para um jogo qualquer, porém importante.

Paula, passou a bola para Mari, uma amiga que havia entrado naquele ano, ela não sabia em que clube entrar, então Paula a chamou, falando que poderia se dar bem, contando que não tivesse medo de bola, a menina se identificou e foi, realmente gostando do resultado.

A menina olhou para o lado, varrendo o ambiente com o olhar, procurando um certo alguém, quando o achou, este estava sorrindo de volta, e acenava pra ela, sorrindo, Paula acenou de volta, estava envergonhada, como sempre fora, mas estava muito feliz.

- EI! - A voz do treinador ecoou sobre toda a quadra, todos olharam para ele, parando seus feitos. - TIME TITULAR, PRO JOGO, AGORA! Paula e Suga, aqui já.

Os dois se entreolharam e caminharam até o homem que mais parecia a Muralha da China.

- Vocês estão muito dispersos, no jogo agora, já estamos treinando pro Campeonato de Verão, por favor, foquem, vou colocar vocês contra agora.

- Tudo bem... - Suga passou as mãos pelos cabelos pretos, desconcertado "Isso não vai prestar". - Certeza?

- O que foi "Gênio Min Suga"? Tem medo de perder pra namorada?

- Namorada...? - Paula estava perdida, "namorada?"

- Claro que não! - Ele passou os braços pelos ombros dela. - Só né.

- Vamos, Suga, quem ganhar paga um doce pro outro. - Paula sorriu, amigável, o coração de Suga bateu mais forte, e ele saiu andando.

- Beleza.

E eles partiram para a quadra, os times fizeram a formação inicial no centro da quadra, Mari contra DongHae, injusto, mas a garota não era fraca, não mesmo. O apito soou e as mãos bateram na bola, pesadas.

- Mari! - Paula gritou, do outro lado da quadra, a chamada bateu a bola, sendo impedida no meio do caminho por um membro do time inimigo.

- Merda. - Mas a ajuda chegou, Mari girou nos calcanhares e passou a bola para uma das garotas do time, que carinhosamente chamaremos de G., essa então continuou o percurso, desviando de alguns infelizes obstáculos, enquanto que Paula sinalizava o que ela poderia fazer.

- Acha mesmo que vou deixar você livre? - Aquela voz reconhecida bombeou em seus ouvidos, ela amoleceu por um segundo. Só por um segundo.

- Licença, mas eu ainda estou livre. - Paula recebeu a bola em mãos, e driblou Suga, passando por baixo de seu braço esquerdo, correndo com a bola de encontro ao chão, esse então disparou-se atrás dela, a Maria Gotinha flexionou os calcanhares há um metro e meio da cesta, e disparou, incerta.

- Ponto do grupo feminino! - O técnico gritou, e ela sorriu, feliz, Suga apareceu do seu lado, com uma cara emburrada.

- Ficou triste, Suguinha? - Ele parou por um segundo, surpreso com o apelido, e ela então voltou a seu estado habitual, a vergonha. - A-Ah... Desculpa...

- Que isso, Paulinha. - Ele respondeu, beijando sua bochecha rapidamente para que ninguém percebesse. - Estou é muito feliz.

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- Espero que tenham pego, sinceramente, estamos atrasados.

- Não vai me dizer que essa coreografia é a do Festival? - Manda quase regurgitou a água quando ouviu aquilo.

- Hã? Sério isso?

- Sério.

- Professora! Olha essa coreografia! Ela é muito fácil, eu poderia fazer muitas outras coisas mais. - A garota jurou ter ouvido Jimin sussurrar ali perto "Que tipo de coisas...", ela preferiu fingir-se de surda e continuou com seu olhar pendido sobre a professora, que deu de ombros.

- Ué, espera até o ano que vem, eu to falando, melhor não se arriscar agora, você acabou de voltar daqueles exames malucos, e se o médico ficar sabendo que coloquei você pra ficar de ponta cabeça, ele me assassina.

- Como é que você fala do meu médico desse jeito? - Amanda jogou os braços pra cima, em claro sinal de indignação. - E além do mais, o Jimin quase não dança e ele pode sim mostrar o melhor dele.

- Sim... Isso é verdade. - Um brilho surgiu no olhos dela, que logo foi desfeito. - Porém ele se ofereceu pra fazer essa dança com você, como boas-vindas.

- Hã... - Manda virou-se lentamente, ela costumava usar unhas longas e estava querendo enfiá-las em certas pessoas.

- Não não não, pode se situar. - Jimin deu dois passos para trás, e foi salvo pelo gongo, ou melhor, pelo toque da música, a garota suspirou, correndo para seu lugar, ela não merecia aquela ousadia toda pra cima dela. Não de Jimin pelo menos.

Manda fazia aula de Street Dance e Break, e o estranho era que aquela bendita música não tinha NADA haver com aquilo, muito pelo contrário, ela ainda tinha que usar uma salto quase que 15 pra dançar aquela manifestação de coisa ruim. A música começou e ela reprimiu seus pensamentos, ela amava dançar, e tudo aquilo era dança, até ter Jimin tocando em seu corpo era uma dança.

Uma dança que ela viria a experimentar mais outras tantas vezes.

Se forças superiores assim permitissem.

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