Bem vindos ao covil

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Austrália, 17:00, Edifício Afastado

IzZy Pov On

Fomos guiados para dentro da grande sala, no primeiro momento eu não perdi a oportunidade de analisar tudo ali, como era a sala principal, você podia imaginar que seria muito bem decorada ou provida de grandes ornamentos, mas não, meu rosto se retorceu de encontro ao cheiro forte de spray e substâncias fortes, eu não precisava conhecer sobre drogas pra saber que cheiro era aquele, suprimindo um espirro, voltei a olhar o lugar, as paredes estavam pintadas de um vermelho muito escuro, e o ventilador do lado esquerdo, emitia um som irritante, não entrava luz no local, e muitos panos estavam dispostos por ali, das mais diversas cores e tamanhos, aquele lugar chamativo me irritava, ousei virar o rosto em busca do olhar assustado de alguém, mas ao invés disso, senti dedos fortes apertarem os meus e não precisei olhar para saber quem era, sorri comigo mesma, finalmente encarando a minha frente.

- Finalmente vocês vieram... - A cadeira que se virou a nossa frente, era a única coisa chique na sala, essa estava disposta na frente de uma grande mesa de madeira, escura e muito grossa, a primeira coisa que passou na minha mente foi o fato de que eles não teriam dinheiro para outra, mas senti a cabeça pesar, quando vi quem estava ali. - Que olhar é esse, criança?

O continuei encarando, senti o olhar pesado e preocupado de Namjoon perto de mim, eu não queria preocupá-lo, e era verdade, eu mal conhecia a pessoa a minha frente, mas quando Becca pulou ao meu lado, eu pude perceber que ela conhecia.

- Eu fiz uma pergunta. - Ele aproximou-se, agora fixado em mim. - Você me conhece?

- Não... - Minha voz saiu em um sussurro enquanto eu encarava aqueles olhos escuros, sinceramente, tinha que ser na Austrália pra ter tanta coisa estranha. - Eu não conheço você - Ainda bem.

Ele ergueu uma sobrancelha, dando de ombros, dirigindo-se as meninas, eu temia por elas.

IzZy Pov Off

- E você mocinha? Por que essa cara assustada? - Ele chegou perto de Becca, tocando-a no queixo com a mão, fazendo-a olhá-lo, Kook segurou a mão dele, o afastando. - Oh, me desculpe, garanhão, é sua?

Jungkook apenas o olhou, impassível, ele era o que mais parecia criança entre a turma, mas era incrível o quanto se mostrava adulto em algumas horas.

- Ei! - Mary levantou a voz, chamando ao homem, que andou imediatamente até ela, Jin arregalou os olhos, não sabendo bem o que fazer. - Deixe eu te perguntar, quem é você?

A sala atingiu um silêncio épico, e era possível ouvir a respiração pesada de Jay, ela tinha algumas ataduras pelo corpo, mas por infelicidade do destino, tinha sido liberada 'na hora certa'.

- Quem sou eu? - Ele apontou para si mesmo. - Quem, sou, eu?! Essa é a pergunta que eu mais escuto certamente, e irei te responder... Em partes... Deixo para você descobrir quem sou eu, só vou te dar uma coisa, o meu nome.

Se alguém pudesse deduzir o que se passava na mente de Paula naquela hora, seria o seguinte, "Esse cara é tão brisado quanto o moço da loja da caneca que eu fui na Califórnia." Ela e Suga eram os mais calmos ali, eles não ousavam nada, porque a lógica dos dois era: "Quanto mais eu ficar quieto, mais rápido isso passa, e eu posso sair daqui."

- É qual é seu nome? - Pronto, a fera mostrou-se, a garota de cabelos ruivos andou um passo à frente, sentindo algumas das pessoas que ali ainda estavam sacarem armas, Juh soltou um grito, abraçando Hoseok, o homem levantou os braços e as armas sumiram.

- Eu não preciso falar nada com vocês. - Ele apontou para um dos caras. - Me traga um daqueles. - O capanga assentiu e pegou um cigarro na mesa, acendendo-o e entregando-o ao homem, que soltou a fumaça da primeira tragada no rosto de Gaby. - As vezes me sinto como a lagarta daquele velho filme... Alice alguma coisa... Mas então, minha garotinha, agora vou direto ao ponto.

- Finalmente. - Amanda sussurrou, tendo a boca tampada por Jimin, que sussurrou de volta.

- Eu não quero te perder aqui, por favor, cuidado.

O homem andou até à mesa, em passos largos, sentou-se novamente, soltando fumaça.

- Eu quero vocês trabalhando pra mim. - IzZy soltou um riso, calando a boca logo em seguida. - Deixe pra rir depois, eu sei que quem manda é você. Enfim... - Mais fumaça. - Aquela pequenina ali sabe ou deveria saber quem sou, falem com ela depois porque ela não contou pra vocês.

Becca encolheu-se, e Jay tomou a frente.

- Mas o que exatamente você faz?

- Vocês moram em uma das cidades mais violentas do mundo, e passaram impunes quando atacaram um de meus amigos, eu não sei como, nem porque, mas eu quero vocês.

- E o que te faz acreditar que iremos com você? - Suga abriu a boca.

- Vocês não têm escolha, se alguém recusar, o parceiro morre. - Ele sorriu, perverso. Todos suspiraram, aflitos.

- Precisamos fazer alguma coisa ou passar por algum ritual pra entrar na sua... Gangue? - J-Hope sentiu os dedos de Juh se emaranharem em sua camiseta, ele colocou a mão sobre a cabeça dela.

- Por que? Quer uma tatuagem? Posso fazer no meio da sua testa. - A fumaça começava a incomodar os ali presentes.

- Se não precisamos fazer nada, melhor. - Jin se pronunciou. - Podemos ir?

- Oh claro! - Eles quase viraram em direção à porta. - Que não. Venham aqui, cheguem mais perto, me deem suas mãos.

Segundos haviam se passado quando Kidoh deu um passo à frente, estendendo o braço, o homem escorreu seus longos dedos finos pela palma do garoto, subiu pelo antebraço e parou, entregando a ele uma fita.

- Eu podia te marcar, mas uma pele tão sedosa não merece ser estragada.

- Ah, valeu. - O menino voltou a seu lugar, e todos receberam fitas.

- Vazem daqui, e não ousem tirar esse treco, se não eu arranco os dedos de vocês e como como petisco, você. - Ele apontou para IzZy. - Sua fita fica no pescoço... Quero vê-la com clareza toda vez que olhar pra você...

A menina sentiu um arrepio subir a espinha, e antes que pudesse falar algo, Namjoon a agarrou pelo pulso, puxando-a dali.

- A propósito, meu nome é G-Dragon. Espero que se divirtam aqui....

E mais fumaça foi vista, antes da porta bater atrás deles.


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