Como fazer tudo melhorar?

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Austrália, 18:00, Caminho Para Casa

O grupo tomou o carro para a volta a escola, quietos, estarrecidos, ninguém ousava dar um pio, ninguém ousada soltar um "A", ninguém ousava respirar, minutos se passaram, meia hora quem sabe, e eles se viram saindo do veículo, cada um em uma direção diferente, mas antes que todos pudesse se ver fora de vista um dos outros, Rebeca chamou por IzZy, a garota se virou, andando até a mais baixa.

- Algo a dizer? - Os braços cruzados em cima do peito significavam impotência, Isabella sempre tivera um bom humor, mas aquele dia não ia nada bem.

- Não olhe pra mim como se a culpa fosse minha, e se você quisesse, já tinha arrancado essa fita do pescoço e acabado com tudo logo, o que você é afinal, um cachorro?

- Não, eu sou humana, e humanos sentem medo, enfim, o que aconteceu?

- Aqui. - Becca tirou um pedaço de papel minúsculo dobrado do bolso. - Procura por isso na internet, e não me olhe mais assim, obrigada.

Ela assentiu, e virou-se em direção a seu quarto, o papel pousado na palma da mão, ela o apertou, parando no meio do corredor e respirando fundo, ela queria mesmo era passar um tempo com seu namorado e acabar com aquele sentimento de um hidrante jogado contra sua cabeça de uma vez, mas ela pagava de durona, então durona tinha que ser, principalmente daquela vez. Quem a olhasse agora, viria apenas uma silhueta no final do corredor, quando esta sumiu.

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Austrália, 18:15, Auditório.

O casal encontrava-se sentado no meio do grande palco do auditório, a menina tinha o rosto entre as mãos, e quem olhasse mais de perto viria as lágrimas correrem por sua face vermelha, sua flauta estava jogada ao seu lado e vários papéis espalhados pelo chão.

- Juh... Você não pode ficar assim... - Hoseok arriscou dizer alguma coisa, mas só ouviu os soluços aumentarem, seu coração na mão para abraçar a menina, eles não tinham nada, mas ele se lembrava muito bem, naquela sala, com aquele cheiro horrível de fumo e cores que irritavam seus olhos, ela o tinha abraçado por medo, por susto, e ele queria ajudá-la novamente. - Cadê o sorriso heim?

Ela levantou o rosto, o olhando nos olhos, as bolsas d'água cheias, o rosto inchado, ela secou as lágrimas com as costas das mãos, e sorriu pra ele, pena que aquele sorriso lhe tinha cortado o coração, sem pensar mais um vez, aproximou-se da garota, apoiando-se sobre os joelhos, passou os braços em volta da mesma, sentiu o corpo da mesma endurecer-se embaixo de si por um momento, mas logo dedos agarraram sua camisa, voltando a chorar, ela molhou a blusa dele, J-Hope a apertou ainda mais, acariciando seus cabelos, ele ficaria ali até que ela se acalmasse, nem que isso levasse meses.

- Vai ficar tudo bem... - Ele ouvia aquela frase a todo momento, e tinha algo que o irritava nela, então ele a consertaria. - Eu vou fazer ficar tudo bem.

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Austrália, 18:15, Quarto de Mary.

- Se ele acha mesmo que vamos fazer alguma coisa.... - A garota sentou-se sobre a cama, enfurecida, ela tinha guardado toda sua revolta para um lugar que ela tinha certeza que ninguém a ouviria, ou assim imaginava, se não fosse pelo projeto de Muro de Berlin que havia em sua frente, ela bufou, passando os dedos pelo cabelo escuro.

- Parece que me enganei com o tipo de pessoa que você era. - Jin depositou-se na cadeira da escrivaninha, encarando a menina. - Achei que era mais sentimental.

- Eu sou sentimental, Jin, eu sou, mas o meu sentimentalismo não se compara a minha indignação nesse momento, sério, dá onde saiu aquele cara? O que foi aquilo? Eu não quero mais voltar lá... - O tom de voz dela tornou-se um fio, e ela encarou os próprios pés, o menino não pode conter um sorriso, estava tão nervoso quanto ela, mas algo soava em sua mente "Não se deixe descontrolar, só vai deixar as coisas mais difíceis." - O que nós fazemos?

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